O postal remetido sem selo (v. Correio) chegou sem multa ao destino oito dias depois, com carimbo do posto de correio de 8/7/2008. Honra aos C.T.T..
Praia da Falésia - Algarve - Portugal.
(c) Ilustral, Refª 194.
Postal circulado sem selo dos Olhos de Água, Albufeira, para Lisboa em 8/7/2008.
Estábulos destinados a outra espécie senão a cavalos pode ser pouco aceitável. Mas pelo linguajar de azémola, alguns não se perdia nada dormirem lá.
São duas as personagens famosas que já topei estas férias. Quando chegámos encarei com a Suzanne Vega. Ontem no restaurante estava a Miss Piggy. São a cara chapada de duas que trabalham lá na...
(Retrato de Miss Piggy a partir do Sapo)
A notícia do degelo na Patagónia é de certeza uma consequência da doutrina calorífera agora em voga. Que o próprio degelo o seja já ponho mais dúvidas.
Neste tempo em que qualquer tolice afirmada em UHF, por cabo ou no jornal passa por tese científica ninguém concebe nada com singela facilidade. Se há algo fácil elaboram logo com pompa: é facilitismo. Mas acaba por estar bem: Facilitismo conforma todo um sistema de eduquês, provas de cacaracacá, correcção em banda larga e comentário de especialistas light sobre...
Cada vez que ouço o Mourinho a falar inglês tenho que lembrar-me que ele foi intérprete do sr. Robson. Esforço-me por não me esquecer de me lembrar...
(Imagem daqui...)
Quem diz melão diz meloa (prefiro meloa a melão). Ando desiludido com as meloas. Todas as que escolho não prestam. Uma excepção: a primeira que comprámos ao chegar ao Algarve era uma maravilha! Doce e sumarenta. Conclui à pressa que o que fazia falta era livrarmo-nos da fruta sensaborona dos hipermercados que (parece) vem toda de Espenha.
Errado! Nem por serem do Algarve as meloas foram melhores. Daquela meloa em diante tornou tudo ao mesmo. Mas a premissa não a descarto. Em vez dos árabes, as técnicas agrícolas também devem agora vir de Espenha. Daqui o [meu] melão...
(Imagem em Ti@go.spot)
O linguajar que ouço na televisão arrepia. Arrepia tanto mais porque espelha a mente dos locutores, especialistas, etc., e esses fazem escola. Por mais que me esforce não concebo policiamento sem haver polícia nos locais a vigiar. Para que dirão agora "de proximidade"?
No restaurante. O rótulo da cerveja que me põem na mesa diz-me fora de contexto - "Estás convocado!" — Tratamento demasiado familiar, este, por tu. Para marketeiros: eu sou «público-alvo» de mais cerimónia. Esta marca não me serve.
Carreira 19, Praça de Figueira, 1990.
Theo Neutelings, in world.nycsubway.org.
Tenho sem abrir há dias na mesinha de cabeceira A Cova do Lagarto. O título desgarrado conjuga-se com os parágrafos telegráficos que se espalham em novelo caótico pelas páginas de papel meio pardo. Não ficava mal a coisa feita blogo, mas um livro é mais que a costura das páginas. A extravagância é só aparente porque os cânones da nova ortodoxia fracturante premeiam hoje em dia todo o tipo de absurdo como originalidade artística. Prosa sem fio pode ser entendida assim... Melhora ainda se a autora se refere sempre a Salazar como o Outro, com o 'O' grande, apesar de tudo.
- Artifício literário, não exageremos! - dir-me-ão.
Sem dúvida. Se fosse no tempo dele, o Outro, a censura havia de boçalmente riscar a arte, mesmo apesar do 'O' grande. Como é hoje trata a autora de livremente lhe não enunciar o nome. Tomar-lhe a arte literária como censura é que não, claro! (Não fales no diabo...)
Como do título não se tirava que fosse acerca do engº Duarte Pacheco, o editor - comercialmente muito ortodoxo, pois bem! - colou-lhe já depois de impresso um autocolantezinho redondo dizendo: O romance de Duarte Pacheco.
Vou agora voltar a ele, passe a publicidade.
Onda de notícias aumenta o eco dos crimes violentos.
Quiosque, balança e lixo, Rua da Palma, 1976.
F. Gonçalves, in Arquivo fotográfico da C.M.L..
Há quem diga que os porcos dizem barac barac ou algo do género mas o pregão mais ouvido é ao Obama. Se houvesse um contador de pregões ao Obama nos noticiários, Jesus!...
Há instantes as notícias do Sapo apregoavam o Obama a 9.954 cada pesquisa. Já alguém viu em quanto está o McCain? E no telejornal, ao jantar, vi que o F.B.I. capturou uns bandidos mesmo com caras de mau que planeavam um atentado 'à-boma'...
É um problema não haver carrinhas da Prosegur na América.
A imprensa favorece Obama, Dailyshow, 24/7/2008.
Gostava de ouvir um comentário do sr. ministro Mário Lino sobre o festival aéreo da Red Bull.
Festival aéreo Red Bull, Porto, 2007.
(A imagem é do blogo do João Gonçalves.)
O locutor da rádio dizia: - "Porque conseguem melhores resultados os atletas paralímpicos que os ditos normais." - Repetiu várias vezes a arenga dos "ditos normais"; não era ele que afirmava, era alguém, os outros, a sociedade. E ele não tinha outra palavra...
Este locutor (uma das maiores figuras do Rádio Clube segundo o próprio Rádio Clube) mete-se em sérios apuros. Se o mais comum dos humanos tem por norma dois braços, duas pernas e cinco dedos nas mãos e alguém ao referir-se-lhe não consegue simplesmente designá-lo como... normal, que raio de termo politicamente correcto se haverá de inventar?!...
Este locutor da rádio - escolhido a dedo - há-de rapidamente conseguir transformar a linguagem no mais completo obstáculo à comunicação.
Pergunto: será isto dum locutor de rádio dito normal?
I read the news today oh boy
Four thousand holes in Blackburn, Lancashire
And though the holes were rather small
They had to count them all
Now they know how many holes it takes to fill the Albert Hall
The Beatles - A Day In Life
Um autêntico ministro (independentemente de ser autêntica ou não a fotografia).
(Imagem oportunamente pescada no 31 da Armada)
O valente forcado Francisco Mira do grupo de forcados amadores da minha terra levou a cabo há pedaço, em Albufeira, uma magnífica pega. Deu duas voltas de consagração à arena. O público exigiu.
Forcados amadores de Lisboa (foto de João Silva in bandadosamouco.blogspot.com )
Adenda: Francisco Alegre (pasodoble)
Disseram da companhia do gás que podia pagar a conta atrasada na loja das máquinas de costura. Pareceu-me bem.
Uma boa meia hora antes de fechar duas empregadas conversam ao balcão; talvez espantando o tédio da loja às moscas. Com algum fastio, quando digo ao que vou interrompendo-as, respondem-me que pagar o gás é só até às cinco e meia.
- Bem vejo! O empregado da companhia do gás sai a essa hora - comento.
- Não. Somos nós que recebemos. Mas esse serviço só o fazemos até às cinco e meia da tarde.
- Ah! São as senhoras que recebem. E depois dessa hora já não...
- Depois dessa hora já não.
Três, dois, um, vai arrancar [...]
o nosso fado
do coitado, do comido
Porque é que o país se queixa do que podia ter sido? [...]
Em menino era guloso. Dos bolos fui aprendendo o nome mas dos gelados da minha infância não tive tempo. Desse tempo em que a minha mãe mos comprava comigo apontando: -"Quero um destes!" - tenho uma vaga ideia de que, antes de haver Super Máxis, houve um gelado do género (chocolate e baunilha) que emparelhava com os Laranja e Ananás na forma (cf. 1971) e que depois acabou.
E ao depois acabaram também aqueles que tinham um copo com um pauzinho para empurrar por baixo.
E acabaram também com um que emparelhava com o Crispy, com menos amendoim por fora mas com frutinhas por dentro que uma vez - lembra-me - o Ti Nitas me pagou um lá na leitaria.
E por fim até acabaram com o Crispy.
E agora - não sei se sou eu, se é essa maluqueira da alimentação saudável que para aí vai - nem o Super Maxi tem já o mesmo sabor que tinha dantes.
1971 |
| 1974 |
Os cartazes (infelizmente ilegíveis) estão nas imagens de marca. Recordou-mos hoje a srª Dª C.C..
E porque não? Tem mais ar de zona de guerra que aqueloutra...
Estrada de Chelas (antigos 87-97), Lisboa, 2008.
Rua das Picoas, Lisboa, c. 1900.
Alberto Carlos Lima, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Aliás, Rua Engº Vieira da Silva...
Voltando atrás: Rua das Picoas; na primeira à direita, depois do burro, a Rua Fernão Lopes; seguindo adiante, o cruzamento com a Av. Fontes Pereira de Melo; mais para diante, pelas traseiras do que foi o Colégio Normal de Lisboa (pousa lá hoje o Monumental), alcança-se o último troço (sobrevivente) da dita Rua das Picoas.
Segue-se ao depois a Rua das Cangalhas...
Os alfacinhas aqui diante parecem dirigir-se para a Actor Taborda.
Adamastor (O)
Apartado 53
Bic Cristal
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Carmo e a Trindade (O)
Chove
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