Trôço da Avenida Rovisco Paes no seu melhor estylo modernista. O pós-moderno descaracterizou-a, como em tudo mais...
Av. Rovisco Paes, Lisboa, 1963 1964. Arnaldo Madureira, in Archivo Photographico da C.M.L.
(Reposta a imagem em 26/XII/2020.)
... Calhadinhas para embrulhar o peixe... Notícias são entretém do vazio.
Cais da Ribeira Nova, Lisboa, 1968.
Manfried Janson, in Portugal Velho.
Praça do Areeiro, Lisboa, 1958.
Armando Serôdio, in Arquivo Fotográfico da C.M.L.
Phil Collins, Home By The Sea.
(Storytellers, 1997)
Em 97 Phill Collins andava esquecido da casa à beira-mar. O caso (de pouca curiosidade) é que cinco anos antes a ainda sabia toda; duas partes. -- Lembrou-me agora disto, é só.
Dia da poesia. Hoje até o Nicolau Sanctos (o que se deixou emballar pelo Arthur Baptista da Silva) se deitou em declamações económico-lyricas n'aquella sua chronica matutina na emissora nacional. Parece que continua a emballar bem com cantigas.
Grupo Verde Gaio, Portugal, c. 1945-50.
Estúdio de Mário Novais, in Bibliotheca d' Arte da F.C.G..
A Primavera começa precisamente ás 16h57 d' hoje. E com ella, a estação das allergias, era como rezavam a notícia numa radio esta manhã.
Respiremos. Havemos pouco mais de meia hora antes de começarmos a espirrar.
Festival grego. Deusas com grinaldas, Nova York, 1909.
George Grantham Bain, in Shorpy.
Quando, em Luanda, fizemos o balanço do trabalho [de dia 15], ficámos desanimados. Evacuáramos apenas 106 pessoas. Estimavam que teríamos 600 a 700 pessoas para evacuar...
Foi então que os ensinamentos e experiência da ponte aérea de Leopoldville pesaram! Porque não utilizar a vila de Negage como utilizáramos Brazzaville? De Carmona ao Negage gastaríamos apenas 15 minutos de voo. Menos gasolina necessária, mais capacidade de carga, mais viagens por dia!
[...]
No segundo dia da ponte aérea [...] reparei que, a meio da fila para embarque, se mantinha a mesma pessoa. Reparei nela porque, ao contrário das cacarejantes mamãs em permanente actividade para manter junto a ninhada, ela estava só. lnstalado no posto de pilotagem, assisti à explicação de tão insólito caso. Logo que foi permitido o embarque, afastou-se ligeiramente da bicha, e foi dando a sua vez. Suspenso o embarque, voltou a ocupar o seu lugar na fila.
No meio de toda aquela luta para embarcar, porquê aquela atitude?
Antes do carregamento seguinte, perguntei ao agente da D.T.A. quem era aquela senhora.
Disse-me o seu nome. Que era viúva e fugira de uma fazenda no Vale do Loge. Contou-me a história da senhora. A Senhora Só.
Fora recolhida por uma patrulha das milícias de Carmona, numa mata já próximo da cidade, completamente esgotada, esfarrapada e suja, quase sem fala. Depois de muito instada, com bastante dificuldade, acabou por contar a sua tragédia.
No dia 15, como usualmente, levantara-se para preparar o «mata-bicho» para o seu homem e seus dois filhos. Estes já tinham ido para o terreiro a fim de distribuir as tarefas pelos trabalhadores da fazenda.
Repentinamente, ouviu gritos e enorme vozearia, e correu à porta. O marido estava caído no terreiro, cercado por um grupo de trabalhadores que, armados de catanas, o crivavam de golpes. Tentou gritar, mas a aflição embargou-lhe a voz. Agarrada à umbreira da porta, procurou os filhos. Rodeados por numeroso grupo de negros que os atacavam, viu-os, um a um, caírem banhados em sangue. Desesperada, ia correr em seu socorro quando se sentiu agarrada e arrastada para as traseiras da casa. Era a criada, uma rapariga negra que a ajudava na lide da casa e que com eles vivia desde garotita. constantemente recomendando: «Nhora não fala. Eles mata gente toda. Não fala...», foi por ela levada para a mata.
Lembrava-se de, pela mão da criada, ter andado pela mata, fugindo da fazenda. Quando escureceu, dormiram abraçadas, escondidas no meio do matagal. Quando nasceu o dia, a rapariga, depois de lhe recomendar que evitasse as «picadas» e seguisse sempre em frente pois acabaria por encontrar «gente de branco», desapareceu. Parece que na direcção da fazenda.
Não se lembrava de mais nada. Que não, não tivera fome nem sede. Mas estava muito cansada...
Andara mais de dois dias pela mata, descalça, porque perdera as chinelas que usava em casa, sem comer nem beber.
Nem chorar conseguia...
Fui buscá-la. Dei-lhe o braço e, saíndo da fila, levei-a para bordo. Vagarosamente, pois andava com dificuldade. Não reagiu, nem disse fosse o que fosse. O seu rosto parado e o alheamento não se alterou. Quando muito, teve um vago movimento de ombros, como que de resignação. Tanto se lhe dava...
Não houve o mais pequeno protesto de toda aquela gente, apenas um opressivo silêncio. De respeito, pareceu-me. Sabiam, ou adivinhavam, que estavam perante algo de mais trágico que as suas próprias tragédias.Eduardo Alexandre Viegas Ferreira de Almeida, «15 de Março de 1961», Quarenta Anos de Aviação, Martins & Irmão (impressor), 1995, pp. 219-220.
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«Heróis» bacongos (esq.) e cabeças de bailundos, (dir.) Angola, 1961.
« [...] Naquele ano, pois, de 1482, por certo antes de Agosto, e possìvelmente na Primavera, Diogo Cão partiu; deteve-se algum tempo, como era lógico e informa João de Barros, na feitoria da Mina. Retomando a viagem e ultrapassado aquele cabo [de Santa Catarina, a 1º 40' lat. S], prolongou o reconhecimento da costa até um pouco a sul do cabo do Lobo ou Santo Agostinho, actualmente cabo de Santa Maria (13º 26' lat. S), ou seja por um espaço de 10º. O mapa de Soligo, a que nos referimos, regista os topónimos dos acidentes geográficos descobertos entre os quais avulta o Rio Poderoso, nome com que primeiro se designou um dos maiores rios do continente africano, o Zaire.
[...]
Aplicando o método hagiológico, que relaciona os topónimos de nomes de santos com a data da festa respectiva no calendário, pode rastrear-se o ritmo da viagem. Supõe Damião Peres, reportando-se ao padrão de S. Jorge, que o estuário do Zaire tenha sido visitado em 23 de Abril de 1483, e o cabo do Lobo também chamado de Santo Agostinho e assinalado de igual forma, a 28 de Agosto daquele ano.
Facto da maior importância: Diogo Cão trouxe na torna viagem alguns indígenas congoleses, recolhidos no estuário do Zaire, e a notícia de que para o interior, cortado pelo curso desse rio, existia um grande reino, a cujo chefe ele enviara emissários com um presente [1]. Iniciava-se assim o descobrimento humano e duma vasta comunidade de cultura, sobre que iam assentar os fundamentos da província portuguesa de Angola.
[...]
Obedecendo a novo mandado do monarca, Diogo Cão partia em 1485 para outra viagem de descobrimento, levando de retorno os quatro indígenas congoleses que, na foz do Zaire, trocou pelos emissários portugueses que ali deixara. Uns e outros se haviam mutuado o conhecimento das línguas próprias; continuava-se a prática, iniciada em tempo do Infante D. Henrique, da formação dos intérpretes, que permitiam um contacto mais íntimo entre descobridores e os aborígenes. Continuando a viagem, por mais 1400 quilómetros, Diogo Cão percorreu os litorais africanos da actual província de Angola, já em parte explorada durante a viagem anterior, e penetrou nos da Damaralândia até ao lugar da costa, que ficou tendo por conhecença a Serra Parda, cerca de 22º de lat. austral.
[Na] informação de Barros, segundo a qual Diogo Cão, no regresso, fora visitar o rei do Congo à sua corte, tanto este historiador, como os cronistas Rui de Pina e Garcia de Resende contam o facto, dando-lhe grande e merecido relevo: informa o último que o rei do Congo recebeu com o maior alvoroço a embaixada portuguesa e os quatro congoleses que regressavam de Portugal, e em troca mandou a el-rei por embaixador Caçuta [...], homem muito principal e a ele mui aceite, que depois de ser cristão, houve nome D. João da Silva [...], o qual trouxe a el-rei [D. João II] um presente de muitos dentes de elefantes e coisas de marfim lavradas, muitos panos de palma bem tecidos e com finas cores. Fiado no cumprimento da primeira promessa do capitão português, que devolvera à terra natal os quatro congoleses, agora bem vestidos e contando maravilhas sobre o tratamento recebido e o novo mundo de cultura entrevisto em Portugal, o rei do Congo (conta Resende), mandou pedir a D. João II que lhe mandasse logo frades e clérigos e todas as coisas necessárias para ele e os de seus reinos receberem a água do baptismo; [...] pedreiros e carpinteiros [...] e também lavradores para lhe amansarem bois e lhe ensinarem a aproveitar a terra e assim algumas mulheres para ensinarem as de seu reino a amassar o pão, porque levaria muito contentamento por amor dele que as coisas de seu reino se parecessem com as de Portugal . O rei indígena enviou também alguns moços do seu reino para que em Portugal aprendessem a língua, os costumes e a religião dos portugueses.» [2]
[1] «[...] e vendo que os negros da terra se fiauão delle, e entrauão ja nos nauios, determinou não esperar os Christãos que mandara, e partirse com alguns daquelles negros, e assi fez. Porque os que primeiro se fiarão, e vierão á frota, acolheos [acolheu-os] dentro, e não os deyxou mais sayr a terra, e se veo com elles pera Portugal, não nos trazendo como captiuos, mas com fundamento que despois de aprenderem a lingoa, e costumes nossos, e a tenção del Rey [D. João II], tornarião a Manicongo, e per elles se poderia bem saber tudo o que comprisse de hũa parte e da outra [...]» (Garcia de Resende, Chronica dos Valerosos e Insignes feitos del Rey Dom Ioam II, Coimbra, Real Officina da Universidade, 1788, p. 222.)
[2] Jaime Cortesão, Os Descobrimentos Portugueses - III, [Lisboa], I.N.C.M., imp. 1990, pp. 590-592.
Mapa: Cristoforo Soligo (1485-6), in A.F. Mata,Tropicália, 1/II/2011.
Aguarela: Roque Gameiro, Diogo Cão [s.d.], in Luís de Albuquerque, Navegadores Viajantes e Aventureiros Portugueses. Sécs. XV e XVI, Vol. I, Círculo de Leitores, [s.l.], 1987, p. 73.
No dia 15 de Março, seriam umas 11 da manhã, foram levar ao meu gabinete no Serviço de Operações da D.T.A., uma mensagem proveniente do avião que estava executando o usual serviço ao Uíje. A mensagem era estranha, muito pouco clara. Avisava que chegaria quase com uma hora de avanço sobre o horário, e pedia a presença de duas ambulâncias. Mas, acrescentava a mensagem, «... devo estacionar em área longe do público e devidamente isolada». O que nos deixou completamente baratinados! Nada daquilo fazia sentido. A mensagem vinha assinada pelo comandante do serviço, que era então o Chefe de Operações.
Quando o avião aterrou, indicaram-lhe um estacionamento bem afastado da aerogare, onde se encontravam já duas ambulâncias. Ao chegar junto do avião, desembarcavam os primeiros passageiros. Um deles, desgrenhado e esfarrapado, trazia uma criança nos braços e, mal me viu, veio direito a mim.
«Oh! meu senhor, já viu o que fizeram à minha filhinha? Já viu? Ela já não chora... Veja o que lhe fizeram!», e estendia os braços onde jazia uma garota de uns 4 a 5 anos com a cara e corpito meios cobertos por trapos ensanguentados.
O homem, franzino e de olhar esgazeado, insistia: «Veja! Veja! Olhe o que lhe fizeram...», e as lágrimas escorriam-lhe pela cara suja e com barba de alguns dias.
Fiquei pegado ao chão, gelado e sentindo-me prestes a vomitar. Não consegui articular palavra. Gritos lancinantes partiam do avião, para onde tinham entrado enfermeiros. Corri para a escada encostada ao avião. Junto desta, um servente negro da D.T.A. chorava convulsivamente. Mal entrei na cabine de passageiros, o cheiro de vómitos e de sangue, os gritos e gemidos dos feridos, quase me fizeram retroceder. Alguém me agarrou por um braço e me arrastou para fora do avião, ao mesmo tempo que me tentava acalmar. Já afastado do avião é que, voltando a mim, reconheci o Chefe de Operações, o comandante do avião.
«Eh pá, está tudo lixado! Os gajos atacaram todas as fazendas no Uíje. Apanharam a malta de calças na mão. lsto» -- e apontava para o avião, -- «é só uma amostra! O Hospital de Carmona está a abarrotar de mortos e feridos. Pedem para que enviem aviões para evacuar os feridos. Estão a organizar-se colunas de voluntários civis para acudir às fazendas atacadas, mas duvido que cheguem a tempo de salvar aquela malta.»
Eduardo Alexandre Viegas Ferreira de Almeida, «15 de Março de 1961», Quarenta Anos de Aviação, Martins & Irmão (impressor), 1995, p. 214.
Padrão S. Jorge (3.ª réplica do padrão deixado por Diogo Cão em 1483), Foz do Rio Zaire – Ponta do Padrão, [post 1938].
(A.F. Mata, «O padrão de S. Jorge», Tropicália, 29/V/2010.)
Estamos na Quaresma… e os cantigueiros do 25 de Abril grande acidente nacional andam num afã frenético. Na emissora nacional montaram a via sacra dos Dias Cantados. As canções que Portugal cantou às escondidas antes do 25 de Abril, e com as quais depois celebrou a liberdade. – Não é maravilhoso? – Na verdade esta via sacra engrossa já em santíssima trindade, que o missal está para ser rezado ao povo em três séries. Um festival de cantoria pegada, de vira disco e toca o mesmo com a psicose da censura no lado A, e a endrómina da santa liberdade (mais velha que a Maria da Fonte) no lado B.
O cantigueiro António Macedo rezava hoje a ladainha neste modo:
« Os dias cantados antes do 25 de Abril também se fizeram com música sem palavras. Mudar de Vida, de Carlos Paredes, é um bom exemplo dessa forma particular de intervenção musical nos anos da sombra. Mudar de Vida marca também a segunda colaboração musical com o cineasta Paulo Rocha, com quem já tinha trabalhado em 1963 para o filme Verdes Anos, criando o tema homónimo que acabou por superar em popularidade o próprio filme [porque a música é muito melhor que o filme]. A emigração e a guerra são ponto de partida de Mudar de Vida estreado em 1967 com argumento de António Reis e Paulo Rocha e interpretações de António Coelho, Isabel Ruth e Maria Barroso [Geraldo Del Rey nem mereceu menção]. O filme conta a história dum homem transformado pela guerra e abandonado pela noiva que o preteriu em favor do irmão. De regresso à sua terra, uma aldeia de pescadores perto de Ovar, a nova realidade com que se confronta e o encontro com uma jovem impetuosa levam-no a uma nova partida com vista a mudar de vida […]»
Que dramalhão!
Na pena de Gil Vicente ou Camillo o argumentozeco havia de ser um fartote; às mãos dos intelectualóides neo-rea-
listas é moleza de deitar exércitos a fugir. Mas os cantigueiros dirão que é democracia. E segundo eles até as frases no cartaz de estreia -- «um homem entre duas mulheres; um mundo que morre e um mundo novo que nasce» e «o écran só era suportável quando o português Paulo Rocha fotografava em Mudar de Vida as condições de trabalho a bordo dos barcos da sardinha» -- hão-de ser palavras de ordem contra a opressão. Uma cifra revolucionária que só os estrábicos do lápis azul não entenderam. E daí o filme ter-se estreado.
É assim que o refrão da censura e a balada dos anos de sombra matraqueiam incessantes em cacholas perturbadas; precisamente da perturbação se justifica virem-me com a arenga de que Portugal cantou às escondidas antes do 25 de Abril uma peça de música instrumental.
(O recorte é fundação do irmão do dr. Tertuliano.)
Amália Rodrigues, Maria da Cruz (João da Mata / José Marques do Amaral)
(Continental, 1945)
(Imagem em...)
Em cada dia há um capítulo no folhetim das novidades muito bem servido de sermão e homilia nos cabelleireiros da moda onde nos arranjam a cabeça (leia-se crespos, judites, farias, &c.). No dia seguinte viram a página e mudam o capítulo.
Hoje a missa foi a restructuração da dívida soberana (soberana?!), proposta e roborada por um bando de fidalgos da nossa república – «notaveis» é como lhe chamam, subentendendo-se o substantivo «cidadãos».
O diagnóstico que faço a partir da designação de catálogo na imprensa – «restructuração» – remette-me á noção de structura, os fundamentos, da dívida. Ora mexer na dicta dívida pelas fundações é, como imaginaes, revolver este nosso regimen festivo a la Parque Escolar, mai-la democratica côrte de cidadãos fidalgos n’elle alapados. O caso é, pois, que restructurar a dívida é restructurar o regimen, e, restructurar o regimen é … restructurar a fidalguia que n’elle se sacia emquanto me vae fallando na restructuração dos males.
Não sahimos d’isto!
Mais prova da estupidez em acção a que estamos entregues tiro-a do badalar indistincto entre «restructuração» e «renegociação» da dívida. A linguagem é pouco rigorosa mas illustrativa. Para começar os prefixos re-, re- a cada mézinha annunciada dizem de quanto se perdem por ahi os «notaveis» a repisar os mesmos problemas sem os nunca haverem de resolver. – Não sahiremos d’isto, é bom de ver. – Por fim vem de tudo mais que, sendo «restructurar» aquella pescadinha de rabo na bocca que já disse, e «renegociar» mero negócio, o negócio não passará afinal de… mais crédito – em prestações suavizadas ou com desconto no juro, mas mais crédito – para continuarem ahi alapados ao regimen os taes «notaveis», emquanto vão propondo restructurações como panacea da sua incompetente ladroagem.
Nada d'isto já leva emenda.
Irmãos Metralha em GP Desenhos.
Yvonne Elliman, Can't Find My Way Home
(Old Grey Whistler Test, 1977)
Blind Faith, Can't Find My Way Home
(Hyde Park, 1969)
Rodam as quatro estações
Dá lugar o Sol à Lua
Cai a noite sem pregões
E nós ficamos na rua
A escutar dois corações
Que dizem que vou ser tua!
Podes dizer-me um adeus
E olhar-me com desdém
Eu sei que não serás meu
Só quero que todo bem
Que agora mesmo morreu
Não o dês a mais ninguém
Cegam-me as luzes perdidas
Que se escondem pela cidade
Horas mortas, já vencidas
Doem-me as dores da saudade
E das saudades fingidas
De quem finge ter saudades.
(Feijó Teixeira / "Fado José Negro")
Capa: Amália no Sapo.
Steve Winwood & Eric Clapton, Can't Find My Way Home
(Festival de guitarra Crossroads, 2007, in Steve Winwood Official no Vimeo)
Adamastor (O)
Apartado 53
Bic Cristal
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Carmo e a Trindade (O)
Chove
Cidade Surpreendente (A)
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Dragoscópio
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Menina Marota
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Paixão por Lisboa
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Pombalinho
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Porto e não só (Do)
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Restos de Colecção
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Ruas de Lisboa com Alguma História
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Santa Nostalgia
Terra das Vacas (Na)
Tradicionalista (O)
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