« Em 30 de Abril de 2009, Seixas da Costa recordava, às 01h58 da madrugada, uma frase de Melo Antunes: “A descolonização foi uma tragédia, da mesma maneira que a colonização foi uma tragédia”. O embaixador em Paris concordava, mas acrescentava da sua lavra: “A descolonização foi feita da forma que foi porque o estado a que o anterior regime tinha conduzido a situação nas colónias não possibilitou outra solução”. E impõe mais outra consideração: “As muito difíceis condições político-militares nas colónias com que o novo poder se viu confrontado e que impedi[ram] que se seguissem outras vias”.
Nesta história de uma descolonização trágica somos todos, todos inocentes. Os responsáveis são só os outros: os do anterior regime, os do Estado Novo, os do capital monopolista, os das multinacionais de rapinagem, os do imperialismo americano e por aí fora.
Convém não desautorizar esta “narrativa” da carochinha, porque a Democracia sairia muito mal de uma história a sério: o exército português retalhado em facções políticas e transformado em bandos de guedelhudos que agiam por conta das centrais político-partidárias a que estavam afiliados; o colapso do Poder e o eclipse da Autoridade que se verificaram num país em autogestão, deliberadamente provocados pelos vários candidatos em disputa pela liderança da revolução socialista que a esmagadora maioria dos portugueses não queria. Em suma: o PREC.»Maria de Fátima Bonifácio, «A amarga irrisão da nossa Lusitânia», Observador, 23/VII/16.
Recomendo ao benévolo leitor que leia o artigo completo de M.ª de Fátima Bonifácio trasladado em pública forma e livre de estropianço ortográfico no
Apartado 53, um blog contra o AO90 e outros detritos, onde se anuncia a auspiciosa reactivação da Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico.
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