Tenho para mim que violência doméstica é quando haja cegada entre a casa de banho e casa de jantar. Como, p. ex., o triatleta foi vítima no quarto ou na cozinha – aqui a doutrina divide-se entre rosas e angolanos, mas não é relevante – o evangelho da violência doméstica nossa de cada dia não se lhe aplica.
Ainda assim, para redenção geral do pecado capital de género masculino, vamos ter um dia de nojo por conta do dogma, justamente, na véspera do dia de São João de Deus da mulher.
Ámen!
Família Joyner rezando à mesa, Greenville/Carolina do Norte, 1956.
Margaret Bourke-White, in Arquivo Fotográfico da Life, apud Shorpy.
Kispo > Quispo (=Anorak), Lisboa — © 2019
Um direitinho dos de 1 só piso, daqueles com três portas. Foram os primeiros autocarros com três portas que vi. Dei por eles na Morais Soares, salvo erro, na carreira 18 ou 42. Raramente (se alguma vez) os vi com a pintura original, meia verde, meia branca. Andei muita vez neles ao depois no autocarro do Cais do Sodré para as Portas de Benfica, o 15, já com a 2.ª pintura verde, a caminho de ser vertida em laranja.
Aqui, no Terreiro do Paço, também verde, anos antes de ser ele também vertido em laranja como os os autocarros da Carris, as carreiras da Rodoviária Nacional, os comboios da C.P. Mais parece que o horror do passado após o 25 de Abril grande acidente nacional deu numa enorme febre laranja, talvez síntese entre a febre amarela do entreguismo ultramarino e o vermelho do marxismo constitucional.
Daimler Freeline, nº de frota 75, na carreira 13, Terreiro do Paço, 1972.
Jean-Henri Manara, in Portugal (Flickr).
Daimler Fleetline na carreira 8, Martim Moniz, 1972.
Jean-Henri Manara, in Portugal (Flickr).
Daimler Fleetline, n.º de frota 815, com a pintura verde original dos autocarros da Carris, Martim Moniz, 1972.
Jean-Henri Manara, in Portugal (Flickr).
Hoje vinha em manchete num desses diários brasileiros que se publicam em Lisboa a notícia de ir o Estado comprar quarenta e tal carros «a diesel». Não descortino tal coisa como notícia senão pelo pavoroso sacrilégio contra o aquecimento golbal e as alterações climárticas. Ou isso ou piada de primeira página ao ministro dessas fezes féses que nos evangeliza para nos só transportarmos a pilhas.
Rua da Palma, cruzamento da Rua de S. Lázaro, 1972.
Jean-Henri Manara, in Portugal (Flickr).
A.E.C. Regent V, de 1964, n.º de frota 653, com 2.ª modalidade de pintura verde da Carris, L. Anunciada, 1972.
Jean-Henri Manara, in Portugal (Flickr).
Ascensor do Lavra, Torel (prox.), 1972.
Jean-Henri Manara, in Portugal (Flickr).
Daimler Fleetline n.º de frota 842 com 2.ª modalidade de pintura verde da Carris, Rossio, 1972.
Jean-Henri Manara, in Portugal (Flickr).
E Tudo o Vento Levou esteve em reposição no cinema Condes de 21 de Julho a 22 de Setembro de 1972.
Elevador da Glória, Restauradores, 1972.
Jean-Henri Manara, in Portugal (Flickr).
E tudo o vento levou…
Como dizia a velha Hermínia no anúncio: — À saúde do nosso Manel e da nossa Alzira qu' andam lá fora a lutar p'la vida. E que não se esqueçam de levar uma garrafinha de Macieira, p'ra matar saudades de nossa terra.
Ora, Manéis ainda vai havendo, mas Alziras nem com naftalina. Foi um ar que lhes deu. Tudo isto é do tempo em que a publicidade não afrontava e grafitos eram impensáveis.
«Macieira», Calçada da Glória, 1972.
Jean-Henri Manara, in Portugal (Flickr).
Lisboa [i.é, a Carris] encomenda 40 autocarros de motor atrás.
Dum total de 66 Daimlers da encomenda para Lisboa, 40 são Daimler Fleetlines com motor traseiro, os primeiros com motor à retaguarda a serem postos ao serviço pela Lisbon Electric Tramways, Ltd. [i.é, a Carris].
Diz que tinham problemas de aquecimento (ou arrefecimento, que dá no mesmo).
(Bus and Coach, Jul. 1967, in Biblioteca de Wood.)
Dailmer Fleetline, Rotunda, [no tempo em que a S.A.A./S.A.L. tinha cores sóbrias…]
A. n/ id.
Cagagésimo de segundo – intervalo de tempo, inferior ao segundo, que em Portugal identifica o tempo decorrido entre o aparecimento da luz verde do semáforo e a irritante buzinadela do carro que se encontra à nossa retaguarda.
Eduardo Alexandre Viegas Ferreira de Almeida, «"Lenha" em Nhamarroi», in Quarenta Anos de Aviação, Martins & Irmão (impressor), 1995, pp. 152.
Semáforos, Avenida, 1930 ante 1/6/1928.
Ferreira da Cunha, in archivo photographico da C.M.L.
A montanha parace indicar a quinta da dita, ou a da Bela Vista, sobranceiras à Estrada de Sacavém, por alturas da Quinta dos Poiaes Vermelhos ou assim…
Saloia a cavalo no macho e damas em passeio, Estrada de Sacavém [?], Belle époque.
Paulo Guedes, in archivo photographico da C.M.L.
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