O presidente do Intendente, primeiro-ministro do Rato, tem dois buracões a empecer a viação no cimo da Almirante Reis, ao Areeiro, e na Cruz do Tabuado, mas deve andar entretido noutras m...
(Imagem na Radio do Faial, entre outras.)
Não sei se a Sophia (à grega) alguma vez ancorou em Hidra nem se por lá avistou Pessoa ou se foi devaneio poético.
Sei de se ontem a emissora 2 pôr a cavalo na aluvião grega destes dias, estribada na Sophia evocando Fernando Pessoa em Hidra -- ou Hydra, à grega. Puseram com isso no ar um fonograma -- ou phonogramma, à grega -- declamado por Luís Cintra, ou Sintra, à portuguesa. Estranhei uma tónica aguda -- ou oxytona, em grego -- no Cintra a dizer Hidrá no primeiro verso, destoando do natural paroxítono grego Ύδρα -- que portuguesmente soa Hidra -- e a desarrimar-se ainda mais do terceiro verso debrucei-me ávida.
Liberdade poética, dir-me-ão. Pois, mas no descaso na liberdade da rima e da métrica, ancorou em Hydrá... debrucei-me avidá também dava ao poemeto...
Em Hydra, evocando Fernando Pessoa
Quando na manhã de Junho o navio ancorou em Hydra
(E foi pelo som do cabo a descer que eu soube que ancorava)
Saí da cabine e debrucei-me ávida
Sobre o rosto do real ― mais preciso e mais novo do que o imaginado
Ante a meticulosa limpidez dessa manhã num porto
Ante a meticulosa limpidez dessa manhã num porto de uma ilha grega
Murmurei o teu nome
O teu ambíguo nome
Invoquei a tua sombra transparente e solene
Como esguia mastreação do veleiro
E acreditei firmemente que tu vias a manhã
Porque a tua alma foi visual até aos ossos
Impessoal até aos ossos
Segundo a lei de máscara do teu nome
Sophia de Mello Breyner, in Os Poemas sobre Pessoa, apud Aprender até morrer.
Rebelo Gonçalves, Tratado da Ortografia da Língua Portuguesa, Atlântida, Coimbra, 1947.
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