Noticiário, no dizer bondoso de Júlio de Castilho, era a conversação geral sobre novidades:
« O noticiario é um signal de vida, é a Historia viva, é a chronica nacional a retalho. Não lhe peçam litteratura, nem estylo, nem exacção; peçam-lhe movimento, pittoresco, drama e comedia, tragedia e farça; isso tudo elle tem, e tudo isso dá. Conta com enthusiasmo, embora se desminta no dia seguinte; espalha boatos que se não confirmam, mas do que diz fica um sussurro vago, que é a voz da população. Essa voz, escutada pelos nossos vindoiros, ha-de ser para elles um indizivel encanto. »
Julio de Castilho, Lisboa Antiga: o Bairro Alto de Lisboa, 2.ª ed., vol. I, Lisboa, Bertrand—José Bastos, 1902, p. 247.
Hoje porém, para os publicistas que se pretendem senhores das actualidades oficiais, a conversação geral sobre novidades é fake news. Porque lhe contraria as homilias da verdade única.
E já nem de dizer «boato» temos cá gente capaz.
Banca de jornaleiro, L. de S. Domingos, c. 1974.
Artur Pastor, in archivo photographico da C.M.L.
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