Esta aqui dos anos 90 é de quando as minhas passagens de ano eram sempre a abrir. Apesar da aparelhagem antiquada que se vê no princípio tem grande ritmo para festejar o ano novo. Aquela parte da letra que diz All we have to do now, Is take these lies and make them true somehow vai direitinha para o intrujão do inglês técnico. Mas o melhor do teledisco é que traz a Linda Evangelista, a Cindy Crawford, a Naomi, a Christy Turlington e a Tatjana Patitz, um quinteto à atenção do género masculino da confraria dos blogos que aqui passa (dedicatória especial para o confrade Réprobo). Mais dedicado às consorores tenho a vaga ideia que no teledisco há também uns moços modelos, mas não posso identificar, que aqui o meu computador só dá as piquenas.
Bom ano a todos!
Jorge Michael, Freedom (1990).
Cultivar tabaco é legal. Fabricar cigarros é legítimo. Vender tabaco não é crime. Ah! Mas ai de quem fumar! Os fumadores ficam à porta como os cães.
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O bilhete do autocarro exibe pomposamente o nome 'Tarifa de Bordo'. Ora tarifa significa preço, mas o bilhete não diz o preço em lado nenhum. Diz só segundo tarifas em vigor I.V.A. 5% em português arrevesado, o que demonstra que na Carris do "+ próximo" conhecem o outro significado de tarifa: pauta de impostos.
E os avisos no verso: este bilhete é individual... e conserve este bilhete até ao final... provam que na Carris do "+ fácil" alguém tem ainda vaga ideia de se dizer bilhete.
Não entendo, portanto, como na Carris do "+ rápido" se não valeram logo do bárbaro em que se mostram tão expeditos.
Tiquê de Bordo é que era!
Já nem sei há quanto tempo não andava de autocarro.
Quando me pus na paragem do 45 veio uma cigana velha falando alto perguntar-me:
— Este autocarro passa nos corrêos do Campo Grande?
Deve ser surda — pensei.
— Pois no Campo Grande passa, mas não sei onde são os correios... — respondi-lhe elevando um tanto a voz.
Calou-se e ficou para ali um instante a remoer. Nisto desata a falar da Feira. Percebi-lhe qualquer coisa meia gemida do género: — «Ai! Acabarem com a Fêra...»
— É para fazer casas — atalhei-lhe.
Ficou a olhar para mim. Pensou um pedaço lá consigo, mirou na direcção da Fêra e daí a nada disparou, puxando-me o braço.
— Casas... de habitaçã' sociáli?
Olhei para ela seriamente, a rir-me cá dentro. Não querias mais nada. Mas olha que o descaramento até te melhora os conceitos. Habitaçã' sociáli demonstra muita escola.
— Não. Casas caras.
— Casas caras?!...
Fiz que sim com a cabeça, com ar sério.
Os reclamos na televisão anunciavam o tempo das prendas. Era um tempo mágico. A mãe e o pai ensinaram-me que na véspera de Natal devia pôr o sapatinho na chaminé e ir dormir se não o Menino Jesus não vinha para dar as prendas. O mano, sempre mandão repetia: |
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Carrinhos de Steve Beckett Vintage Diecast e de Malcom's Diecast Showroom.
Coro de Aleluia
Handel, O Messias.
Orquestra Sinfónica de Atlanta e Coro de Câmara.
Maestro: Robert Shaw (1987).
Sara Macliver - Rejoice Greatly, O Daughter Of Zion
Handel, O Messias.
(ABC Classics)
Mais ou menos pela Rua Damião de Góis, onde assenta modernamente o viaduto da C.R.I.L.. Estrada Militar da Circunvalação O casarão que se esconde no arvoredo defronte da praça sobrevive, lá onde a Rua de Dom Jerónimo Osório desemboca debaixo do moderno viaduto. Fotografias de Eduardo Portugal in Arquivo Fotográfico da C.M.L.. |
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Gralha tipográfica no rótulo.
A Rua de Arroios, quem lá passe hoje, parece que encolheu. Este desafogo todo há perto de setenta anos mostra que não fazia concorrência à Av. Almirante Reis. Uma carroça pouco acima do prédio de esquina, no sítio onde foi a fábrica da Cerveja Leão - anteriormente tinha sido ali o palácio do Conde de São Miguel - e umas poucas pessoas fazem todo o movimento da rua. O ar de arrabalde industrial é notório: à esquerda, em segundo plano, a fábrica dos Lanifícios de Arroios, onde foi outro palácio: o dos Condes de Mesquitela. Acho-lhe mais graça assim. Sempre gostei dos arrabaldes industriais de Lisboa com reminiscências de velhos solares e palacetes fidalgos.
Palácio dos condes de São Miguel (Quinta de Arroios)
Nota: revisão do verbete com introdução de texto em 16 de Dezembro às 11h da noite. |
O presidente da Rússia veio cá há tempo e foi recebido no palácio de Mafra. Uma belíssima ideia. Mafra impressiona e é o mais faustoso palácio que há em Portugal.
Há dias, a fina flor do entulho da África e da Europa teve direito a banquete no palácio real da Ajuda, que é da praxe protocolar e, desde que lhe não descubram as traseiras, faz sempre boa figura.
Hoje ao jantar disse isto à senhora após ver os primores Europae almoçando na cocheira de Belém.
- É para parecer exótico! - respondeu-me ela prontamente.
Podia ser, não fora a tacanhez de torpedear aquela gente com a esganiçada Dulce Pontes demonstrar algo bem pior....
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Museu dos Coches, Belém, 1962.
Armando Serôdio, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Rejubilai! Rejubilai todos! Hoje os museus são à borla. E Portugal torna-se hoje também peça de museu. À borla.
Nota: a bandeira esfarrapada que drapejava no cimo do Parque foi arriada; há lá uma nova igual à que me puseram na matrícula do automóvel. Fico assim esclarecido sobre o que é o trato, já não o preciso ler. Porreiro, pá!
Imagem de Tomar Partido.
Aquele prédio ali na esquina com a João Crisóstomo estavam a vesti-lo esta manhã com a nova promoção a Portugal. Deve divulgar-se melhor Portugal na Av. da República, percebo. E também serve para não vermos os espíritos que já habitavam naquela casa. Que pena, logo agora que o espírito está na moda em Lisboa.
Av. da República, 25, Lisboa, [s.d.].
Espólio de Eduardo Portugal, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Adenda sobre a promoção externa de Portugal:
Ouço o comentário do sr. secretário de Estado do Turismo e a excelência transpira por todo o lado: ele é a modernidade, as energias renováveis (*), os protagonistas, a liderança, a competência, as metas ambiciosas, a garra, a força, o talento. Alguma desta excelência é repetida por ele duas vezes. O vocabulário exprime primorosamente a excelência daquelas mentes. Isso e dizer Ronaldo com 'o' fechado.
(*) É claro que não tem nada que ver com turismo; trata-se de propaganda descarada às coisas do governo.
Rua nova de Campolide (ou Av. Miguel Torga), Lisboa, 2006.
Nat King Cole - Let There Be Love
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