Com carroças, tendas e até barcos, em improvisados laboratórios ambulantes, os fotógrafos partiram na descoberta dos lugares mais longínquos [...]
Mas se a apetência pelas "notícias fotográficas" de todo o mundo era notável, as imagens que chegavam da Síria, do Líbano, da Palestina, da Arábia e, sobretudo, do Egipto, mereciam uma especial atenção.
Exposição: Impressões do Oriente. De Eça de Queirós a Leite de Vasconcelos, Museu Nacional de Arqueologia, 2008.
Chefe beduíno em Jericó, Palestina, séc. XIX.
Ferrier p.f.et Soulier; J. Levy Suc, Casa Museu Carlos Relvas.
(c) I.M.C./M.C.
Passagem de nível e gare marítima de Alcântara, Lisboa, [c. 1955].
Fotografia: Estúdio de Mário de Novaes (1933-1983), in Biblioteca de Arte da F.C.G..
Parece-me que os teóricos da organização escolar dantes eram mais práticos. Talvez por isso menos ocos. Ou líricos, pondo de modo mais elegante. Com tudo o que para aí vai ocorre-me uma frase de Lopes de Mendonça - «Não há ideia, por mais absurda, que não se torne mais ou menos útil ...» (Panorama, 20 de Novembro de 1858) - que, calhando, pode servir à proposta dos teóricos do Conselho Nacional de Educação (Parecer 8/2008, Diário da República, 2.ª série, N.º 228, 24 de Novembro de 2008)
Sobra dizer que Lopes de Mendonça se referia ao Sebastianismo...
Diz que vão acabar as reprovações na escola. Diz que é como se fez na Finlândia que é muito desenvolvida...
Há muito que tinha ideia que reprovar na escola é parecido com morrer: podemos empenhar-nos mais na segurança para ninguém morrer em acidentes; podemos trabalhar mais na Medicina para curar todas as doenças; podemos com labor incansável resolver o problema de morrermos de velhice...
Ou podemos simplesmente fazer um decreto proibindo todos de morrer.
(Imagem: Livro da Primeira Classe, 1954, in Santa Nostalgia.)
Segundo as notícias a declaração final da cimeira Luso-Brasileira será divulgada (não deveriam dizer antes redi-
gida?) na nova ortografia.
Significa que irá conter erros de Português.
A menos que o decreto n.º 35.228, publicado em Diário do Governo, 8 de Dezembro de 1945, e o Decreto-Lei n.º 32/73 de 6 de Fevereiro, sejam como tanta lei agora. Podem aplicar-se ou não segundo o critério de cada indivíduo.
(Ordenações Afonsinas, Livro I, Título X.)
A prova que em 1961 já se conhecia a solução para a circulação de carros eléctricos. Só que na época não havia sustentável nem amigo do ambiente...
Nem podia ostentar o nome 'corredor bus'.
Junto ao mercado 31 de Janeiro, Av. Fontes Pereira de Melo, 1961.
Augusto de Jesus Fernandes, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
[E aquela carrinha é do homem das pastilhas, será...?]
Arquitecto: Norte Júnior, Manuel Joaquim, 1878-1962.
Actual sede do Metropolitano de Lisboa mais a empena do nº 30 que perdeu o prémio Valmor.
E o problema do estacionamento também.
Prémio Valmor de 1914, Av. Fontes Pereira de Melo, 28, 1969.
Artur Bastos Inácio, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Arquitecto: Korrodi, Ernesto, 1870-1944 . Actual não sei o quê...
Prémio Valmor de 1910, Av. Fontes Pereira de Melo, 30, [1910-14].
Paulo Guedes, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Arquitecto: Norte Júnior, Manuel Joaquim, 1878-1962. Actual sede do Metropolitano de Lisboa.
Prémio Valmor de 1914, Av. Fontes Pereira de Melo, 28, [c. 1914].
Paulo Guedes, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Já devo ter entrado naquele nível de excentricidade alheia à realidade mais comezinha, de tantos que aí se vêem, que se diz que vivem num mundo da Lua. Sou capaz de palmilhar sem me perder ruas inexistentes na Mouraria; imagino até que ouço fado das janelas abertas sobre o arco do Marquês do Alegrete. Porém com uma coisa tão corriqueira como comprar um bilhete de Metro fico num desnorte: peço um bilhete na bilheteira que o não vende; salto de máquina em máquina à procura de botões que não vejo e que são no écran; olho intrigado para as portas que se não abrem sem encontrar rasgo para o bilhete...
Quem me acompanhava e me deixou fazer esta figura ainda comentou: - "Nem parece que nasceste cá."
Estação de Metro das Picoas, Lisboa, 2007.
Fotografia de Arpels, in Skyscraper City.
Acertou neste alvo mais um dardo vindo do benévolo leitor Luís Bonifácio da Nova Floresta. Traz apensas muito gentis palavras sobre este blogo que são sempre gratas de ouvir. Muito obrigado!
A senhora lá em cima à janela está com a telefonia ligada.
Praça Martim Moniz, Lisboa, [post 1946].
Fotografia: Estúdio de Mário de Novaes (1933-1983), in Biblioteca de Arte da F.C.G..
Obrigado!
Publico alguns gostos pela via do blogo, é só. Naturalmente há sempre alguém que compartilha e se agrada. Talvez (muito raramente) tenha rasgos mas brilhante... Não. O amigo deste blogo José Quintela Soares, pela via da Opera per Tutti foi demasiado generoso comigo.
Oxalá também me seja benevolente (é nisto que me falta brilhantismo) por causa de me escusar à regra de nomear sete blogos merecedores desta referência. Não saberia dizer só sete e, só pensar que viria a ser injusto é-me penoso.
Muito obrigado!
« Abertura da Rua Nova da Palma. - No século XVI possuía o Convento de S. Vicente-de-Fora uma grande horta intramuros, com assentamento de casas, poço, nora e chão de sequeiro dentro dos muros debaixo da porta de S. Vicente [depois mudada em Arco do Marquês do Alegrete] junto ao mosteiro de S. Domingos, no sítio das Ruas dos Canos e da Palma, onde havia 18 moradas de casas, que o Convento aforou em 1524 a um Fernão Dias e sua mulher, avós de Francisca Coelha, casada com um João de Palma, cavaleiro fidalgo da Casa de El-Rei, que em 1554 estavam senhores da horta. A. Vieira da Silva, A Cerca Fernandina de Lisboa, v. I, 2.ª ed., Lisboa, [C.M.L.], 1987. | |
[*] Mosteiro de S. Vicente, Livro B, arm. 48, n.º 37, fls. 15 a 23v. — Ao nosso amigo Gustavo de Matos Sequeira agradecemos a amabilidade de nos haver indicado a fonte das informações relativas à horta onde se rasgou a Rua Nova da Palma. [Nota do autor.] |
Há uma espécie de jornalistas que sabe tudo e por isso não dá a palavra ao entrevistado. Faz-lhe perguntas por formalidade, mas provoca-lhe urticária deixá-lo responder.
Hoje à tarde havia um desses na telefonia do carro. Passou por ser humilde ao confessar ao mestre entrevistado que não sabia distinguir carpinteiro de marceneiro. Pediu ao mestre que explicasse.
O mestre começou por referir que ainda assim havia carpinteiros de limpos, que eram os que executavam por exemplo uma janela, mas acabou interrrompido pelo disparate.
- E os outros serão o quê? Os carpinteiros de sujos?!...
- De toscos - respondeu o mestre. - Além dos carpinteiros de limpos, há os carpinteiros de toscos - e explicou que seriam os que metiam barrotes, por exemplo, num telhado, para se depois porem as telhas.
- E o marceneiro faz um trabalho mais artístico - atalhou então o jornalista com sabedoria incontida.
O mestre lá foi conseguindo dizer que o marceneiro executa móveis ou ornamentos em madeira até que o jornalista intempestivo lhe atirou que...
- Alguns marceneiros podem até fazer o design das peças que executam.
O mestre hesitou, acabando por dizer:
- Isso de design já não sei...
Nota: o mestre e a imagem são da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva; o jornalista é da rádio. Uma nota final; o texto pode eventualmente transmitir uma certa ironia por parte do mestre que, em boa verdade, não foi nunca percebida por mim durante a entrevista. O mestre foi mais genuíno do que o texto dá a entender.
"Com o Prémio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras."
Um mimo hoje da Menina Marota para este blogo, o qual me deixa duplamente orgulhoso. Já há dias o leitor Luís Maia me deixara em comentário uma singela nota de semelhante simpatia. Confesso que só agora atingi o alcance do seu comentário. Soa a desculpa de mau pagador, bem sei, mas é agradecimento tardio e penitência pela resposta (que agora soa) meia deselegante, que então lá dei...
Obrigado a ambos pela gentil honra que me fizeram.
Manda finalmente a regra que nomeie 15 blogos merecedores do prémio. Pois sejam todos os 15 ou mais abaixo do título Ligações à esquerda.
Ou melhor: Ligações, à esquerda.
Adenda: Vi só hoje, 22, que há mais um lote de dardos, da Once (Twice, Three Times...) dirigido aqui. Obrigado também a ela pela simpática oferta!
Vi hoje o Saldanha novamente engalanado. Com muitas bandeiras. Com publicidade a uma marca de carros.
Essa espécie que governa, que se embucha de cidadãos e arrota democracia, não tem respeito por nada.
Cartazes de propaganda no monumento ao Duque de Saldanha, Lisboa, 1976.
F. Gonçalves, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Nunca vi este lugar assim. E no entanto parece-me familiar.
As placas dão direcções de Carnaxide a 3 km, à mão esquerda, e Benfica à mão direita a outros 3 km. A legenda da fotografia não menciona data nem local, nem há sinais à vista que indiquem a próxima povoação adiante, mas cuido que seguindo em frente se vai à Amadora.
Ou a Queluz, que se a conjectura está certa, este cruzamento é na estrada desse nome.
Estrada de Queluz (ou E.N. 117), cruzamento com a Estrada de Alfragide, Portugal, s.d..
Fotografia: Estúdio de Mário de Novaes (1933-1983), in Biblioteca de Arte da F.C.G..
A página do Instituto de Meteorologia parece dirigida a crianças; tem um prof. Salpico animado explicando aos meninos que ieme é a abreviatura de imipê.
Talvez a missão do I. M. tenda a esvair-se como a sua definição pela sigla: ieme diz pouco...
Talvez por isso o Instituto de Meteorologia não dissesse ontem grande coisa sobre a borrasca em Lisboa e o seu termo.
E talvez também porque fecha ao sábado.
O ¼ de vigor vem agora em pacotes Tetrapak com o desenho do ¼ de vigor.
(Imagens do Monóculo e do Restaurante.)
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