Terreirinho das Farinhas visto da Rua dos Arameiros antes das demolições, Lisboa, 1940.
Eduardo Portugal, in archivo photographico da C.M.L.
Ouvi notícia de o farsante minoritário na presidência da C.M.L. somado a uma sinistra minoria de farsolas na assembleia municipal irem baptizar o velho Campo das Cebolas.
Ora bem! Os gajos que levantaram a Ponte 25 de Abril num ápice e que foram numa manhã de Maio à Portela de Sacavém erguer lá em menos de nada o aeroporto do Humberto Delgado ao menos acertavam no lugar. Estes tolos da câmara agora nem isso; ignoram a real morada da fundação da D.ª Pilar, para quem o filho do Grande Afonso de Albuquerque mandou construir há 500 anos a casa dos bicos, e cuidam ser Campo das Cebolas todo o terreiro deixado das demolições do Terreirinho das Farinhas, Tr. das Portas do Mar, Tr. dos Bicos e Boqueirão da Palha, entre as ruas dos Bacalhoeiros, dos Arameiros e da Alfândega, contando ainda o pedaço desafectado à velha Alfândega a oriente do Ministério das Finanças.
Porém, não duvido por um segundo que do vazio das cacholas hoje na C.M.L. ao vazio deixado daquelas demolições do tempo do Estado Novo se erguerá uma formidável obra sem a qual nenhum alfacinha de gema nem saloio dos arrabaldes poderiam viver: uma nobelitante e saramagal placa toponímica.
Campo das Cebolas, Lisboa, 19....
Paulo Guedes, in archivo photographico da C.M.L.
Companhia das Lezírias, Ribatejo, [s.d.].
Mário de Novaes, in Bibliotheca d' Arte da F.C.G.
(Enquanto estradas se afundam num país ao deus-dará depois do fim…)
Dependente de firmes exigências funcionais repartidas entre o armazenamento, o tratamento (limpeza ou calibragem) de cereais e um complexo sistema de circulação, recepção, expedição, aglutinando também a indispensável área administrativa […] A Federação Nacional de Produtores de Trigo desenvolveu um papel muito importante na dotação e regularização quase por todo o país de estruturas de armazenamento e calibragem de cereais, dependentes do incremento que nos primeiros tempos do regime corporativista português deu ao ciclo da produção do pão e consequentemente dos cereais.
Deolinda Folgado (Docomomo Ibérico), «Património Industrial — Arquitectura Industrial Moderna (1925-1965); E.P.A.C. – Empresa Pública de Abastecimento de Cereais», in D.-G.P.C., 2002.
Projecto: 1954-55.
Autores: Arq.ºs José Bastos Coelho e António Ribeiro Modesto; Eng.º Ângelo G. Ramalheira – construções, estudos e projectos de estabilidade.
Federação Nacional dos Produtores de Trigo, E.N. 10 à Vila Franca de Xira, 1957.
Mário de Novaes, in Bibliotheca d' Arte da F.C.G.
* * *
[…] Em 1935 com a criação da Federação Nacional dos Produtores de Trigo (F.N.P.T.) pelo Estado Novo, situando-se, a sua origem com precisão nos celeiros dos produtores de trigo instituídos a partir de 1932 no desenvolvimento da Campanha do Trigo, iniciada em 1929, a F.N.P.T. trabalhou então ao lado da F.N.I.M. (Federação Nacional dos Industriais de Moagem) criada em 1934 e estes dois organismos corporativos tiveram como cúpula o Instituto Nacional do Pão em 1936. Em 1972 o Governo procedeu à revisão do regime dos organismos de coordenação económica ligados à agricultura e determinou que na F.N.P.T., que passa a denominar-se Instituto dos Cereais (I.C.), [fossem] incorporadas as Comissões Reguladoras do Comércio do Arroz, das Moagens de Ramas, do Comércio dos Cereais [ dos] Açores e o Instituto do Pão, que ficaram extintos. Deste modo nasceu o Instituto dos Cereais. Em 1974 com o novo do regime democrático e consequência [da] extinção dos organismos corporativos obrigatórios foram integrados no I.C., a F.N.I.M., os respectivos Grémios regionais, os Grémios dos Industriais de Panificação e os dos Industriais de Arroz. Em 1976 foi instituída a E.P.A.C., E.P. [que] herdou o tecido patrimonial e humano de dezanove organismos distintos públicos e corporativos […]
Os governos que exerceram a tutela da empresa nunca souberam o que fazer com a E.P.A.C. logo que se esboçou o [curso] do país no sentido da integração europeia com a inevitável liberalização do mercado dos cereais. […] Por outro lado, os sucessivos Conselhos de Administração nunca apresent[ar]am planos de estabilização da empresa, minimamente consistentes em termos económico-financeiros [...] Consumiram-se na gestão de curto prazo e na produção de actos irrealistas […] cujo principal negócio foi vender património, reduzir o quadro de pessoal [e] traduziu-se em não tomar decisões de fundo, com a consciência a partir de certa altura de qual seria o fatal destino da empresa. Depois , como muitas vezes se assume em Portugal, quem viesse no fim que «fechasse a porta» […]E.P.A.C.: Uma longa história…, in E.P.A.C. Comercial, S.A., 2013.
Com tráfego e ao mesmo tempo desafogada.
O segundo autocarro de dois pisos que se vê ao cimo é o Leyland 201 ou o seu irmão, o 202.
Av. de Guerra Junqueiro, Lisboa, 195…
António Passaporte, in archivo photographico da C.M.L.
Autocarro para a Boa-Hora com o cemitério dos Prazeres em fundo…
O centro é para a direita.
Carris: n.º 255 na carreira 40, Alcântara, 1977.
Guy, in «Autocarros de Lisboa».
A Estr. de Marvila junta ao Ateneu da Madre de Deus em Fevereiro de 1987. Em 31 anos o panorama mudou pouco por ali. Não sei se se algum autocarro mete hoje por estes caminhos. — Eu, há uns pares de décadas é que não! E recuando mais no tempo, posso ver o lugar aqui retratado com uma amplitude mui maior…
Fotografia: Carris: n.º 721 na carreira 39, Estr. de Marvila, 1987. Guy, in «Autocarros de Lisboa».
O primeiro autocarro de dois pisos da Carris... na carreira do aeroporto.
Autocarro n.º 201, Praça do Areeiro, post 1947.
António Ventura, in História da C.C.F.L. (1946-2006), v. 3, Carris e A.P.H., Lisboa, [2008], p. 115.
II-13-09, n.º de frota 201 da Carris, Aeroporto da Portela, post 1947.
António Passaporte, in archivo photographico da C.M.L.
Um vislumbre do Arco do Cego em Setembro de 68. O motivo da fotografia é o eléctrico, mas o que me despertou a curiosidade foi o autocarro na Filipa de Vilhena. No meu tempo de passo-social não me recorda de ver autocarros alguma vez naquela rua. Muito menos um com bandeira para o Torel. Não consigo perceber na imagem qual o n.º desta carreira nem o descobri em mai' lado nenhum. Do Torel só me lembro de lá ver velhos carris de eléctrico sem serventia, se me não engano da carreira 4.
O eléctrico 19 e o autocarro do Torel, Arco do Cego, 1968.
John F. Bromley, Lisboa: diapositivos 1962–2004, in Flickr.
A Nação eleitora e abstencionista há-de ter descoberto pela imprensa há dias que tinha um sr. deputado à Assembleia chamado Silvano. Ontem descobriu que a somar havia também uma sr.ª deputada Emília Cerqueira. Um ex-ignorado par de jarras representante da democratíssima III.ª República.
Aleluia!
S. Silvano & Virgem Senha ofendida, Portugal, post 1974.
Imagem in Notícias de Coimbra.
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