Os romanos contavam para trás os dias que faltavam para as nonas, idos, ou calendas seguintes (Kalendae, Nonae, et Idus e por abreviação Kal., Non. et Id.). As calendas eram o primeiro dia de cada mês, as nonas eram o dia 5 e os idos o dia 13, excepto nos meses de Março, Maio, Julho e Outubro em que as nonas eram a 7 e os idos a 15. Nos anos bissextos Fevereiro tinha também 29 dias em lugar de 28: contavam os romanos duas vezes o 24 de Fevereiro (a.d. VI Kal. Mart.). Ora este era o sexto dia das calendas de Março (ante diem sextum Kalendas Martias). Sendo contado uma segunda vez (o dia 24) diziam-no os romanos ante diem bissextum Kal. Mart. (*). Daqui os anos que têm mais um dia se chamarem bissextos. Este é o primeiro 29 de Fevereiro que calha aqui escrever...
Mas onde tínha eu ficado nas peregrinações?! -- Exactamente! Foi na fábrica de cervejas Leão à Rua de Arroios.
— Vai uma fresquinha?
Rua de Arroios, 46-48 [fábrica das cervejas Peninsular, antes das cervejas Leão], Lisboa, [1901-1908].
Machado & Souza, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
(*) Não vos esqueceis que contagem era para trás, razão pela qual o bissexto dia das calendas de Março vinha antes do sexto (cf. Index dierum calendarii Romani).
O presidente dos Correios (escamado por causa dum estudo...) disse há pedaço na S.I.C. Notícias a um senhor da D.E.C.O. que não lhe admitia linguagem de caserna.
- Fónix!
Imagem duma espécie de caserna.
Já não é o aeroporto. Agora ele é os aeroportos. O das Pedras Rubras reclamam-no (exigem-no) as forças vivas da região. — Quando ouço forças vivas vejo só empresários. O resto da gente ou não tem força ou não está viva, o que dá no mesmo, obviamente.
O de Faro cobiçam-no os algarvios. Gente de negócios. Hoteleiros. Como se os hoteleiros mais poderosos no Algarve não fossem as cadeias internacionais…
Mas o que vejo é o grande afã regionalista na demanda dos aeroportos. Só o Estado português é que não quer nenhum.
Rosa dos Ventos. Decoração do hall do edificio do Aeroporto, Lisboa, 1942.
Fotografia de Ferreira da Cunha, in Arquivo Fotográfico da C.M.L.
(*) Cf. Taifas.
O aeroporto na perspectiva dos Motors... |
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Motors, Airport (1978) |
Bem me parecia que o dom não era assim tão extraordinário. Era mais publicidade, muito à conta da moda que o que é rebelde é de categoria, que outra coisa. Desgraçadamente há sempre quem vá na conversa que a menina é fora-de-série e daí tenha patrocinado tradução [de bolso] para cantiga. Vi-a ontem ou anteontem irradiar da televisão legendada em Português. É tremendo ver traduzir desintoxicação por reabilitação. É tóxico.
Anna Coralee - Rehab
Há gente de toda a sorte no centro de saúde. Gente que consome 'saúde'. Para amolecer a gente servem-se manhãs inteiras de doutrina Goucha na sala de espera. Imbeciliza a gente o bastante para não percebermos que no centro de saúde há mais Goucha por utente do que consultas. Não fosse por isso, julgo que também teriam já criado uma taxa moderadora para o consumo de Goucha nos centros de saúde.
Robert Palmer - Every Kind Of People
A quinta do Casal dos Ladrões descia na maior parte pela encosta oriental duma colina em cuja cumeada corria a Azinhaga do Carrascal. Confinava a N com a Calçada da Picheleira, a S com a Quinta dos Embrechados e com a Quinta do Carrascal, a E com Quinta da Conceição de Cima (depois dita Casal do Pinto); a O e SO julgo que o limite era o vale da Quinta Nova. O Levantamento da Planta de Lisboa (1904-1911) não apresenta qualquer construção nesta quinta salvo o casal propriamente dito. Pela sobreposição com o mapa actual ficaria este casal situado sensivelmente pelas traseiras do 64 da R. Capitão Roby.
O Arquivo do Arco do Cego guarda documentos do Anteprojecto de arruamentos destinados a habitações económicas, com datas entre 1927 e 1937 e cuja concessão de construção foi entregue a um tal Francisco Lopes da Costa. O Casal dos Ladrões foi vendido em conjunto com a Quinta Nova, mais uma certa Quinta do Manteigueiro (que não consegui identificar), por 1.749.842$00. A escritura de quitação existe no mesmo arquivo; foi dada por Francisco Perfeito de Magalhães e Menezes, José de Magalhães e Menezes Vilas-Boas e outros em 1949. Presumo que estes Menezes Vilas-Boas sejam da família dos condes de Alvelos mas só mais aturado estudo o poderá confirmar.
O nome da calçada (da Picheleira) donde partia a Azinhaga do Carrascal veio naturalmente a dar nome ao bairro que veio a ser construído sobrepondo-se ao pouco fiável topónimo Casal dos Ladrões cuja origem parece facilmente explicável, embora em concreto eu a não saiba determinar.
Fotografia aérea do cemitério do Alto de S. João [R. do Sol a Chelas evertente sul da Picheleira], Lisboa, c. 1955/56.
Fotografia de Mário de Oliveira, in Arquivo Fotográfico da C.M.L.
No verbete Questão de Preço em que apresentei primeiramente esta fotografia deixei no ar uma melhor identificação do local (o arquivista equivocou-se dizendo que era a parada do Alto do S.João), bem como a sua datação. Farei esse trabalho agora na legenda:
1) Quinta dos Embrechados (roxo): pequena quinta onde se construiu a nova escola primária; perdida a noção dos seus limites foi o nome dos Embrechados estendido a toda a área de hortas (depois bairro de lata) entre a escola e as traseiras da Capitão Roby (3).
2) Escola da Câmara (ou da Cambra, na fala popular): a escola primária masculina nº 28 concluíu-se em 1956 e o primeiro aluno a matricular-se foi um Joaquim Alves Lavado; é com base neste dado que procedo à datação da fotografia, onde se vê a escola primária em construção. Actualmente chama-se Escola do 1º Ciclo Engº Duarte Pacheco.
3) Rua Capitão Roby (amarelo): visível o troço do 53 ao 77 (ímpares) e do 64 ao 92 (pares); a numeração segue de N para S (da base para o topo da fotografia), ao contrário do habitual em Lisboa, mas que denuncia que a construção dos arruamentos foi feita a partir da Calçada da Picheleira (antes dita azinhaga, cujo nome original sobreviveu até aos anos 60 no troço que vinha do lado do Jardim da Nêspera, ao Alto do Pina). O tipo de habitações económicas originais do bairro eram as moradias térreas que se identificam nos nos 53, 57 e 59.
4) Rua Frei Fortunato de São Boaventura (verde): a rua de cima da Capitão Roby também numerada a partir da Calçada da Picheleira; o seu troço inicial truncou a primitiva Azinhaga do Carrascal.
5) Calçada do Carrascal (vermelho): primitivamente chamada Azinhaga do Carrascal, cujo alinhamento e alargamento rebaptizou em calçada. A numeração das casas, ao invés da das ruas de baixo, começa na Rua do Sol a Chelas (10), ou seja, do lado do Tejo como é tradicional.
6) Praça Sócrates da Costa (castanho): a praceta, no falar do bairro; aparenta ter plano distinto do original do bairro; não parece enquadrar-se no plano original de habitações económicas. Mas posso estar enganado...
7) Quinta do Grilo (rosa): em cujo planalto se fez o campo do Vitória Clube de Lisboa. Na parte visível na imagem vieram a edificar-se as bancadas e as cabinas (balneários).
8) Quinta do Carrascal (verde azeitona).
9) Quinta Nova (grená): segundo me contaram há não muito, nos anos sessenta ainda nesta quinta se cultivavam cereais.
10) Rua do Sol a Chelas (laranja): já aqui falei dela mais do que uma vez. Caminho meio rural (entre muros) que ligava a Estrada de Chelas à R. Morais Soares. Subsistem os troços inicial e final, soterrado que foi o resto com as recentes terraplanagens que produziram largas ruas que vão das Olaias à Paiva Couceiro.
11) Quinta de São João de Baixo (azul): antiga quinta na vertente NE do cemitério, limitada a nascente pela Calçadinha de Santo António, um curioso carreiro que seguia pela meia encosta oposta à da linha de cintura (a do túnel de Xabregas) e que entroncava na Estrada de Chelas depois dumas escadinhas, um pouco mais a sul. Nos terrenos desta quinta que se aí vêem arados julgo que fez a Câmara uma E.T.A.R. ou algo que o valha.
12) Quinta do Pinheiro (amarelo): extensa quinta que ia até à quinta do Manuel dos Passarinhos (Largo Mendonça e Costa), ao fundo da Calçada do Poço dos Mouros. Também conhecida como quinta do Abel, aonde se podia ir ao leite.
13) Cemitério oriental: ou do Alto de S. João.
Com Lisboa alagada como estava (mais por drenagem deficiente que pelo caudal de chuva), os que noticiam o Apocalipse todos dias diziam hoje na telefonia que estatisticamente ainda estamos em seca.
Se eu comer uma galinha e o jornalista não comer nenhuma, esse jornalista, estatitisticamente, está saciado.
Bom proveito!
Inundações, Rua de Xabregas, 1946.
Ferreira da Cunha, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Elton John e os Marretas – Muppets Crocodile Rock
Andam os escritos que aqui deixo dispersos por caminhos, estradas, azinhagas e carreiros arrabaldinos. O pendor deste blogo não é para Lisboa, como pode parecer, mas para o seu termo. Este pendor centrífugo em relação ao bulício da cidade é sonhador, tal qual eram bucólicos e românticos os caminhos arrabaldinos de Lisboa serpenteando pelo meio de quintas, hortas, arvoredos, casais...
(Revisto em 11/III/23.) |
Ouvi há pedaço na S.I.C. Notícias que o sr. primeiro ministro vai inaugurar o túnel do Rossio (está a discursar neste momento). Estes grandes actos definem a substância dos homens. E das coisas. O túnel do Rossio foi inaugurado em 1890. Ora, se há seriedade, uma obra não se inaugura duas vezes. Se vão inaugurar o túnel em 2008, deve ser então outro túnel do Rossio. Um novo, meio desviado do que se rasgou em 1890. Pareceu-me perceber isto - o desvio do túnel - nalgumas notícias que há dias ouvi na telefonia, mas confesso que posso ter percebido mal; não desfiei ainda a meada para procurar certeza. Em todo o caso se se rasgou um túnel novo justifica-se a inauguração.
Calculo que o empreendimento previsto para a Artilharia 1 já possa começar...
Chefe dando a partida (jornal O Século e o quotidiano ferroviário) in Portugal de Comboio, Guia Expresso, vol. 3, 2007.
Da badalação geral do calendário lembrou-me de aqui contar das gémeas — da Ana das gémeas — e já agora dizer que quando andava na 2.ª classe ainda não tinha nascido o S. Valentim (nem os senhores noticieiros iam ruidosamente para as escolas primárias publicitar datas formidáveis para comprinhas e de caminho imbuir a criançada no espírito mercantil para garantir o futuro desta civilização). Quando andava na 2.ª classe — dizia — havia a Ana das gémeas (que já andavam na 3.ª) que me tinha dito uma vez no salão da sede que se eu quisesse namorar com ela podia pedir-lhe. Eu sabia que era a Ana das gémeas e não a irmã porque nessa vez ela trazia um vestido cor-de-rosa às flores amarelas e a irmã um que era azul. Normalmente andavam as duas de igual. E como elas também eram iguais... Gravura de Eileen Soper (1925). |
Respondendo ao desafio do Réprobo para aqui deixar 12 palavrinhas que me agradam, eis a lista: | |
Agir | Menos enviesado para designar acção que todas as iniciativas e implementações com que me enchem o quotidiano. |
Aldeão | Mais genuíno que cidadão; de mais a mais quando os arautos da cidadania tanto se pelam pelo cidadão comum. Se os há comuns também os haverá especiais... |
Azinhaga | Em conjunto com beco e travessa: caminhos em vias de extinção, não pela dimensão ou direcção, mas pela designação cheia de rodriguinhos dos novos que se constroem (vielas que se dizem avenidas, becos que se dizem largos, caminhos e estradas que se dizem acessibilidades...) |
Ermamento | Ironia ao deserto de ideias (e de vocabulário) dos inventores de designações peneirentas mas ocas, como ordenamento do território. |
Instrução | Pelo valor de ensino, treino, somando o sentido etimológico de edificar, construir. Para contrariar formação que almeja moldar as gentes na forma (ô) da doutrinação. Um dos moldes mais usados é a in-formação... |
Mestria | Para banir o know-how, fruto de muita formação, mas que só demonstra bárbara instrução. |
Nau | Catrineta. A ladainha dos nossos fados. |
Pergaminho | De bom coiro. Para registar a tradição. |
Reino | Como se dizia Portugal. |
Silêncio | Porque é de ouro. |
Valor(es) | Para contrariar amorais mais-valias, que é só o que hoje se sabe dizer. |
Vós | 2ª Pessoa do plural; muito desusada em favor da 1ª do singular. |
São estas como podiam ser outras. Mas das que estão completo o que digo na instrução sobre a forma doutrinária da informação, porque ouvi no jornal da meia-noite da S.I.C. Notícias, a propósito das comemorações das invasões francesas em Madrid, dizer singelamente que a Espanha deixou passar a tropa do Napoleão que vinha invadir Portugal. Um pecado por omissão que a Espanha não cometeu em 1807. Na altura invadiu-nos tanto como os franceses. [Mas veio a arrepender-se.]
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O Manuel dizia há tempo ser da última geração a ter as memórias pessoais em preto e branco. Mas dos antepassados tudo o que há é assim. Ou em sépia. E em nos referindo à memória colectiva - digo eu - a coisa vai substancialmente pelo mesmo. O Mundo é como se de fins do séc. XIX a meados do séc. XX não houvesse tido cor. Há um naco inteirinho de História numa gigantesca paleta de cinzentos. |
Diz que acabaram as obras. É uma boa notícia. A última vez que lá parei foi em 2005 e vi o lugar mui descuidado. Depois disso, com os taipais das obras cerceando as vistas, dei ainda assim daqui algumas espreitadelas: Velha Lisboa; S. Pedro de Alcântara (2ª edição); Fado Iberista; e Vistas de S. Pedro de Alcântara.
Jardim de S. Pedro d'Alcantara, Lisboa, [190...].
Editor: F. A. Martins, Lisboa.
Curioso aquele letreiro em primero plano (à direita): "Fornecem-se utensilios de jardinagem para recreio das creanças."
Quem sabe vou lá jardinar mai' logo.
Postal in José Manuel da Silva Passos, Bilhetes postais antigos do Largo do Rato à Praça D. Luís, Lisboa, Horizonte, 1994, nº 34.
Procurava eu tornar aqui à pacatez quando surgiram mais menções honrosas a este blogo. Ontem o amigo Réprobo brindou este blogo que tropegamente aqui vou alinhando com um prémio internacional Arte Y Pico, dedicado a blogos dotados de arte e engenho. Agradeço-lhe especialmente as nobres palavras que dedica a este espaço e peço desculpa por não conseguir esculpir outras de igual eloquência para mais justamente louvar o caríssimo autor d' As Afinidades Efectivas. Cuido que me perdoe também a incapacidade de estender a apenas cinco blogos o prémio, como é de regra. Haveriam de ser muitos mais e não os consigo aqui nomear todos sem me esquecer de nenhum.
Anteontem, os destaques no portal do Sapo quase rebentaram com o conta-voltas ali ao lado. Foram 1600, 1700 visitas, nem sei bem, quando o normal ronda 200. Obrigado em dobro à equipa do Sapo. Imagino que só excepcionalmente destaquem os blogos da plataforma velha.
E agora torno à pacatez do viver habitualmente.
Em menos de meia hora ouvi na televisão os 'especialistas' discorrer desvairadamente sobre não sei quantas 'novas travessias sobre o Tejo', inclusive uma 'travessia em túnel' (dizer-se singelamente ponte ou túnel soa fraquinho; travessias e acessibilidades é que é).
- Vede! lá estão eles outra vez! - Agora é com tegevês (a sigla deve significar tomboio...). Novamente as travessias. Muitas; umas a montante; outras sabe-se lá... Estudos e mais estudos, Le Necs, futuras estações de tegevês na Portela e nessa altura de Metro também (ainda há lá um aeroporto, como sabeis...). E ao depois pontes para linhas de alta velocidade; pontes para linhas de Metro ligando ao novo aeroporto de Alcochete. E o desvario não pára. Portugal está cheio de visionários prenhes de futuro. Todos tão competentinhos que foram capazes de pôr duas linhas do metropolitano passando a 1 ou 2 km do aeroporto da Portela e nunca o Metro ali chegou.
Que cambada de inúteis!
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Autocarro nº 201, o primeiro de dois pisos a integrar a frota da Carris, Praça do Areeiro, post 1947.
António Ventura, História da C.C.F.L. (1946-2006), v. 3, Carris e A.P.H., Lisboa, [2008], p. 115.
Ao menos os antigos, quando pensavam em grande ainda se via alguma coisa... E até chegava ao aeroporto.
Este blogo mantém a confiança no sr. ministro da Justiça...
Imagem in História da C.C.F.L., v. 3, Lisboa, Carris e A.P.H., 2008, p. 40.
Beverly Craven - Promise Me
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