Quarta-feira, 23 de Setembro de 2015
Praça do Areeiro, Lisboa, c. 1955.
Fotografias: Horácio de Novais, in Bibliotheca d' Arte da F.C.G.
(*) Os canastrões da Fundação Gulbenkian etiquetaram estas três vistas como Praça Francisco Sá Carneiro, antiga do Areeiro. Uma tentativa espúria, a par do município, de impingir toponímia política, sectária, de regime, num lugar com topónimo natural e ancestralmente sabido da gente. Areeiro e mai' nada é como dizem os alfacinhas —Toma! — O Metro e os autocarros também; se estes mudarem perceberemos a vontade do regime democrático em democràticamente ditar a sua democrática vontade ao povo à gente.
De [s.n.] a 25 de Setembro de 2015
Fotografias lindas, não só pela magnífica luz mas também pela limpidez das imagens.
Uma Praça impecàvelmente concebida, não exactamente pela arquitectura, que acho relativamente vulgar (eu sou mais pela do séc. XVIII, como saberá:), mas ainda assim comparar os mamarrachos que têm vindo a ser erigidos neste regime (e é um facto que eles já vem de longe, mas os crimes urbanísticos levados a efeito na cidade de Lisboa e arredores pelas gentes que têm estado nos últimos anos à frente da Câmara de Lisboa, com responsabilidades acrescidas do respectivo presidente, são um gravíssimo crime de lesa-património) com os edifícios desta Praça, tal como se pode fàcilmente constatar nas imagens, estes até parecem nobres palácios...
Quanto ao piso esverdeado (que espécie de mistela é aquela?!?) que substituiu a anterior calçada, trata-se de outro crime contra a harmonia, beleza e enquadramento da Praça do Areeiro. Uma obra vergonhosa sem desculpa possível. Este presidente da Câmara só tem feito borradas. E já nem é bom falar na porcaria que ele fez quanto à circulação automóvel no Marquês de Pombal e na Av. da Liberdade, um completo inferno. Se ele tem dúvidas pergunte aos taxistas e ao presidente do ACP, já para não falar nas pessoas que têm que se deslocar todos os dias para aquela Avenida, o que pensam do assunto.
Maria
De João Paulo a 25 de Setembro de 2015
Realmente hoje só fazem porcarias em termos urbanísticos e arquitectónicos. Neste caso o arquitecto Luís Cristino da Silva fez uma obra exemplar a que os democratas de hoje gostam de alcunhar com o nome de uma marca de tabaco: "Português Suave".
Acrescento os belos tempos em que lá terminava o eléctrico com o seu atrelado, da carreira 8 que vinha do Martim - Moniz e que foi banido com a chegada do metro e das suas obras.
O carro eléctrico nunca passou do Areeiro rumo ao b.º de Alvalada por deslumbramento. O futuro era o autocarro e o Metro. Agora é o carro eléctrico. Que ironia.
Também a arquitectura anda entregue a operadores de computador. O ornato é linha recta, materiais nobres são o pvc, o pladur e o mdf, o estilo é eurocaixilho e o vitruvio é um vidraceiro convertido ao acrílico.ma malta que rege o burgo nem isto aprendeu, fica abaixo.
A cavalgadura do Costa (ou qualquer besta que sobrevenha) precisava de apresentar obra; qualquer ( com sua licença) cagada é obra, como sabemos...
O piso esverdeado é cimento pintado. Pior que laje de betão, muito pior que calçada. Como simulação de relva é inqualificável.
Esta gente de dó não tem nem noção de quão paupérrima é. Se a tivera não teria vergonha.
Cumpts.
A malta que rege o burgo, digo.
De João Paulo a 25 de Setembro de 2015
Ironicamente mesmo.....Voltam a falar de longe em longe numa dita carreira 24, Cortada em 1995( Campolide -Carmo, mas que na altura circulava entre o Alto do São João e o Cais do Sodré) e que querem repor no traçado entre o Alto de Campolide e Cais do Sodré. Até há uma petição pública e um eléctrico pintado de verde ("Chiado Tram - Tour") a circular entre o Príncipe Real e o Largo do Camões só para turistas a circular com os velhinhos eléctricos dos anos 30.
Cumpts
Essa do «Chiado Tram Tour» no extensíssimo trajecto do Camões ao Príncipe Real é para esfolar bem o excursionista; diz muito da real qualidade da oferta e da zarolha procura turística que há por Lisboa.
Em vez de delírios com o 24, havíamos de ter vergonha.
Cumpts.
De João Paulo a 29 de Setembro de 2015
Talvez um dia metam eléctricos para Benfica, Carnide e Lumiar como em tempos houve O pior é ir procura-los nas sucatas ou existir dinheiro para novos....
Enfim devaneios.
Cumpts.
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