A chaminé da velha fábrica exibia a pergunta em correcto Castelhano, com rigorosa pontuação.
A fotografia foi tirada do rio Douro. Ao lado vê-se o Palácio do Freixo... Ou será del Fresno?
Freixo, Rio Douro, 2006.
Convento de Cristo, Tomar, 2006.
Se eu tiver um destes e telefonar a alguém dando uma ordem, é um comando à distância. E de facto tem parecença.
Mas agora deu-me ele uma mensagem dizendo que se chama Vitamina e que ainda assim tenho de o 'alimentar'...
Martim Moniz, Lisboa, 1961.
Fotografia de Artur Goulart in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Tinha esta para cá pôr faz tempo.
Tinha ideia de falar aqui dos pavilhões de lojas do Martim Moniz - aquela ali é de malhas, mas havia vidrarias, chapelarias... As que mais me lembra são as sapatarias onde os empregados das lojas atendiam com cerimónia e orgulho profissional. Havia sempre o número do cliente; lá fui aprendendo que calçava o 22, o 23, o 24, o 25 e que se ficasse um bocadinho grande não fazia mal, que o pé estava a crescer. E havia a obrigação de pôr sempre a tampa da caixa debaixo do sapato quando se via se servia. O calçado era para estar imaculado desde a sola à gáspea até ser vendido. Nem ninguém compraria doutra forma. Hoje é-se ligeiro nestas coisas.
Ao depois aquilo acabou; como era provisório - fora feito para realojar os lojistas despejados pelas demolições da Mouraria anos antes... Mas nos anos oitenta ainda os pavilhões se mantinham: o Barradas, que berrou da janela ao bairro inteiro o golo do Jordão contra a França no Europeu de 84, trabalhava lá nessa altura. E quando outros do bairro gingavam o pente para alisar o cabelo ele exibia a calçadeira. Mas ao depois aquilo acabou mesmo. Há lá outra coisa agora...
O autocarro da imagem é o 16.
O fim-de-semana passado foram os Genesis, este são os (as) Corrs. Este blogo anda muito voltado à cantoria.
De permeio com os resultados da procura da versão acústica de Dreams apareceu-me esta, vivíssima, entusiasmante. O ritmo do baixo logo ao início põe qualquer pé de chumbo a bater; o Mick Fleetwood é empolgante a tocar bateria (a montagem do teledisco está muito boa); o tom celta é uma felicidade. E o meneio velado da cantora... uma satisfação!
The Corrs & Mick Fleetwood — Dreams
(Royal Albert Hall, Londres, 1997)
Vou dar uma volta. De caminho compro o filme deste concerto que vi esta manhã no 2.º canal. Este conjunto tem muita harmonia...
The Corrs - Dreams
(Concerto acústico)
Esta semana foi noticiado mais um estudo muito à-frente e assaz (sub)urbano. Diz que mais de metade das tarefas domésticas continuam a ser realizadas exclusivamente pelas mulheres, sem ajuda dos maridos ou companheiros. Este termo companheiros é precioso. Se o estudo das 1776 "amostras" se adensou neste detalhe não sei porque não incluíu espécimes dessa vanguarda cultural que são os ditos 'casais gay'. Será porque nestes casos houvesse que forçar os parceiros a papéis femininos e masculinos para arribar a conclusões tão poéticas como «a cumplicidade e a conformidade femininas com o esquema da desigualdade de género» [é] um dos principais entraves à mudança do papel dos homens na família? (A divisão sexual do trabalho, incluindo o doméstico é uma barbaridade pré-histórica muito enraizada tanto nos machos como nas fêmeas, já se vê...)
Mas sendo eu do género masculino tendo a defender a minha dama e fico curioso por saber se a tarefa diligências administrativas atribuída aos homens não poderia ser decomposta diligência a diligência para se democratizar mais a contagem. Outra coisa que também não sei é a porção das tarefas domésticas que são desempenhadas por criadas, empregadas ou, mais modernamente, por colaboradoras. Seria interessante, até para a Assembleia estabelecer quotas masculinas para esses empregos.
Voltando ao «esquema da desigualdade de género», sabemos que ele é o esquema democrático e livre que sucedeu ao obsoleto esquema da desigualdade de géneros; um jugo ditatorial imposto aos humanos pela Natureza. Onde dantes havia géneros diferentes - masculino e feminino - ditados à nascença, passou a haver a escolha livre e democrática. Eis o géneros (des)iguais oferecidos pelo mercado politicamente correcto na forma dois-em-um: feminino fêmea; feminino macho; masculino fêmea; masculino macho (*). Este novíssimo monolitismo transsexual das sociedades humanas seria perfeito se a Natureza não continuasse a ditar aos machos comportamentos de macho e às fêmeas comportamentos de fêmea, o que é uma barbaridade antidemocrática (além de penalizador para o mercado dos cosméticos...). E o que se dá com outras espécies na Natureza não é exemplo, mesmo que essas espécies tenham rudimentos de organização social. Não. As sociedades humanas são imperativamente democráticas, quer a Natureza queira quer não.
Nos anos 70 havia um anúncio que dizia que um preto de cabeleira loira ou um branco de carapinha não era natural. Natural era usar o cabelo com que se nasceu. Ora hoje, natural é às avessas do que é natural. Só assim se percebe o mundo em que vivemos.
(*) Enumero-os alfabeticamente por ser a ordenação mais democrática que conheço.
Curso livre de Latim elementar na Universidade do Algarve (via 'Domina' Socrates). A quem possa interessar... | |
Lesbia | ![]() |
Nota: ao confrade Funes el Memorioso agradeço a dica e aqui deixo uma remissão para Lugete, o Veneres Cupidinesque (Catulo III), na enciclopédia livre; pode ouvir o poema como julgo que soava na antiguidade aqui... |
Quando fui para o 7º ano tive direito ao passo por causa da escola ser longe. Senti-me então - aos 12 - como um pássaro a quem abrem a gaiola; podia descobrir livremente toda a cidade em qualquer autocarro ou eléctrico. Podia descer dum autocarro e apanhar o primeiro que viesse a seguir e ir aonde essoutro me levasse. E podia andar no Metro também porque embora eu não precisasse para ir para a escola, o meu pai foi sempre generoso (sempre, se excluirmos um certo mês em que as notas que tive não foram suficientes para manter o privilégio) e comprou-me sempre a senha L que permitia livre trânsito no Metropolitano.
O que eu não soube logo e ainda demorou até o meu irmão me dizer foi que o passo da Carris também dava para os elevadores.
Abrigo e bilheteira do elevador da Glória, Lisboa, 1931.
Fotografia de Eduardo Portugal in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Ontem uma senhora velhota meteu-se a brios de atravessar a faixa central nascente do Campo Grande, aí onde vedes o carro na fotografia.
É preciso ter muita calma para atravessar ali. E ela, claro, teve-a...
width=665 src="http://arquivomunicipal2.cm-lisboa.pt/x-arqweb/(S(qb1hdb55rk0dyl55wfeu1jny))/ContentDisplay.aspx?ID=952be17e874a0001e240&Pos=1&Tipo=PCD&Thb=0">
Igreja do Campo Grande, Lisboa, 1941.
Fotografia de Eduardo Portugal, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
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Genesis Andei ontem com o Trick of the Tail na cabeça. Comentei isso com uma jovem colega ao almoço e acrecentei à conversa que era uma cantiga já de 1976. Ela sorriu ao '1976' com alguma ironia nos seus 20 anos. Claro que só com referências exteriores poderá formar uma qualquer memória de 1976. Não sei se as tem. (Ainda via b.f.s., porque as ideias são como as cerejas.)
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Genesis - Trick of the Tail
(via b.f.s.)
Um presidente da República comentando vilezas de matrecos...
(Imagem da enciclopédia livre)
Anteontem soube de mais um daqueles estudos... Mais uma rubescente descoberta científica levada a cabo por investigadores (serão cientistas?) afadigados em comprovar exactamente as tolices que postulam (eles ou os que lhes pagam) e não em testar de modo isento hipóteses científicas sérias. O método é de gritos: pondo 43 humanos carregando no botão A ou B consoante um computador lhes mostre um M direito ou um de pernas para o ar concluem que os cérebros funcionam diversamente porque os indivíduos são de esquerda ou de direita. Deduzo que as cobaias tenham sido politicamente rotuladas em ambiente asséptico e com certificação de qualidade ISO 9000. |
Vendedor de "banha da cobra", Lisboa, 1957. Fotografia: Eduardo Gageiro. |
O locutor que não sabe pausar No estúdio seu respirou a falar À roda do mic. troou três vezes Troou três vezes sem se engasgar e disse: «dai lá lama, dai lá lama, dai lá lama» (*) Atolou-se. | |
(*) Nome do monge tibetano como pronunciado esta manhã no Minuto a Minuto do R.C.P.. |
![]() | Quando as drogarias se me acabam é uma arrelia. Substituir um desodorizante ou uma loção da barba por um artigo igual - à velocidade alucinante com que as marcas mudam rótulos, símbolos, designações, descrições, embalagens - deixa-me totalmente baralhado. Nunca encontro o que quero no meio da rotulagem nova. E pelo que me apercebo os produtos mantêm-se, só as embalagens mudam; doutro modo sou eu que tendo a trocar de marca. |
Para o problema da Villa Balzac sugeriu o amigo Réprobo metaforicamente que seguisse pista da Torre de Nesle. É uma hipótese… | |
| Legenda: Filipe Folque, Atlas da Carta Topográfica de Lisboa, plantas 14, 21, 39, 1858. |
Ajeitado em 10/9 às 10h45.
A senhora pôs agora ali o disco a tocar no gira-discos. Eu encontrei este no Tubo. Curiosamente este aqui está mais riscado. Além de mais desafinado.
Adamastor (O)
Apartado 53
Bic Cristal
Blog[o] de Cheiros
Carmo e a Trindade (O)
Chove
Cidade Surpreendente (A)
Corta-Fitas(pub)
Delito de Opinião
Dragoscópio
Eléctricos
Espectador Portuguez (O)
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Lisboa
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