Nat King Cole [atr.] Benny Goodman, Stardust Parece-me adequada a música que aí está do artigo anterior para ir vendo Lisboa coberta de neve em 1945. A reportagem fotográfica é de Judah Benoliel (in Arquivo Fotográfico da C.M.L.), e não visa qualquer intrujice publicitária. Parque Eduardo VII, efeitos do nevão que caíu em Lisboa, [vendo-se a Av. Sidónio Pais, o Pavilhão dos Desportos e lá muito ao longe a silhueta da Penha de França]. [O Monsanto e o aqueduto], efeitos do nevão que caíu em Lisboa. [Vista de fronte do colégio de Campolide]. [A auto-estrada do Estádio logo a seguir ao viaduto Duarte Pacheco], efeitos do nevão que caíu em Lisboa. [A auto-estrada do Estádio na Cruz das Oliveiras], efeitos do nevão que caíu em Lisboa, 1945. |
Logo que vi esta imagem fixei-me no horizonte aberto e na calma do trânsito; a correcta ordem na edificação põe em evidência o monumento e a B.N., um edifício público. Era assim Lisboa. Foi assim!...
Monumento da Guerra Peninsular, Lisboa, 1965.
Foto: Horácio Novaes, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Nat King Cole Trio (?) Benny Goodman
O edifício da Biblioteca Nacional foi inaugurado em 1969. Na imagem, vemo-lo em construção. Por demolir estava ainda o palacete do nº 89 (ou 91) do Campo Grande (em baixo à direita).
Em segundo plano está a Universidade de Lisboa: identifica-se a reitoria, as faculdades de Letras e de Direito, a cantina e o estádio universitário. Mais ao fundo alguns mamarrachos marcam a Estrada da Luz e um troço da 2ª Circular.
À esquerda da B.N. (à direita na fotografia) parece-me o colégio Moderno.
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A fotografia, cedida por cortesia de Manuel, é duma publicação do M.O.P..
Lembrou-me já um par de vezes que o rei pode vir a ser um mero peão a sacrificar numa jogada de xeque com cavalo.
Mas não! Não há por aí nem sombra de raposa com engenho para tão afoita jogada!
Peça deste xadrez.
Igreja de Benfica, pouco antes da missa do galo.
- Ó chefe! Ó chefe!
- Mau! - pensei, olhando para trás.
- Ó chefe, você tirou minha fotografia.
- Como!? Não lhe tirei fotografia nenhuma - respondi tentando dar fim à conversa.
- O chefe tirou-me fotografia, agora ali - insistia o fulano atrás de mim.
- Já lhe disse que não lhe tirei fotografia nenhuma! - repeti com autoridade de chefe.
- Não tirou?! Então 'tá bem.
Parei, voltei-me e o fulano já se afastava.
Segui o meu caminho convencido que me livrara de boa.
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Igreja de Benfica, Lisboa, 2005.
E afinal sempre lhe tirei a fotografia.
height=359 alt=Natal.gif src="http://biclaranja1.blogs.sapo.pt/arquivo/1603grec.gif" width=339 align=right border=0> Porque teimo em escrever cartões de Natal que representem o motivo óbvio, tive de palmilhar quatro papelarias até encontrar representações da Sagrada Família ou da Adoração do Menino. Pelo caminho topei repetidamente com representações pagãs: árvores, renas, ursinhos a patinar, bolas, velas, presentes, bebés com barrete de Pai Natal, Pais Natal com e sem barrete, barretes com ou sem Pai Natal, barretes...
Não sendo caso de me mover tamanha fé, interrogo-me porém: haverá por aí fervorosa propaganda mercantil desviando-nos do essencial?!
Feliz Natal!
align=right>O Natal, 1603-05
Introdução:
O amianto foi reconhecido como substância cancerígena, pela Organização Mundial de Saúde, em 1960.
Desenvolvimento:
No Ministério do Ambiente, soube o D.N., já existe hoje a listagem dos edifícios sob aquela tutela que contêm amianto na sua construção.
Conclusão:
Seguir-se-á um plano de acção.
Comício Republicano, Lisboa - Avenida D. Amélia, 1906.
Foto: Joshua Benoliel, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Se descobrirem que estar vivo é perigoso para a saúde... Farão uma lista? Qual será o plano de acção?
Naquele ano de 55 o negócio corria bem no armazém, tanto que o patrão admitiu o moço lá da vizinha da tia como marçano. Certa vez que o caixeiro o mandou levar as compras a uma freguesa, o marçano foi apanhado pelo fotógrafo.
alt=1955_lisboa_poco_do_bispo_9_333_x.jpg src="http://biclaranja1.blogs.sapo.pt/arquivo/1955_lisboa_poco_do_bispo_9_333_x.jpg" width=500 border=0>
Lisboa - Poço do Bispo - c. 1955.
Foto da colecção AMTUIRface=times size=2>.
face=Arial size=2>width=447 border=0>
A Figueira da Foz por Cruz Santos.
alt=000rxp7g src="http://fotos.sapo.pt/biclaranja/pic/000rxp7g/s500x500" width=500 border=0>
face=arial size=2>Depois do forte, o olhar seguiu para poente e 'pintou' a Parede.
O Banco de Portugal vendeu 35 toneladas de ouro.
A verba do euromilhões está por distribuir por falta de projectos.
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[Será que vamos ver totomilhões a comprar ouro?!]
A primeira conta telefónica:
[Difícil era escolher a cor.]
Conversava o sr. D. Jorge comigo esta tarde e a conversa descaiu para o lugar de Sete Rios: disse-me ele das mercearias, tanoarias, tabernas, dum barbeiro debaixo de uma figueira, dum casarão com criados na Estrada de Benfica (talvez esta aqui em primeiro plano, à direita), dum clube onde se jogava dominó e outras coisas que havia ali.
Eis uma vista de cima do viaduto ferroviário.
Estrada de Benfica, do viaduto de Sete Rios, Lisboa, 1958.
Foto: Judah Benoliel, in Arquivo Fotográfico da C.M.L.
Aquele prédio lá ao fundo, ao centro da imagem, é o nº 203 da Estrada de Benfica. Aqueloutro mais alto à esquerda devia ser o nº 435 da Rua de Campolide; sabei que foi visto oito anos antes de Wim Wenders, mais ou menos donde se vê o autocarro. Duma perspectiva oposta, também oito anos antes de Wim Wenders, vereis que esta casa aqui à direita e estas outras à esquerda, meias encobertas pelas árvores, ainda não tinham sido demolidas.
Hoje, de tudo o que vedes nesta imagem, casas, carros, mota, pessoas, garantidamente só existe o nº 203 da Estrada de Benfica. Até este troço da Estrada de Benfica em primeiro plano (ou o que sobra dele) se chama agora Rua Professor Lima Basto...
(Revisto em 12/IX/16.)
A Ti Altina ia dizendo para a vizinha:
— Primeiro houve qualquer coisa com o défice e aumentaram os impostos. Depois ouvi que havia qualquer coisa com a Segurança Social. Ainda havemos todas de trabalhar até estarmos com os pés para a cova.
— Olhe Ti Altina, até se compreende; os tempos estão difíceis! — respondeu calmamente a vizinha.
— Mas depois ouço Ota para cá, Ota para lá a toda a hora. E porque sim, senão ficamos todos a ver passar os comboios.
— Sabe, ainda fico é surda de ouvir tanto avião nessa Ota — confessou a vizinha.
— Também eu dou comigo a pensar se não há pouca terra para tanto tevegê, ou lá que é isso! — continuava a impaciente Ti Altina.
— Mas há mais — insurgiu-se finalmente a vizinha. — Ontem vieram com a conversa de uma grande refinaria; e hoje são mais são sei quantos hospitais novos.
— Ó vizinha, até parece que os tempos afinal são de abundância!...
Irritada, a vizinha pegou bruscamente na mão da netinha que assistia quieta e disse sem se despedir:
— Vamos embora Ernestina que isto é tudo uma grande vigarice.
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face=times size=2>Praia da Aguda, 2005.
face=arial>Relembrando a real medida das coisas...
Carlos do Carmo
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Esta [última] aqui é do Eduardo Gageiro; as [primeiras] que ladeiam o poema descobri-as na Internete há tempos, mas não consegui agora identificar o sítio nem o autor. (Revisto: se premir nas imagens, vê-las-á ampliadas e a cores, menos a do Gageiro, que é a p/b. Publicado em 9 de Dezembro de 2005 às 22 e 43. ornado a publicar no dia de finados de 2019 à mesma hora e reposto à data original em 19 de Abril de 23.) |
Segundo se escrevia no Guia de Portugal em 1924:
« Finalmente, no extremo N. dessa longa artéria, como remate da cidade moderna, abre-se o diadema da Rotunda (Praça Marquês de Pombal), de pavimento em empedrado lisboeta, com letreiros alusivos à acção reformadora do estadista, plantada de acácias do Japão (Sophora japonica), e de onde a vista se enfia através da Avenida e as ruas da Baixa até morrer nos montes azuis da outra banda. De aí irradiam em diferentes direcções uma série de avenidas: a de Brancaamp, que vai dar à praça do Brasil [Largo do Rato]; a de Fontes Pereira de Melo que comunica com a praça do Duque de Saldanha, servindo de ligação aos modernos bairros conhecidos por Avenidas Novas; e a do Duque de Loulé, que liga directamente a Rotunda com o largo do Matadouro, servindo de limite N. ao bairro de Camões.» (1)
Praça Marquês de Pombal, Lisboa, 195...
Fotografia: António Passaporte, in Postais de Lisboa, [Lisboa], C.M.L., [1998].
Notas:
(1) Raúl Proença, Guia de Portugal, 1.º v., «Generalidades; Lisboa e arredores», 1.ª ed., Lisboa, B.N., 1924, p. 251 [Reedição da F. Calouste Gulbenkian, imp. 1991, que reproduz fielmente a 1.ª ed. de 1924].
vspace=10 border=0>face=arial size=2>
Quiçá São Julião da Barra no domingo passado. À tardinha.
alt=Design src="http://fotos.sapo.pt/biclaranja/pic/000r1paf" align=right border=0> É aceito por todos que qualquer representação figurativa que se entenda é um desenho. Já rabiscos e momices sabemos que são amiúde designados por design.
Tão subtil aplicação de significantes bárbaros a significados inferiores não é cousa maravilhosa de se ver?!...align=right>Desenho de Luís Ribeiro em pacotinhos de açucar
ou o suporte menor de uma ironia maior.
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