A planta 8 K representa o troço da velha Travessa de Estêvão Pinto e a Travessa da Rabicha.
Planta 8 K [Planta Topográfica de Lisboa], in Arquivo do Arco do Cego (C.M.L.), 1909.
A Estrada de Campolide está representada em diagonal no terço central da planta 8 K (sentido SSE-NNO). No canto inferior direito temos a Travessa de Estêvão Pinto (sentido SO-NE), ligando com a igreja de Santo António de Campolide e com o antigo Colégio. Subindo aquela Travessa, à direita, há o beco de Estêvão Pinto, sem saída. No outro extermo visível da Estrada de Campolide, a Travessa da Rabicha desenha-se num cateto e na hipotenusa dum triângulo rectângulo cujo outro cateto se inscreve na própria Estrada de Campolide; o ângulo S do triângulo conflui com a Estrada de Campolide numa espécie de largo; daí desce para o vale a Travessa do Tarujo (sentido SO); em 1909 era um estreito caminho ladeado por árvores. [A Travessa do Tarujo, a meio caminho entre este ponto e a Travessa de Estêvão Pinto, descia para O, inflectia para NO, e de novo para O até à] A Ribeira de Alcântara. [Esta] vê-se no terço esquerdo da planta 8 K, na forma de um crescente de NO-SO, desaparecendo no caneiro debaixo da via férrea. No limite esquerdo da planta 8 K a velha estação de Campolide.
Outros elementos há (com alguns nomes engraçados) que não pude identificar no âmbito da planta: o Asilo Espie Miranda, o Casal do Sola, a Quinta da Rabicha, o Caminho Público, as Terras do Colégio de Campolide, as Terras das Domingotas, a Quinta da Atalaia e a Quinta do Mouzinho.
O mesmo troço da Rua de Campolide em 2005 segundo o Google Earth.
Comparemos: 1) há maior densidade viária e de edificação, o que é natural (ou civilizacional), mas podia ser pior; 2) rasgou-se a Av. Calouste Gulbenkian (sentido NE-SSO) que se cruza com a Rua de Campolide sobrepondo-se a dois prédios que me provocaram esta cisma; 3) a Rua de Campolide foi alargada e desviada entre a Travessa do Tarujo [o limite S da Travessa da Rabicha] e a Travessa de Estêvão Pinto; 4) o troço desta entre a Rua de Campolide e o Beco de Estêvão Pinto desapareceu para dar lugar à Av. Miguel Torga 5) edificou-se a Faculdade de Economia da U.N.L. no que devem ter sido terras do Colégio de Campolide; 6) a Travessa do Tarujo desenha [situa-se] hoje um U com a perna [mais a] norte, a coincidir com troço [do estreito caminho ladeado de árvores] da planta 8 K; 7) as instalações ferroviárias de Campolide estenderam-se até ao leito da ribeira de Alcântara cujos vestígios se sumiram.
Uma panorâmica tomada do lado N do vale em 2004 aqui.
Se quiserdes dar alguma achega a esta desinteressante confusão...
Emendado em 9/6/06.
Adamastor (O)
Apartado 53
Bic Cristal
Blog[o] de Cheiros
Carmo e a Trindade (O)
Chove
Cidade Surpreendente (A)
Corta-Fitas(pub)
Dragoscópio
Eléctricos
Espectador Portuguez (O)
Estado Sentido
Eternas Saudades do Futuro
Fadocravo
Firefox contra o Acordo Ortográfico
Fugas do meu tinteiro
H Gasolim Ultramarino
Ilustração Portuguesa
Kruzes Kanhoto
Lisboa
Lisboa Actual
Lisboa de Antigamente (pub)
Lisboa Desaparecida
Menina Marota
Meu Bazar de Ideias
Paixão por Lisboa
Pena e Espada(pub)
Perspectivas(pub)
Planeta dos Macacos (O)
Pombalinho
Porta da Loja
Porto e não só (Do)
Portugal em Postais Antigos(pub)
Retalhos de Bem-Fica
Restos de Colecção
Rio das Maçãs(pub)
Ruas de Lisboa com Alguma História
Ruinarte(pub)
Santa Nostalgia
Terra das Vacas (Na)
Tradicionalista (O)
Ultramar
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.