Alvalade no dealbar dos anos 50. Alvores da Avenida da Igreja, antes da própria igreja de S. João de Brito (inaugurada em 1955). Três vistas para lá, uma para cá. Numas o horizonte ganha-se na cumeada além da Av. do Aeroporto (quintas da Graça e Belmonte); noutra perde-se contra o Hospital de Santa Maria, em últimos preparos ou acabado de inaugurar (1952). Um autocarro que vai, outro que vem; um táxi; gente que passa, gente que está -- e um vendedor de sorvetes, será? -- Amplos ares de Alvalade para sorver também, porque entretanto...
Fotografias: estúdio de Horácio de Novais, in Bibliotheca de Arte da F.C.G..
Dizer as verdades é ser atormentado? Então sou um ser atormentado, e hoje vou começar mais um blogue com as aventuras do embaixador de Portugal na Tugólândia. Começa logo no dia 10 de Junho, LINDO :-))
Dou-lhe um conselho amigo, active o seu moderador de comentários. Assim evita insinuar que quem não vê o mundo da mesma forma que você, tenha problemas do foro psicológico.
Aliás era uma coisa corrente nos anos 50. Ops erro meu, nos anos 50 não havia ditadura, aliás o bairro de Alvalade até foi feito para os pobrezinhos. Ainda hoje é bairro social...
Não julgo as pessoas pelas suas palavras, mas pelos seus actos...
Para além de se constatar que está frio, que as árvores ainda eram piquininas " e que os magalas se passeavam nas ruas, admira-me descobrir a largura desta avenida. É que hoje, e com a quantidade de carros estacionados em primeira, segunda e, por vezes, terceira fila, sobra uma faixa de rodagem útil. É verdade: se nunca conheci o descampado onde agora se ergue a igreja, fui frequentador em tempos de estudante de ciclo e de liceu, do café Astória , ali mesmo no cantinho. Tal como daquele outro, aqui não visivel , Nova Bagdad de seu nome, que todos os dias de manhãzinha dava (de borla mesmo) os bolos que haviam sobrado de véspera à garotada que fazia fila antes de abrir as portas.
É interessante como as duas primeiras fotos mostram o lado "rico" da avenida e as duas últimas o seu lado "pobre". A harmonia que tranparece nas imagens era real. Os "ricos" e os "remediados" viviam paredes meias numa zona nobre da cidade, sem os mêdos, a "pindériquice" e as políticas erradas que levaram uns para os "bunker" dos condomínios privados e os outros para os "guettos" dos bairros sociais e para desastosas urbanizações periféricas. A.v.o.
Ora aí está o Café Astória, ao contrário de outra publicação do Lisboa de Antigamente, que na sua publicação faz referência a este café, e apresenta imagens do Nova Bagdad.