Joe Jackson - Steppin' Out
Bruce Hornsby – The Way It Is
Placar (do Fr. placard) é galicismo pouco recomendável; se for de corticite podem surgir problemas de rolha.
Podia sempre dizer-se quadro...
height=365 alt="" src="http://fotos.sapo.pt/biclaranja/pic/000kf4cc/s500x500" width=500 vspace=5 border=0>
Permite pôr e dispor funcionários.
A Av. Cidade do Porto onde quem sobe do Relógio começa a descer para a Av. de Berlim.
Em tempo - vai ali um guarda republicano -, antes de fazerem a 2ª Circular e os Bombeiros da Encarnação, deste lugar avistava-se o velho solar da Quinta do Caldas. Tinha capela e era um pouco a N. donde hoje está o viaduto sobre a Av. de Berlim, exactamente onde quem vem do N. pela 2ª Circular toma o desvio para a gare de chegadas do aeroporto. O limite poente dessa quinta do Caldas era a estrada de Sacavém (sensivelmente onde hoje corre a Rua C do aeroporto de Lisboa) que mal se percebe na fotografia, mais à esquerda, a confluir com a Av. Cidade do Porto lá ao longe, com um arvoredo de permeio. Para o solar descia uma Azinhaga do Lavadinho desde a estrada de Sacavém, perto do palácio Benagazil (Quinta do Policarpo) que ainda hoje existe. As terras do Caldas estendiam-se para nascente até ao fundo da Av. de Berlim e para sul até ao Relógio.
Para maior clareza fica a faltar o mapa.
Av. Cidade do Porto; saída de Lisboa pela Encarnação, Lisboa, 1941.
Fotografia: [Eduardo Portugal], in Arquivo fotográfico da C.M.L..
hspace=5 src="http://web.archive.org/web/20060727035118/http://www.quercusambiente.org/xfiles/images/image796.gif" align=left vspace=5> Abriram a época balnear e nada; abriram a época dos incêndios e nada. Isto quando já tinham preparado o Verão para ser o mais quente de todos os tempos. Nada.
Hoje [ontem] foram buscar o meteorologista; perguntaram-lhe pelo clima, que em pé de página garantiam estar a mudar. - Pudera não! Se empolam e vergam qualquer fenómeno meteorológico atípico até provar a teoria que pregam...
Dantes se havia chuvadas em Junho ali, ou acolá fazia mais calor que a conta isso era notícia, sim, mas não havia jornalistas-apocalipse logo dizendo: - Eis a prova! O clima está a mudar!
Está a mudar? O meteorologista puxou dos galões - que para explicar teria de usar linguagem científica - disse. Repetiu então três vezes a palavra 'posicionamento' para pôr o anticiclone nos Açores. Mas o jornalista é que sabia: o calor - o Verão mais quente desde o princípio dos tempos - é a partir de terça-feira.
O meteorologista aí hesitou. - É muito difícil prever (prognosticar foi o termo) com tantos dias de antecedência...
Ora?! Então e o modelo de aquecimento global para 100 anos...?
Portela: mais um documento para a história do local do aeroporto de Lisboa. Um solar em ruínas que podia bem ser em Alcochete, no Poceirão, no Rio Frio ou na Ota. Talvez venha a fazer-se um estudo sobre a localização exacta desta velha casa.
Portela de Sacavém; solar em ruínas, Lisboa, c. 1940.
Fotografia: [Eduardo Portugal], in Arquivo fotográfico da C.M.L..
Avenidas novíssimas: Alvalade, Av. de Roma, Areeiro...
Postais: António Passaporte: Lisboa, anos 50. Do Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Música: Nat "King" Cole - Pretend
(Revisto em 16/VI/013)
Verão. Férias grandes, meia dúzia de putos, uma bola de borracha Futebol 3 e uma rua de poucos carros. O desafio ia ser contra os da rua de cima: 5 contra 5.
O puto pediu para jogar. Era o mais miúdo de todos; entrara para a escola naquele ano e os outros iam já na 3.ª ou 4.ª classe. Os maiorezinhos iam mais adiantados que isso; já nem andavam na escola da Câmara. Também nenhum deles queria jogar à baliza.
E o puto pedindo para jogar.
— Pomos o puto à baliza e jogamos todos à frente — disse o Beto, que era manhoso.
O Rui, o mais velho, procurou aos da rua de cima se tinham mais um para jogar tinham — e disse ao puto para ir para a baliza.
Quando o desafio começou lá na rua houve alguns na leitaria (*) que vieram com cadeiras e mesas pôr-se no passeio feito esplanada. Aparelharam-na com imperiais e pires de caracóis e incentivavam o jogo aos gaiatos. O puto era arrojado: lançava-se aos pés dos da rua de cima e defendia todas as avançadas deles; roubava-lhes a bola dos pés. Jogando na rua aprendera rudimentos das defesas; depois admirava o Damas: tentava imitá-lo, como os cachopos fazem aos ídolos da bola, pouco importando o campo ali ser de alcatrão e não de relva.
O jogo era dos que muda aos 5 para acabar aos 10 e neste as defesas do puto enervavam os da rua de cima, que iam começando a perder.
— Não vão a fintar até à baliza, pá! — diziam entre eles — Não vêm que o puto assim defende tudo! Chutem mas é de longe, pá!
Na segunda parte os da rua de cima passaram só a chutar de longe. Mas o puto defendia tudo à mesma; com grandes defesas. E como agora a baliza era a em frente à leitaria, ouvia de lá incentivos e aplausos entre caracóis e imperiais.
— Grande defesa, puto! — Boa! Todo no ar; pareces o Damas, pá! — E o puto animava-se.
O desafio já ia nos 9-3 quando houve um penálti contra os daquela rua. Veio o Filipe, o maior da rua de cima para marcar... Saiu uma bujarda mas o puto, numa defesa em voo, defendeu.
— Olha o puto defendeu o penálti! — ouviu-se alto lá da leitaria.
O atónito Filipe, tal era o desânimo, nem foi à recarga.
— Poça! Até o penálti o puto defende — disse acabrunhado para os seus que lhe criticavam o desacerto.
Nisto o Beto, que era manhoso, apanha a bola que o puto não encaixara à primeira Deixa! Deixa a bola! — e corre para a outra baliza com os outros ainda surpreendidos; finta o guarda-redes e marca golo. — Ganhámos! — gritou. Gritaram todos. — Ganhámos! Ganhámos!
Os da rua de cima eram mais fortes e ganhavam muitas vezes. Naquela tarde não. Quando já lá iam subindo a rampa do Galego ainda alguém lhes atirou. — Querem jogar outro desafio?!...
Guarda-redes Damas rodeado de miúdos, Estádio Nacional, 1974.
Fotografia: Amadeu Ferrari, in Câmara Municipal de Lisboa, Uma Cidade de Futebol. Lisboa, Arquivo Fotográfico Municipal e Assírio & Alvim, 2004.
(*) A leitaria era mais um café ou um tasco, vulgo snack-bar, mas os crescidos naquela rua sempre diziam leitaria; com os mais novos passou a usar-se o nome comercial que a leitaria ostentava no toldo, nome que se pegou em alcunha ao fulano da leitaria, mesmo depois de ele a ter trespassado.
O sexólogo dizia na antiga Emissora Nacional ontem de manhã que já não aguenta ouvir a palavra 'proactivo'. Eu digo o mesmo; até porque não na encontro nos dicionários que tenho à mão. Todavia qualquer glossário da Deloitte há com certeza de exibir orgulhosamente tão repugnante anglicismo. Vaticino inclusivamente que figure em todos os glossários de todas as deloittes logo a seguir aos insuportáveis vocábulos 'implementar' e 'mudança'.
E o mais que posso dizer é que se o consultor glossarista tivesse sido proactivo prognosticado este meu escrito teria com natural proficiência incluído no tal glossário os vocábulos prognose, conjectura, predição, profecia, e porque não também presságio, premonição, prenúncio, agoiro e por aí diante; isto em vez de transliterar barbarismos.
Sobre 'memes', a literatura que consultei não manda entregá-los a ninguém. Ainda assim, os primeiros cinco deloittes que por aqui passarem recebam a estafeta. Se lhes aprouver.
Notícia de Torto,
IAN/TT, Mosteiro do Vairão, mç. 2, doc. 40,
315×170mm
Perco-me eu neste blogo muitas vezes por essas velhas estradas do termo de Lisboa. Esta não conhecia. E assim sendo, num dos nossos habituais almoços há tempo procurei ao meu prezado amigo S. da Portela pela Estrada da Centieira. A conversa não teve grande sequência, mas ele conhecia-a.
Já que nestes dias me disse ele que havia de visitar aqui o blogo deixa-me cá pôr a dita estrada que é para o melhor receber. Calha bem que vá ali uma carrada de cortiça porque o meu bom amigo sabe de sobreiros (salvo seja!).
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Passagem de Nivel da Centieira, Olivais, 1940.
Fotografia de Eduardo Portugal, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Privados é um nome muito na moda. Assim mesmo no plural. Julgo que é como dizer prontos...
Ora bem, há também agora aí outra moda chamada privatizar. Parece coisa muito janota e moderna, mas quem conheça a História sabe que é prato requentado da Revolução Liberal: isto que se diz privatizar é tão só vender os bens nacionais. A particulares, não a privados, entendei. Sim porque se privada é a propriedade desses bens quando hábeis governantes os vendem, os compradores, esses designam-se particulares.
E então os privados?
Ora privados é uma condição. É a condição geral daqueles que pagam a conta do saneamento de empresas públicas quando qualquer governante as vende. Ficam, já se vê, privados, i.e. desprovidos, das empresas e da renda do que investiram em sanear. Depois, se for preciso, compram-lhes bens ou serviços, às ditas empresas. É parecido com a R.T.P. haver vendido os transmissores que eram seus à Companhia dos telefones. Agora aluga-lhos. O produto da venda ainda pagou o aluguer nos primeiros tempos...
Ontem diziam nas notícias que o governo vai vender a antiga J.A.E.. Acho inteligente. Acho que foi também um governante inteligente quem vendeu o vento dessas serranias ermas às ventoinhas da Mercedes. Mas queira Deus que os governantes - mesmo os inteligentes - ainda tenham amigos particulares quando não houver bens nacionais para vender; porque aí os privados de bens nacionais já não poderão fazer nada por eles.
Campo de Valada, 2007.
Vi escrito algures pelo João Marchante que um dos prazeres dum blogo é mudar de assunto quando apetece. O assunto é... É o que está no título, pois claro.
Tom Jones - It's Not Unusual
- O Sol só nasce ao sábado. Pelo menos aqui.
Ri-me. Compro tantas vezes o jornal que desconhecia o dia do Sol. Não admira a resposta bem humorada do jornaleiro quando procurei o semanário na sexta-feira passada. A chuvada de ontem não descobriu o Sol. Mas hoje, com o dia ainda murcho, lá despontou.
Em boa verdade não era o Sol, era o Álbum de Memórias do professor Saraiva que eu queria.
height=336 alt="J.H.Saraiva, «Álbum de Memórias»" src="http://fotos.sapo.pt/biclaranja/pic/000kc0gb" border=0>
Se o nível do notíciário resvala sem remédio da publicidade para a sarjeta, o nível dos agentes políticos é inacreditável. Ouço espantado que um dos benfeitores do C.D.S.-P.P. é uma anedota boçal chamada Jacinto...
[Tristemente, parece tudo somado até fazer sentido.]
A fotografia do L. do Caldas é do espólio de Eduardo Portugal do Arquivo Fotográfico da C.M.L..
O irmão do candidato Costa à C.M.L.. - disseram-me que são irmãos - dizia ali na sua televisão que é difícil imaginar a SIC Notícias sem o Imagens de Marca. E reforçou.
- Obviamente a SIC Notícias é um canal de notícias.
Conheci em tempos na Azinhaga do Ribatejo uma fábrica de tomate chamada S.I.C.: Sociedade Industrial de Concentrados.
Em MCMLXXXVII o meu irmão apareceu com um walkman; logo ele que nem ligava a música. Era porreirinho, aquilo: tinha telefonia, gravava cassetes e podia ouvir-se sem auscultadores porque tinha um altavoz altifalante incorporado. A minha cunhada também tinha um igual.
Com dinheiro dum curso da C.E.E. que frequentava no largo da Abegoaria fui logo comprar um para mim. O curso durou o Verão todo; eu ia e vinha de lá com música nos auscultadores — só no Metro é que não podia ouvir por causa do barulho que aquilo faz. Com isto o meu ano de MCMLXXXVII ficou cheio de cantigas. Tantas que mais tarde gravei uma cassete C90 e chamei-lhe MCMLXXXVII em números romanos. E pus lá esta que é das que me encheram o Verão.
Crowded House - Don't Dream It's Over
[Também se deu o caso do meu irmão saber que eu já tinha carta e ter ido a correr tirar...]
Dois quarteirões na Av. da República diante do Campo Pequeno...
Obras do Metropolitano, Av. da República, 1955-59.
Fotografia: Judah Benoliel, in Arquivo Fotográfico da C.M.L.
Av. da Liberdade junto à Rua do Salitre, Lisboa, 1959.
Fotografia: Garcia Nunes, in Arquivo Fotográfico da C.M.L.
Adamastor (O)
Apartado 53
Bic Cristal
Blog[o] de Cheiros
Carmo e a Trindade (O)
Chove
Cidade Surpreendente (A)
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Delito de Opinião
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Eléctricos
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