Metropolitano de Lisboa, Campo Pequeno (?), 1959.
Estúdio de Horácio de Novais, in Biblioteca de Arte da F.C.G..
Fábrica de tintas Atlantic, Pedralvas (Benfica), 1930-1983.
Estúdio de Mário de Novais, in Biblioteca de Arte da F.C.G..
Eléctrico «Almanjarra», Largo D. João da Câmara, 1930-1955.
Estúdio de Horácio de Novais, in Biblioteca de Arte da F.C.G..
Aguadeiros, Portugal, c. 1900-1919.
Charles Chusseau-Flaviens, in George Eastman House.
O autor afirma que não foi grande ideia. Pois eu parece-me que resultou com bom efeito. Com bom sabor dos velhos tempos.
A.E.C. Regent/Weymann EI-18-60 (n.º 227), Pr. do Comércio, 1980.
Wood's Library , n.º 1451, 2 de Outubro de 1980.
Vai daí a (des)alavancagem.
E o governo precisava deste desenhinho para quê?
Rústico, Portugal, c. 1909.
Charles Chusseau-Flaviens, in George Eastman House.
Depois do primeiro que notei — e já certa vez disse (v. «Quatro notas sobre autocarros da Carris») — sobre autocarros da Carris, notei a seguir um padrão: todos os autocarros tinham uma reentrância à frente. E os de um piso eram como os de dois pisos mas como que serrado o primeiro andar. Não entendia eu então que a reentrância era para dar acesso ao motor para proceder à manutenção. Achava só curiosa aquela metade reentrada e tinha também graça a cabinezinha do motorista na outra metade da frente dos autocarros. Ainda há pouco nem me passava pela cabeça o labor dos engenheiros da A.E.C. para redesenharem os motores de modo dispor a posição de condução à esquerda e permitir a manutenção pela direita, às avessas dos modelos ingleses.
Pois a primeira vez que vi um Daimler Fleetline (há-de ter sido na Alameda, talvez na carreira 8) foi notório que aquilo não era da mesma família. Os autocarros tinham um ar incomparavelmente mais moderno, já sem aqueles radiadores nem faróis de calhambeque. Mas apesar disso lá havia o padrão da reentrância; atrás, tal como o motor, e em toda a largura. Pela forma direita da dianteira dei em catalogar cá no bestunto os Daimler como os via: eram «os direitinhos»; havia «os autocarros» (altos e baixos, aqueles com porta à frente ou porta atrás) e «os direitinhos», que era sempre mais raro de se verem. Mai' raros ainda eram uns outros do género, de um só piso e com três portas (havia-os na carreira 42, na Morais Soares, se me não engano). Mas estes alinhava-os eu com «os direitinhos», a modo de serem um «direitinho» serrado ao meio. Este ciclo mental há-de ter-se fechado talvez quando vi um Daimler Fleetline de duas portas como este da imagem. Era um «direitinho» ainda mais direitinho do que «os direitinhos»; parecia cortado à faca. A carris teve 5 deles, soube-o ao depois (n.ºs de frota 851 a 855, salvo erro). Ainda mais raro de eu os ver do que a «os direitinhos», digamos, normais. Tão raro que pouca vez os hei-de ter visto com esta pintura verde.
Daimler Fleetline, Saldanha, 1980.
(Wood's Library , n.º 1451, 3 de Outubro de 1980.)
Num dos episódios do Espaço 1999 (*) houve um planeta cuja imagem guardei. Era o planeta Piri. Um planeta morto com plantas artificiais coroadas de globos brancos de vário tamanho. Os habitantes da base Alfa foram seduzidos para ali pela serva do Guardião de Piri com o engodo de desfrutarem duma felicidade contemplativa meia aparvalhada; como se estivessem tolinhos e no mundo da Lua. Este planeta Piri tem duas curiosidades interessantes: uma, a serva do Guardião era a bela Catherine Schell, a que na 2ª série do Espaço 1999 desempenhou o papel de Maya (quantos o saberão?); a outra, foi lá que o Freeport de Alcochete se inspirou, não só na «vegetação», como nos servos do Guardião. - Depois de eu certa vez fotografar o Piri de Alcochete, um servo local com muita menos graça do que a Catherine Schell, como haveis de imaginar, proibiu-me de continuar; a felicidade ali, tal como em Piri, só pode ser contemplativa e, de preferência, meia aparvalhada. Pode-se engrandecer o Guardião fazendo compras, porém.
Piri de Alcochete - (c) 2010.
(*) «The Guardian of Piri», no original, 1975. A imagem é de lá.
Quando ouvi à uma da tarde, no noticiário, que o primeiro ministro dissera que não devia Portugal aceitar o perdão da dívida admirei-me. Cuidei que o dissesse pelo sentido recto do dever que manda a qualquer pessoa séria honrar o pagamento da' suas dívidas. Daqui a minha admiração; não tinha o primeiro ministro nesta conta. Afinal não tinha e fazia bem. Quando me afloravam já engulhos de consciência ao espírito por mal julgar a dignidade do primeiro ministro esclareceu-me ele puerilmente como encara a coisa: «quando se fala em perdão de dívida para [a] alguém, isso significa que os credores perderam a esperança de receber o que emprestaram. E enquanto tiverem memória não emprestam nem mais um euro durante muitos anos [tendo o caloteiro de sofrer como castigo] níveis de austeridade absolutamente incomparáveis e brutais».
Se não fosse o chicote e a memória de elefante de prestamistas, portanto, tínhamos aí um belo dum caloteiro.
Meio tostão, 1918.
(Imagem em Numisgaia.)
O noticiário das três hoje na ex-Emissora Nacional abriu ribombante por causa do alerta laranja (o segundo mais grave) da Meteorologia; estamos no Outono e está previsto chover. Depois do trovão da cacha deu uma musiquinha e a primeira notíca a ser lida foi que o sr. presidente publicou um texto no livro das fuças e disse coisas à imprensa.
[De ordinário sufoca-se o já banal estrépito dum alerta laranja (o segundo mais grave) espargindo boas novas de Belém. Aleluia!]
Instituto de Meteorologia, Lisboa, 1979.
Fotografia de AJDSam, in Panorâmio.
Pèdorido dói mais se for Pèjão do que se for pèjinho?
Castelo de Paiva - (c) 2011
(Cliché de Luísa Gonçalves)
E.N. 333, km 20, Piedade, 2011.
Cliché de Luísa Gonçalves.
Adenda: @ = caracol electrónico; também podia ser o símbolo ©.
A forma singela como os acorditas não resolveram o caso de húmido/úmido, connosco/conosco e comummente/comumente demonstra à saciedade que o objectivo da coisa não era mais do que arrumar com as consoantes ditas «mudas» para fazer o frete ao Brasil. O artigo «A Falácia» de Fernando Venâncio (*) no n.º de Setembro da «Ler» corrobora-o em cheio. O resto do «Acordo» são adornos para distrair. Sobra como corolário que se o tresmalho brasileiro do cânone português neste caso pode (descartando o objectivo que acima lhe descubro) ser resolvido não resolvendo nada, para quê tanto trabalho a produzir asneira? (**)
Notas:
(*) Reitero aqui publicamente a generosa referência a este blogo pelo escritor Fernando Venâncio no dito artigo, com humilde pedido de desculpas de o não haver feito mais cedo.
(**) Para esclarecimento da índole trapalhona do frete acordita ao Brasil a partir do exemplo do desprezado caso húmido/úmido, &c. remeto o benévolo leitor para um interessante debate luso-brasileiro sem necessidade «acordos» (v.comentários).
Chelas, Lisboa, 1983.
(Wood's Library , n.º 1573, 17 de Outubro de 1983.)
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