Primeiro: eu nego que o Brasil seja um país africano. A Geografia apoia-me. O Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e o dr. Reis podem decidir sobre isso o que quiserem.
Segundo: em que posição fica Portugal?! De pé, com cabeça erguida e a falar português. Nunca me dei conta que as doações de território em 1822 e em 1975 houvessem incluído a minha identidade portuguesa - dá-me ideia que foi exactamente ela que foi rejeitada. Só me faltava agora virem servis os srs. drs. Reis e Malaca mais uma República de basbaques para entregá-la e nivelar-me a grafia pela bitola do sotaque.
Acção civilizadora de Portugal. Missionário.
Ilustração: Carlos Alberto Santos in História de Portugal, 13ª ed., Agência Portuguesa de Revistas, Lisboa, &c., 1968.
(Texto alterado.)
Praça está muito bem. Por isso as gentes o dizem. Mas então vieram os das iniciativas, os da inovação, mai-los das certificações e pespegaram lá com o rótulo na praça: 'Mercado de Arroios'. Arrivistas do bairro vêm da pretensa modernidade e, com os filhos nas creches e os pais nos lares proclamam tão alto quanto papagueiam doutrinadamente os modelos de negócio e as melhores práticas: - "Mercado de Arroios! Mercado de Arroios!" Por mais que se lhes diga que é - ou pode ser, vá lá - praça do Chile, como já o diziam os antigos, teimam que não. É deixá-los, que andam grávidos do futuro. |
Praça do Chile, Lisboa, [anos 40]. Eduardo Portugal, in Arquivo Fotográfico da C.M.L.. |
Praça no sentido de mercado. O de Arroios. Em construção em 39, aqui já com a R. Ângela Pinto plenamente edificada. A perspectiva foi tirada do topo do n.º 37 da R. Carlos Mardel, na direcção da Lucinda Simões. No cimo dela, da R. Lucinda Simões, o 98 (vê-se mais o 100) da Carvalho Araújo… — Em 39 foi quando faleceu a avó Rosário… — Vem-me agora a ideia de…
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O Telejornal da 1º Canal abriu à hora de almoço com o sr. Pinto da Costa berrando o seu desprezo pelos vermes. Não devia andar mais contente?
O anão Francisco Lezcano, dito "El Niño de Vallecas"
Velázquez, 1643-45
Óleo sobre tela, 107 x 83 cm
Museu do Prado, Madrid.
O carro operário à espreita da alta velocidade.
Parece-me cá que faz mais falta um eléctrico (1) dos Olivais (2) à Baixa que um pêndulo a 300 km/h daqui para Espanha.
A menos que seja para fazer de Madrid um subúrbio de Lisboa...
Confluência da Rua do Grilo com as calçadas de D. Gastão e do Grilo, Beato, 1940.
Eduardo Portugal, In Arquivo Fotográfico da C.M.L..
(1) Metro de superfície, dizem agora os modernos.
(2) Expo, dizem agora muito os modernos.
A S.I.C. Notícias mostrou uma maqueta da ponte de Chelas ao Barreiro dizendo que vai ser construída em Marvila junto à Manutenção Militar, que é na Rua do Grilo, ao Beato.
De certeza que o Barreiro não será no Montijo?
Rua do Grilo, Beato, 1970.
J. H. Goulart, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
O governo vai mandar fazer uma ponte sobre o Tejo. Uma ponte entre Chelas e o Barreiro.
O governo não sabe que nem com a maré alta o rio Tejo atinge Chelas? É que mal chega aos artelhos de Xabregas!
Notas: o sr, primeiro ministro às vezes diz travessia porque talvez nunca tenha feito uma ponte; os srs. jornalistas só dizem travessia porque sabem bem que pontes é mais ao fim-de-semana.
![]() | Ali na S.I.C. Notícias um senhor disse: — «O crescimento do crédito vai começar a diminuir em 2008.» O crescimento vai começar a diminuir...? O crédito há-de continuar a crescer, portanto. |
Sede do Banco Totta & Açores, Rua Áurea, 1976. Arquivo Fotográfico da C.M.L.. |
Quando ontem ouvi a notícia na antiga Emissora cheirou-me logo a bizantinice... Uma firma /fundação de advogados (com nomes bem conhecidos) doou à cidade de Lisboa (nobre gesto) uma - dizem - escultura de ferro retorcido com perto de 1 tonelada, na condição de a Câmara a pôr em frente à sede da dita firma/fundação na Av. da Liberdade.
Dizem as notícias que é a primeira... escultura a ser acrescentada à Avenida em quase 60 anos...
Bom! Não estando com isto a afirmar que o ferro forjado da - dizem - escultura provém dalgum dos prédios demolidos entretanto, julgo que o gosto do que agora plantaram em frente do 224 da Avenida se conjuga muito mais com os fungos arquitectónicos que ultimamente lá brotaram do que com a estatuária convencional que já lá existia.
Mas a notícia do sr. jornalista Nuno Crespo no D.N. vai mais longe e afirma: «Eu Sou como Tu [é o título da coisa] vai ser a primeira escultura a, definitivamente, ter lugar na Avenida da Liberdade.».
Definitivamente, a primeira.
A primeira - agora digo eu - das coisas edificadas na Avenida a precisar de explicação (v. os quatro últimos parágrafos da notícia). Definitivamente para se não confundir com um certo D. Afonso Henriques ou com com uma minhoca guerreira.
(A imagem é da fundação...)
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