A Avenida de Fontes Pereira de Melo por alturas do aterro sobre a Rua de S. Sebastião. Antes de haver Palácio Sotto-Mayor.
Um eléctrico em rota descendente — circulava-se pela esquerda, no príncipio do séc. XX. — Um saloio observa... o eléctrico ou as madames que passeiam — um luxo, uma placa central daquela dimensão; digna das melhores avenidas.
No lugar do palacete Sotto-Mayor um solar de belo porte e com ar de ter pergaminhos — cuido que pertencia à família Mayer. Casa de quinta que não sei agora dizer o nome mas que, parece-me (posso estar enganado), vinha desde a Cruz do Tabuado (Largo da Escola Médica-Veterinária) e se estendia ruralmente através da paisagem que nesta imagem se abarca até alturas da Travessa do Sacramento (ou Av. Tomás Ribeiro).
O palacete Sotto-Mayor diz que andou a ser construído de 1902 a 1906. Os eléctricos são de 1901. A fotografia pode ser do Inverno desse mesmo ano. E aqueles prédios de rendimento lá mais acima... Na esquina da Martens Ferrão é um dos que andam agora entregues aos grafiteiros. — Vede que beleza! Casas com mais de cem anos!...
Calhando ao depois descobrir mais coisas darei cá notícia.
Avenida Fontes Pereira de Melo [e solar da família Mayer], Lisboa, c. 1901.
Alberto Carlos Lima, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
(Publicado posteriormente em 20/IV/2016; reposto na primeira data no dia de Santo António de 23.)
Em 1970 era possível virar à esquerda na Av. da República. Para a Duque de Ávila. Quando a Duque de Ávila era uma avenida.
Saldanha, Lisboa, 1970.
Armando Serôdio, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Ondas do mar de Vigo
Se vistes meu amigo?
E ay Deus, se verrá cedo!
[...]
Cantigas de Amigo, Pergaminho de Vindel, c. 1300.
Ms. 979, Biblioteca de Pierpoint Morgan, Nova Iorque, in Enciclopédia livre.
Não ocorreria ao locutor de serviço da antiga Emissora 2 esta manhã, que o trovador medieval se chamou Martin Codax e não Mártin Kodaks, como ele o pronunciou? — Já nem digo que o soubesse por esmerada cultura. Sim-
plesmente por ser o trovador galego e não duma dessas terras cujo grasnar bárbaro parece agora tornar-se o falar geral de certa gente (até educada) de cá.
Ano em que se modificaram as faixas de rodagem em género de via rápida. Mesmo assim (e apesar do mamarracho do Imaviz) o lugar era menos claustrofóbico que hoje.
Praça Duque de Saldanha, Lisboa, 1969.
Artur Inácio Bastos, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Dantes tínhamos o Zandinga, agora temos este.
(Imagem: Bairrada Digital.)
Aproveitei esta manhã para desempoeirar um livrinho esquecido num canto da estante — O Natal do Sr. Scrooge do Dickens — que nunca lera. Vinha a propósito. Só não veio muito a propósito certo naco da tradução. Afinal no original era tão claro... (pág. 81: After it had passed away...).
Enfim! Deve ser algum fantasma dos Natais presentes... | |
Ilustração: Arthur C. Michaels. |
Sagrada Família* César Van Everdingen, c. 1660
| Aos benévolos leitores que
SANTO E FELIZ NATAL .
|
Entretenha-se com o Pai Natal.
A Sagrada Família e a adoração do Menino
Charles Le Brun, c. 1655
Óleo sobre tela, 118 x 87 cm
(Museu do Louvre, Paris)
Aspecto do quarteirão oriental do Saldanha em Fevereiro de 1927 (entre as avenidas de Casal Ribeiro e da Praia da Vitória).
Inscrição no original: Lisboa - A artilharia que esteve no Torel retira depois da rendição a caminho de Art[ilharia] 3. F.C. [F.C.?].
Retirada de tropas, Saldanha, 1927.
In Arquivo Fotográfico da C.M.L..
O edifício do Saldanha nºs 4-8 foi construído em 1906. Consultando o arquivo municipal na rede verifico que recebeu beneficiação geral em 1931, em 1960 e em 1971 - ciclos de mais ou menos 30 anos, e o de 71 talvez porque a idade pedisse mais atenção. De 1971 a 2010 o que aparece sobre obras neste edifício é nos anos 94-2000: pedido de pareceres sobre um projecto - de demolição, arrisco. O requerente foi um organismo público: a Direcção Geral do Turismo. Do Turismo.
Portanto, de 71 para cá, obras: nenhumas; obras coercivas: nada. Só intenções... de demolição. Sendo o edifício, ao que parece, propriedade do Estado.
E sendo propriedade do Estado menos se aceita a incúria e, sobretudo, o promover duma imagem de decadência da cidade pela própria Câmara - hoje vi aparato de gruas e pintalguisse grafiteira na fachada inteira, onde se desprezam azulejos de Arte Nova.
Estranho gosto que se promove. Estranho turismo que se procura. Estranha administração de meios pelo município.
O edifício - os edifícios (porque são dois) grafitados pela Câmara são os que se vêem em segundo plano na fotografia.
Dom Manuel II e comitiva na inauguração ao monumento ao Marechal Saldanha, Lisboa, 1909.
Paulo Guedes, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
Ou o meu reino por um voto...
(Imagem em ...)
Avenida da República, 37. Fotografia de 4 de Novembro.
Lisboa. (c) 2010.
E.N. 225, Vila Cova à Coelheira (proximidades), 2006.
Lully - Passacaglia.
In Lully l'Incommode, Arte TV, 2009.
Acontece que era o Canu de quem me falaram no dia de Santa Catarina...
[Paz à sua alma.]
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