O merdina, a empreitada que tinha fisgada para a 2.ª Circular, foi plantá-la no Campo Grande. Parece que afinal, do crepitar subcapilar e inter-orelhal deste enxertado cedofeito, sempre chispou faúlha do plantio arborícola que lhe incendeia as meninges: o Campo Grande — aí sim! — O arvoredo a replantar é de tomo e tanto mais avultada é a encomenda aos hortos da adjudicação directa municipalo-partidária. Sendo que árvores eram coisa nunca antes vista no Campo Grande.
O ciclo-alfacinha rarefeito como o autolisboeta emelicamente bloqueado, prevejo, botam-lhe amanhã vegetalmente o voto.
Não é linda a democracia?!
Campo Grande, Lisboa, post 1902.
Paulo Guedes, in archivo photographico da C.M.L.
Jornal 2, R.T.P. 2, 28/IX/2017.
Junta de vacas [segundo o arquivista], Portugal lá na terra, s.d.
Artur Pastor, in archivo photographico da C.M.L.
Retrozeiro, calçado, esmalte e alumínios. Bicicletes de aluguer, Zambujal, 1955.
Arquivo da Ordem dos Arquitectos, PT-OA-IARP-LSB-LRS00-002.
Chafariz do Pinheiro de Loures, [s.d.]
Espólio de Eduardo Portugal, in archivo photographico da C.M.L.
Na Alemanha muita gente votou em quem pareceu atender-lhe as reservas contra essas hordas de bárbaros lhe invadem a terra, não em que lhas traz à sua revelia e a descaso das suas (do eleitorado) razões. Isto é a realidade. A realidade para o jornalismo militante é sermão e homilia a compor esta realidade.
Não sei se os jornalistas têm consciência da profissão de fé que fazem. O caso é que não desistem de prègar a sua visão da realidade em vez de noticiá-la, simplesmente. Além disso têm-se todos — nem um a menos — por democratas.
Democratas como qualquer eleitor.
Desde que o eleitor não vá e vote no diabo, no Trump (segundo o jornalismo é o mesmo, bem sabeis), ou na extrema direita, ou nos nazis — neo ou outros, mais xenófobos ou menos racistas como até no brêxito.
Democratas como os jornalistas hão-de ser os democratas-caviar, bem entendido.O eleitorado tresmalhado fica abaixo disto. Tão ignaro muito dele nem devia votar, porque a democracia não é para ser desbaratada com povo desse. Só com povo doutrinado e arregimentadamente arruaceiro como na Catalunha. Em democracia, quem não chora não mama e quem berra mais alto é que tem razão. É daqui que vem a legitimidade democrática. Esta é mais uma vez a realidade.
Mas a realidade tem outra coisa: é o que é; não o mundo da fantasia que a jornalistagem propõe ou idealiza.
A realidade de uns, ditos de extrema direita, alemães, é serem nazis. — Fatal como o destino. — O terem tido por lá uma chefa, e uma fufa, também é realidade, sim...
Mas, nazis assim?!...
Ora hoje a chefa declinou o mandato porque achou não sei quê das declarações duns correlegionários que a agastou. Ou a coisa é da natureza fisiológica feminina, ou está tudo minado.
Seja como seja, há-de acabar mal.
(Imagem em...)
A Catalunha anda revoltada contra Castela. É lá com eles…
Noutro tempo, quando havia Portugal, o caso preocupar-me-ia: a cisão do reino de Espanha em várias Hespanhas era de modo a nivelar mais por igual cada uma das nações da Hispânia fragmentada e, daí, o perigo de se Portugal vir a diluir numa federação ibérica. É o iberismo serôdio que ainda irmana por aí muito maçon português e castelhano. — Claro, a um castelhano percebe-se a tentação de absorver Portugal; é-lhe genética. Ao português é que se lhe não vislumbra tino. Se espera colher recompensa do castelhano pela entrega seria bom prevenir-se antes se Castela ainda paga a Cristóvãos de Moura como no tempo de Filipe II. Do III e o IV já a História mostrou o mau negócio. E o VI agora, só para haver uma Espanha onde reinar, é mais certo que se empenhe primeiro com alguns traidores catalães.
Hoje, portanto, catalães à pega com castelhanos pouco me incomodam. Portugal perdeu-se definitivamente. Tanto faz a suserania bruxeleante suplicando com chapéu na mão desde Lisboa como tê-la (a mão) estendida, com a outra dada a Madrid e/ou a Barcelona. Subordinados são subordinados. É isso que os catalães também não enxergam. Insubordinam-se para se logo submeterem?! E o jugo de Bruxelas, ainda vão ter de o mendigar. Miserável anseio!
E os castelhanos, com o que se vê, a demonstrarem orgulho, não haviam de querer amarrar catalães a si. Haveriam antes, sim, de referendar entre si se admitiam tal gente que os repudia como digna de integrar o seu próprio Estado. Ora um castelhano nunca terá estofo para tanto.
(Imagem em …)
Revisto.
[...] Um novo aumento do número de alunos trangeiros em Portugal. Os dados a que a Antena 1 teve acesso mostram que, por exemplo, no Porto, o número de estudantes trangeiros, mais do que duplicou [...]
(Abertura do notíciário das 8h00 da emissora nacional.)
[...] Mais a sul, em Coimbra, as primeiras timativas apontam também para um aumento significativo no arranque do ano lectivo. O vice-reitor, Joaquim Ramos de Carvalho, ouvido pela jornalista Marta Pacheco, admite que não estava à espera de receber tantos estudantes trangeiros [...]
— Não távamos à espera de crescer tanto [...]
Lisboa, Porto e Coimbra com as primeiras timativas que apontam para um novo aumento de estudantes trangeiros.
(Idem.)
Mais adiante pude ouvir ainda de aluno-xe trangeiros e às 8h30 ouvi de alunos extrangeiros (eis).
Eis!
O governo vai baixar todos os calões do I.R.S. no próximo ano — (abertura do noticiário da emissora nacional às 8h30 desta manhã).
Às 9h00 já diziam toduzuzescalões, reconheça-se-o.
A Magdalena Iglésias sintonizando o rádio do automóvel para ouvir melhor a locução foi captada nos Restos de Colecção.
Quem se mete com a religião leva. Mais que com o P.S. Nem que venha de lá o futebol.
Os zelotas esquerdóides queixaram-se dum Sporting-Porto como quem se queixa de caderninhos cor-de-rosa para meninas. — Sacrilégio! — A Sancta Bola de Todo-o-Ano parece que se tornou agora nefando pecado em dias de S. Voto. Mas os sacristães de turno estão aí para estes jeitos; são precisas manter as aparências do mando e a ordem do mundo: jogos de bola em dia de procissão eleiçoeira hão-de ser, devem ser, já, já, proibidos. O grande arquitecto nos alumie e dê alento de proibir também sol de praia, chuva morrinha ou intempéries em tão incensados dias, mais tudo o que distraia o povo da urna do santíssimo voto.
O Leão da Estrela
(Arthur Duarte, 1947)
Em Dezembro de 1938 Eduardo Portugal foi à Quinta do Areeiro e fotografou o que se avistava dali à Portela de Sacavém.
Quinta do Areeiro, Lisboa, 1938.
Eduardo Portugal, in Arquivo Fotográfico da C.M.L.
~ ~ ~ // ~ ~ ~
Em Janeiro de 1945 tornou aos chãos da Quinta do Areeiro e fotografou um eléctrico e uns cachopos a jogar a bola.
Praça do Areeiro, Lisboa, 1945.
Eduardo Portugal, in Arquivo Fotográfico da C.M.L.
(*) As anteriores duas eram do Arieiro. E do Areeiro ainda há mais duas de três: a primeira e a segunda.
No tempo da tróica não havia dinheiro para pagar a estes. Parece que já há. Pelo menos eles cá o cheiram...
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