Vender por 40 milhões um bem que custou 5000 6600 milhões a solver é obra. Não sei que contas são estas nem que brilhante economista havemos por primeiro ministro.
E ainda foi preciso irem pedir autorização em Bruxelas...
Detalhe no Pavilhão de Portugal, Exposição Universal de Bruxelas, 1958.
Autor do projecto: arq.º Pedro Cid. Fotógrafo: Horácio Novais. In Biblioteca de Arte da F.C.G..
Lambretas era como na gíria da Carris eram conhecidos os autocarros dum só piso, dos anos 40, modificados com estas carroçarias de dois pisos nos anos 60. Um trabalhinho sobre os velhinhos AEC Mk. III feito por inteiro nas oficinas da Carris com melhoria de vulto (ainda assim insuficiente) na oferta de lugares de transporte colectivo aos lisboetas nos anos 60. Este FE-14-61, aqui renumerado em 478 (v. lista), teve de início o n.º de frota 101; chegou cá em Dezembro de 1948.
Acerca da carreira 28 veja o benévolo leitor a página da Carris de Cruz-Filipe.
Sobre o notório desalinho da cidade (e dos autocarros) nesta época (1980) confira por contraponto uma fotografia do mesmo local (de ângulo diferente) que publiquei aqui há dias.
Plataforma (chassis) dos anos 1940; carroçaria de 196..., Cais do Sodré, 1980.
Wood's Library , n.º 1441, 3 de Outubro de 1980.
Hoje ouvi missa. Dantes a missa era em latim, ao depois passou a ser em linguagem. Nestas de agora o missal reza colaboradores, clientes, perfórmances, áitemes, auteputes, empatias, proativos (sic), top-dow/bottom-up...
Bottom-up?
Ámen!
A.N.T.T., «O Século», Joshua Benoliel, lote 12, cx. 02, negativo 06.
No tempo em que as siglas levavam pontos.
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Os drogados também acabaram. O que há são «aditivados»... |
Estação do Estádio Nacional, Jamor, [s.d.].
Estúdio de Mário Novais: 1933-1983, in Biblioteca de Arte da F.C.G..
Por acaso um que tinha ali guardado já estava na hora de Verão. Não foi preciso acertar.
(Imagem da Esquire.)
Esta [arrelia] cuido devê-la também ao Malacaka (mais uma). Com a porcaria do português cheio de erros deixei de sintonizar os canais de notícias — aqueles que dantes me soavam em fundo e davam a hora sempre ao cantinho. Passa mais tempo a televisão apagada do que acesa e só a senhora, se a acende, é quem na sintoniza por norma nos AXN e nos Foxes desta vida... De modo que me não soou cá nos pavilhões auditivos a mudança de hora. Soube por causa do iPad.
— Agora temos de acertar os relógios — diz-me aqui a senhora.
Fotografia: Artur Pastor, «Alfama de Lisboa», [s.d.]. Arquivo Fotográfico da C.M.L.
Estação do Cais do Sodré, Lisboa, [s.d.].
Estúdio de Mário de Novais, in Biblioteca de Arte da F.C.G..
No final fim dos anos 30 a linha de Cascais foi desviada donde passa a Av. da Índia (avenida marginal) para a posição em que agora a tendes. Precisamente para abrir a dita avenida marginal. Esta ficou sensivelmente à cota que foi a da plataforma da gare da antiga estação de Pedrouços, cuja casa é a primeira que se vê à direita, meia encoberta pelas árvores, adiante donde caminham os peões. Ainda hoje lá a podeis ver, fechada e sem serventia que lhe eu conheça.
Temos, pois, que a velha linha de Cascais antes de ser desviada ia numa cota de cerca de 1 m abaixo daquela em que se fez a actual Av. da Índia. A segunda casa à direita, mais ao longe, denuncia-o; vede as janelas.
Onde vai a nova linha do comboio que ali vedes agora era o areal da praia que se estendia mais ou menos Tejo adentro conforme as marés, mas nunca deixando a seco, creio, até lá tão longe como vai a moderna margem que adveio do aterro que aqui vedes fazer-se. O aterro veio a dar ao depois na doca e na lota da Docapesca. Hoje parece que se tornou numa beleza do ex-Champallimaud que desenvolve e potencia os objectivos de excelência, que soa bem melhor.
Do justo lugar (um exactamente aqui, no dizer do prof. Hermano Saraiva) onde tendes esta via férrea, caminho de Algés, há fotografias antigas com banheiros, damas e crianças. A praia de Pedroiços, a uma légua da cidade: «a mansão official da villagiatura burocratica de Lisboa.», no dizer de Ramalho.
Pedrouços, Lisboa, [s.d.].
Estúdio de Mário de Novais, in Biblioteca de Arte da F.C.G..
Estação do Estádio, Jamor, [s.d.].
Estúdio de Mário de Novais, in Biblioteca de Arte da F.C.G..
Apregoam por aí aos sete ventos os da «vanguarda» ortográfica que é preciso de «evoluir». Que escrever à brasileira é que é. — Muitos nem sonham que a nova escrita é à brasileira... porque do português também nada sabem. — Sem embargo cuidam esses «vanguardistas» já saber tudo, por si e pelos outros, sem curar de saber coisa nenhuma senão de impô-lo aos «velhos do Restelo» (e sabe-se lá onde descobriram este rótulo). Afinal se vão na vanguarda, que precisam mais de saber? Basta irem. Por isso são eles que ditam democraticamente a mudança, esse imperativo categórico sem o qual não se pode ser. Se lhes zurram que o «p» de óptimo é inimigo do bom, então ah! mas sim, pois claro! — Que é lá isso dum «p» que se escreve não parecendo que se oiça?! Coisa de antes. E dantes era tudo tão pouco evoluído!
— Olha! Como no tempo daquele da batalha de Aljubarrota, o Condestável, que mesmo fidalgo importante, nisto das letras nem para a 4.ª classe dava. Não querem lá ver como ele escrevia mal numa carta a sua neta D.ª Isabel. Era no modo como falava...
![]() | A Senhora D. Zavel minha netinha faga Deos santa. — Ninguna reson tenedes pera renhir-me, porque hei grão prazer de letras bossas leer. Os dias atraz ubi [i.e. houve = recebi] huma bossa, que me foy tragida por bentura, e se non bos foy respondida, non foy menga [falta, ou melhor, míngua] de bontade, mas de mui pouca saude que para ello tube. Escrever a Fernando mais avondo [mais vezes] bos non faga tenerdevos em o logo [terdes em conta] de que más a el do que a bos hei d'afeiçom &c. |
O Panorama: Jornal Litterario e Instructivo, N.º 1, 6 de Maio de 1837.
Notas: 1) o castelhano que se acha escrito (faga, ninguna, tenedes, más) deve-se talvez a que a destinatária da carta era a rainha de [tenha nascido e vivido em] Castela; 2) os vv pelos bb, tragida por trazida, menga por míngua, são marcas de pronúncia; 3) ubi por houve e tube por tive, podem ser uma ou outra das anteriores (ou as duas à uma).
(Traslado às 8h10 da noute.)
Já posso ler toda a porcaria que quiser nas páginas da Internete sem vomitar. O Firefox tem um extrazinho que substitui o estropiado português dos mutilados cerebrais.
Instalei o Firefox; instalei o extra (https://addons.mozilla.org/pt-pt/firefox/addon/foxreplace/) e carreguei-o com ficheirozinho de correcção (*) de português copiando uma remissão (http://dl.dropbox.com/u/4967399/FoxReplace.xml) para o campo «Update from URL» na janela que se abriu; depois marquei os [dois primerios dos] três piscos que havia para marcar (o do campo onde lancei a URL e [o primeiro d]os dois de «substituir... substituir...» - ATENÇÃO! Não marcar o terceiro pisco).
Basta seguir o menu do «Ferramentas» do Firefox como vê na imagem para proceder como indicado e fazer isto que disse. Atenção que não passa dum paliativo. Fundamental é varrer do mapa a estúpida cacografia do governo. Para isso só assinando a I.L.C. contra o Acordo Ortográfico.
(*) O ficheiro de correcção é facultado, ao que julgo, pelo confrade João Ricardo Rosa, da I.L.C. [ver no Facebook]
À procura do sítio exacto desta bomba na Azinhaga e dei com um troço da velha estrada da estação de Mato Miranda crismado Rua Pilar del Rio. O Guglo dos mapas dirigiu a pesquisa por «Azinhaga Golegã» directamete para lá, para a rua da Pilar; cuido dar-se o caso de ser o novo centro da aldeia mais ribatejana de Portugal. Meio desviado da igreja matriz de N. Senhora da Conceição, mas enfim, muito mais de acordo com os tempos!... — Até a Rua do Saramago é mais pequenina. Não tardará a haver ali um novo templo à N. Senhora del Pilar. Com a fachada toda em pontas de diamante, como casa dos bicos....
Arrancaram faz tempo à Azinhaga uma secular oliveira galega e pela perda, percebo agora, brindaram-na com a rua duma presidenta espanhola de alto coturno. Com o caudaloso Rio desta Pilar, bem pode o Almonda transvazar-se (uma prática assaz espanhola) para cá, para Lisboa, a ver se irriga a oliveira do Campo das Cebolas que diz ter secado com o polvilho de Saramago que lhe puseram. Os campos da Golegã, esses, pelo notável enxurro que lhe alaga a toponímia, já vejo que devem de vir alagados até Almeirim. Pode ser que melhore o melão...
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