A inércia deve ser a coisa mais pesada.
Há-de ter perto dum mês pouco mais ou menos, deduzo que tenha havido um choque na Av. da República por altura da Miguel Bombarda. É por ali, na tira do passeio separadador da avenida que pesa com toda a sua massa densa a inércia. Num pára-choques destroçado lá caído.
A inércia é a coisa mais pesada e ainda bem. Assim nem o vento moderado a forte ou com rajadas levantará o pára-choques inerte do sítio. Só talvez alguma greve...
Locomotiva descarrilada (greve ferroviária), Portugal, 1919.
Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Adenda em 30/9: há coisas que nem de propósito; hoje ao passar na Av. da República vi que a acção não grevista (alegadamen-
te) dalguém removera o destroço do pára-choques que ontem ainda lá jazia. Não acredito porém que tenha sido por ter cá isto escrito sobre o caso.
Este postal do A.C.P. foi-me oferecido pelo meu amigo M. de Monsanto e, à falta de melhor argumento, fui eu que me lembrei de cá pô-lo na rede.
Assistência em viagem, [s.l.], fins dos anos 1920. (Ao escorrer da pena, img. 21.)
Foto: Automóvel Club de Portugal [tit. or.: Desempanagem com 'reboque'].
Este recorte e ampliação duma fotografia de António Passaporte fui eu que fiz para mostrar onde era a Tinturaria do Chile: na esquina da Av. João XXI com a Av. de Roma. O escriba da pena ou copiou mal ou escolheu mal a fonte para copiar.
Av. João XXI, cruzamento com a Av. de Roma, Lisboa, c. 1953. (Ao (es)correr da pena..., img. 4).
Adaptado dum postal de António Passaporte (prova B086532, in A.F.C.M.L.)
Essa em baixo à esq. em que se identifica a sobrevivência duns prédios com mais de 100 anos na Rua José Falcão, 47 (o escriba da pena toma-a pela Av. Almirante Reis) é da srª Dª T. dos Dias que Voam, publicada a propósito duma vista da Penha de França. Essoutra à dir. também, para confronto com a Av. Almirante Reis, 86.
(Ao escorrer da pena, img. 6, 7.) |
Adenda final: este mata-borrão podia continuar pelo postal da Casa da Moeda cujo rebordo denuncia minha manipulação quando havia pouca gente por ali...; pela vista geral do Arco do Cego digitalizada por mim do Livro de Lisboa; pelo palacete da Av. da República 77 cuja rotação foi trabalho meu sobre a imagem de Paulo Guedes no Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Nat King Cole - Nature Boy
Certa vez, em pequeno, pedi à minha mãe se deixava uns mocinhos lá da rua, meus amigos, irem brincar comigo lá para casa. Ela não se opôs e ao depois que os chamei - logo que entraram - arrependi-me. Eram dos que viam com as mãos como os espanhóis. Mexiam em tudo; desarrumavam os móveis sem pedir; remexiam as coisas lá de casa: - "O que é isto?!" - perguntavam descaradamente enquanto abriam gavetas. Uma desgraça. Nem brinquei nada só por estar de olho neles, de certo modo injustamente - mas na época não o sabia.
Não vem isto a propósito de nada senão para me justificar eu de afirmar - não vá a vaidade de o dizer tornar-se rude - que estas fotografias são minhas. Fui eu que as tirei (ainda me incomoda mexerem nas minhas coisas).
Lá onde as vi vêm sem menção do autor.
Av. dos Estados Unidos da América, Lisboa, 2004. (Ao escorrer da pena, img. 27)
Av. da República, Lisboa, 2006. (Ao escorrer da pena, img. 42)
Av. Fontes Pereira de Melo, Lisboa, 2007. (Ao escorrer da pena, img. 62.)
Palacete Sotto-Mayor, Lisboa, 2005. (Ao escorrer da pena, img. 63.)
Esgravatando nas colecções do Arquivo Fotográfico da C.M.L..aparecem-me algumas fotografias intrigantes; não se identifica o lugar. De Paulo Guedes, da Lisboa do início do séc. XX, vi já bastantes assim: não se percebe onde era o que se vê retratado. Outras há que nem o fotógrafo se sabe quem foi, embora se reconheça o lugar. Depois há notas curiosas: sobre esta da igreja de Nossa Senhora de Fátima sabe-se curiosamente que foi parar ao arquivo pela mão do prof. Mário Tavares Chicó que organizou o museu da cidade no palácio da Mitra em 1940-42. Quem sabe se foi ele o autor.
Igreja de Nossa Senhora de Fátima, Lisboa, [c. 1938].
Arquivo Fotográfico da C.M.L.
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Fotografia de Porfírio Pardal Monteiro (4/XI/17).
« Passando o Arco das Portas do Mar para oriente, depois de dois prédios, encontra-se a célebre Casa dos bicos ou dos diamantes, que segundo as investigações de Silva Túlio, foi construída pelo ano de 1523 por Afonso de Albuquerque, filho do que foi governador da Índia. A porta principal do palácio parece que era na antiga rua do Albuquerque, e a muralha da cêrca moura foi totalmente arrazada no sítio do palácio para a construção dêste. Em 1755 a propriedade de Francisco Xavier de Melo, chamada dos bicos, tinha de frente 93 palmos e 2/3 (20m,5), e de fundo até à rua do Albuquerque, 96 palmos (21m,12), com loja, sobre-loja e dois andares [Tombo de 1755, Bairro da Ribeira, fl. 9]. Pelo terremoto grande ficou reduzida apenas às lojas e sobre-lojas, como ainda hoje (1939) se conserva.»
A. Vieira da Silva, A Cêrca Moura de Lisboa; Estudo histórico descritivo, 3ª ed., Publicações Culturais da C.M.L., Lisboa, 1987, pp. 123, 124.
Travessa dos Bicos, Lisboa, 1896-908.
Machado & Souza, in Arquivo Fotográfico da C.M.L.
(Revisto em 4/XI/17.)
Um dos canais de cabo dá à tardinha, pelo meio da publicidade, uma série com umas mulheres (mãe e filha) cujo ganha-pão é andarem à caça de bandidos. "As caça-recompensas", parece que é - um conceito americano que não entendo muito bem mas também não presto muita atenção... - É curioso o paradoxo dessa moderna síndroma de igualdade de género que a série destila ao propor heroínas chapadas do modelo viril. Os vilões são todos homens.
O comportamento viril só nas mulheres produz o Bem; nos homens é mau? É esse o recado subliminar?
Hoje ouvi o sr. ministro Pinho sobre as ondas (R.T.P. Jornal da Tarde, 23/9/2008, min. 36): - "Há quinze anos a ideia de produzir energia a partir do vento parecia uma miragem. Mas a verdade..."
No dia 20 de Setembro de 1519, Fernão de Magalhães inicia, a partir do porto espanhol
de Sevilha, aquela que seria a primeira viagem de circumnavegação do mundo.
(Imagem no Diário Universal)
A verdade é que quem se afoita sobre as ondas (do Allgarve à Europe's west coast não é?), com mais ou menos dificuldade poderá vir aprender os princípios da navegação à vela.
Um estudo de três 'investigadores' da universidade de Aveiro revela... hortugrafia design.
E a falta que lhes faz umas orelhas de burro.
xplika, por três investigadores sem maiúscula (um com hífen).
Universidade de Aveiro, 2008, in R.T.P., Jornal da Tarde.
Neptuno, Lisboa, 2004.
Os almeidas da Câmara andaram há dias de roda do tanque do Neptuno. Ficou mai' limpinho e com os repuxos a deitar água. Ora bem!
Pela altura em que fecha o Verão o sol (da minha sacada) põe-se por esta hora ali por trás do edifício do banco.
Tirado do Tejo tem mais poesia.
Silo da Trafaria ao entardecer, Rio Tejo, Set. de 2005.
O efeito dominó sucintamente explicado à turba por Phill Collins.
Genesis - Domino (In The Glow Of The Night)
Ao vivo em Knebworth, 1992.
Lisboa tem agora uma coisa chamada night bus, designação globalmente inteligível do Allgarve à Europe's west coast por todos os meninos da pré-primária socrática que vejam o Nodi na televisão.
Saúde! Cheers, man!
Hoje à 1h10 da tarde o relógio do quartel de bombeiros da Encarnação dava meio-dia e meia.
Quartel de bombeiros do bairro da Encarnação, Lisboa, [s.d.].
Artur Goulart, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Há pedaço passou por mim uma ambulância medicalizavel. (Cuido que se diga medicalizável mas nem acento tinha.) Que diabo quererá dizer medicalizável? Será uma qualidade ou possibilidade de algo se medicalizar, à semelhança de regenerável e regenerar? Se assim for só preciso que me esclareçam o significado de medicalizar para eu regenerar o meu entendimento sobre a medicabilidade (a qualidade ou possibilidade de algo ser medicalizável) da ambulância.
É claro que num futuro próximo todas as ambulâncias serão mais do que medicalizáveis. Serão medicabilizáveis. Seja lá o que isso for.
Imagem de Steve Beckett's vintage Matchbox.
Sopa dos pobres durante a Grande Depressão nos E.U.A., anos 30.
Legenda:
O maior nível de vida do mundo.
Não há modo como à americana.
Fotografia n'O Lado Negativo do Noticiário Mundial.
Roberto De Niro
Os Intocáveis, de Brian de Palma.
A Câmara Municipal lembrou-se agora de pôr bandeiras da Coca-Cola nuns paus de bandeira novos lá à roda da estátua.
Inauguração do monumento ao duque de Saldanha, Lisboa, 1909.
Paulo Guedes, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Gira-discos em móveis-rádio; álbum dos Carpenters da loja da Amazon.
Adamastor (O)
Apartado 53
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