2 Fiat 600, Venda Nova, 2005.
Não falam com ninguém: não dizem Trata nem usam telemóvel. Não se metem à estrada... Avistam-se com ar jovial debaixo de uma árvore na Venda Nova, Amadora.
No Palacete Sotto-Mayor há um parque de estacionamento subterrâneo muito moderno e automático: para entrar paramos ao pé dum poste que dá um bilhetinho como quem deita a língua de fora; ao tirar o bilhete abre-se uma cancela e pode-se entrar com o carro, estacioná-lo num lugar vazio e ir tratar do que se tem a tratar. Depois de tudo tratado, para tirar o carro é necessário ir a um mealheiro do tamanho dum armário que engole bilhetes e os lambuza com tinta depois de pormos lá moedas (também aceita notas de banco). O bilhete é devolvido como quem deita a língua de fora. No tal armário mealheiro há também um botão próprio que se carrega para obter um recibo como o da imagem. À saída pomos o bilhete lambuzado noutro poste que o engole; em seguida o poste abre-nos a cancela e deseja-nos boa viagem.
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Mas se o processo é todo automático, quem será o funcionário 19?
Fui aviar uma receita à farmácia. Pediram-me mais do que o costume.
- Então os medicamentos não baixaram?!
- Sim, mas a comparticipação também - respondeu a sra. doutora da farmácia.
- Então, mas se eu pago mais...
- Parece que não baixaram o preço - interrompeu ela.
- Pois!...
Lembrou-me então um caso antigo de actualizações do capital no seguro automóvel que também havia de descer de preço, mas que me aumentou a despesa; ou uma promessa mais recente de não subirem os impostos e que me acabou aumentando outra vez a despesa.
- Um mentiroso assim tão descarado merece castigo - pensei de mim para mim.
Mas pensando melhor, os mentirosos sempre têm demasiada publicidade, por isso antes vos cá deixo um passeio de cacilheiro à Trafaria.
Passeio de cacilheiro à Trafaria com I.V.A incluído segundo tarifas em vigor, Lisboa, 2005.
Nota final: devem guardar-se para sempre os bilhetes do barco porque dizem conserve este bilhete sem dizer até quando.
Alberga a Divisão de Segurança, Higiene e Saúde da C.M.L..
Av. Santos Dumont, 75-77, Lisboa, 2005.
É por haver uma D.S.H.S. em Lisboa que o entulho foi parar à Amadora?
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Estrada militar da circunvalação, [berma do lado da] Amadora, 2005.
face=arial color=#000099 size=2>A C.M.A. tinha lá a encher uma tabuleta com uns dizeres e foi largá-la no entulho...
Uma campanha eleitoral engarrafada.
Estrada de Sintra todos os dias a qualquer hora, Queluz, 2005.
Entre a silhueta do Infante e a torre manuelina há um farol. Será a representação de el-rei D. João II?
O Padrão das Descobertas e a torre de Belém ao entardecer, Lisboa, 2005.
Com a união de Leão e Castela o leonês desapareceu dando lugar ao castelhano em ambos os reinos. Foi subsistindo como falar popular num recanto transmontano. E eis que o furacão do progresso que sempre bafeja S. Bento rapidamente alçou o Mirandês a língua oficial em Portugal. A julgar o modo como é tratada a primeira língua oficial da República não se espera nada de bom para o mirandês.
Digo isto depois de ver na RTP (mais) uma entrevista dada pelo treinador do Benfica em castelhano, sem legendas, imediatamente seguida de uma bela reportagem sobre livros e programas radiofónicos em Mirandês, com legendas!
Filipe II de Espanha já idoso.
João Pantoja de la Cruz in O Escorial.
Se fosse hoje, D. Felipe (cuja mãe era portuguesa) poderia guardar o dinheiro dos subornos e dispensar a D. Fernando Alvarez de Toledo Y Pimentel da missão de conquista...
Há-de haver quase três meses que o caneiro se intrometeu numa certa conversa de família; de tal maneira que muito admirou a Sr.ª D.ª Emília. O que se não sabia na altura era que o malandro do caneiro resolveria fazer braço-de-ferro simultaneamente com a ponte sobre o Tejo e com o aqueduto.
Do aqueduto à ponte veja-se lá a força daquele engolidor de autocarros!
Caneiro de Alcântara em construção, Lisboa, 1947.
Foto: Diniz Salgado, in Arquivo fotográfico da C.M.L..
[Mas porquê tanto alarido hoje, se há mais de quinze dias que há notícia do caso?]
Muito olhar de fora dirigido a nós portugueses não alcança ver senão arcaísmo ou excentricidade e sempre ignora quase tudo sobre Portugal. Divirto-me com essa sobranceria alheia que confunde cultura e tradição com atraso e bizarria!...
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Lisboa. Parada militar. O ditador português António de Oliveira SALAZAR
Pela legenda deduzo que ou o ditador resolveu jogar avant-la-lettre o jogo do Wally; ou quem catalogou a foto cria piamente que Salazar era omnipresente.
Nota: na fotografia vemos ao centro o presidente Craveiro Lopes ladeado pelo ministro da presidência, prof. Marcello Caetano (à esquerda) e pelo ministro da defesa nacional, Santos Costa (à direita). O general em segundo plano não sei quem é, mas aposto que se levantou porque descobriu o Wally.
Vinte e nove anos depois da imagem que pode resumir Lisboa no séc. XX, Theo Neutelings apontou a objectiva para o fundo da Travessa de S. Tomé: apanhou o eléctrico 28 vindo da Rua das Escolas Gerais. (Ouvi comentar que havia florecas neste lugar).
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border=0>Lisboa, 1999align=right>© 2005, Theo Neutelings
A fotografia vem do world.nycsubway.org que possui há uma secção dedicada a Portugal.
O espaço deve ter feito salivar muito pato-bravo. O jardim, desde que me lembro do sítio, era um denso matagal. O palacete, uma ruína miserável. Até que veio o inesperado restauro...
src="http://fotos.sapo.pt/biclaranja/pic/000csr8h" width=500 border=0>
Palacete Sotto-Mayor na Av. Fontes Pereira de Melo, Lisboa, 2005.
Felizmente havia 20.000m2 para edificar abaixo do nível do solo.
É magistral a teatralidade de Eneias como actor principal nesta cena a seguir ao incêndio de Tróia pelos gregos. Valoroso e sublime, excede facilmente certo noticiário grosseiramente subliminar.
Eneias salvando seu pai Anquises do incêndio de Tróia
António Manuel da Fonseca, óleo sobre Tela, 1855.
Pode apreciar-se sem binóculos no Palácio Nacional de Mafra.
... era hoje parangona nos jornais.
Há mais de 15 anos já se trabalhava na solução do problema.
Azenhas do Mar, 1/1/1990.
(Recordação do México comprada no Porto.)
Para alguns, guardar uma memória assim ou assado do Areeiro é mais ou menos fácil.
Mas... Quantas memórias há do frito e cozido?
A zona do Areeiro em obras, vê-se em cima o Casal Vistoso, Lisboa, 1950-59.
Foto: Judah Benoliel, in Arquivo Fotográfico da C.M.L.
Um fragmento assim desta memória foi gentilmente recordado por Manuel (incluindo o anúncio da Sacor).
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