SEDA, Amanhã é Sempre Longe Demais (Rádio Macau)
Boa noite!
Trindade, Porto, 1977-78
© Migu Schneeberger, in Portugal Velho.
Gunhilda Carlinga, Dancing Queen (Abba) à moda dos anos 1920.
(Jukebox pós-moderna)
Robyn Adele Anderson & Dave Koz, Careless Whisper (Wham!) à moda dos anos 30.
Pontualmente Atrasado (Reino Unido, 1986)
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T.A.P.: 1.º Curso de Assistentes, Aeroporto da Portela, 1947.
Helena Calafate, Natália, [?], Mrs. Summers (instrutora), Ana Duarte, Françoise, Ruby, [?].
Esp. do C.te Amado da Cunha; col. do Sr. Ant.º Fernandes.
(D.R., I Série, 27/4/2019)
A assembleia regional da Madeira resolveu reconhecer um órgão de soberania dum Estado soberano. E se resolver declarar-lhe guerra?
Super Constellation. Painel do mecânico de voo a ser vigiado em viagem (Mec. de voo Serra Afonso e Luís), s.l., 1958.
Fotografia: autor n/ ident. Esp. do C.te Amado da Cunha; col. do Sr. Ant.º Fernandes.
Original em p/b animado via ColouriseSG por sugestão do benévolo leitor B.H.
[…] Findas as aulas teóricas, as muitas sessões de simulador e o Voo Base (voos de instrução, sem passageiros) fomos finalmente para a Linha, com passageiros e tudo mas assistidos por um Comandante encartado. Desses voos assistidos em linha por outro Comandante, antes de eu ser largado, lembro-me principalmente dos dois primeiros.
O primeiro de todos, um Lisboa-Genève-Zurique, com o Comandante Queirós. No dia 6 de Abril de 1977 no CS-TBK. E lembro-me porque sendo o primeiro voo de todos como Comandante, embora asistido, o controlador suíço de Genève resolveu mudar a pista no último instante e consciente da quase impossibilidade de uma aterragem segura naquelas condições me ter até perguntado:
— Você consegue?...
Com a minha nenhuma experiência em Comando e naquele avião (era o 1.º voo e com a responsabilidade de ter a cabina cheia de passageiros, que nunca sabem o que está prestes a acontecer...) fiquei mudo aqueles milésimos de segundo que parecem sempre uma eternidade, sem saber o que lhe responder…
O Queirós disse-me rapidamente que sim, eu podia e assim aceitei a rasteira do controlador. Mas o Queirós ensinou-me como fazer, sentado na cadeira atrás de mim:
— Reduz toda a potência, já! Trem em baixo! Não desças! Deixa a velocidade cair! Flaps todos em baixo! Aterra agora… E lá passei eu aquela montanha entre Lyon e Genève com enorme razão de descida em direcção à pista mesmo em frente, a querer desaparecer-me debaixo do nariz do avião…
Mas fiz uma boa e segura aterragem.
Já na Placa do Aeroporto o Queirós ensinou-me mais uma coisa:
— Da próxima vez quando ele te perguntar se és capaz, responde-lhe: — Eu não e você?!
Obrigado, Queirós, lá onde estiveres!Cte. Cavaleiro, «Aviões que voei. Eu e o Boeing 727, na TAP», in Rio dos Bons Sinais, 2/11/2014.
B727, CS-TBK, «Açores», Aeroporto da Portela, 1979
© Stefan Roherich, in Jet Photos.
« Não, homem da rua que me leres. Ao passares pelo monumento que exalta a memória do grande capitão que foi Fernão de Magalhães, não voltes a cara com desprezo. Porque aquele bronze não representa apenas uma homenagem do Chile a um grande navegador que, «atraiçoando Portugal», se teria limitado ao descobrimento das costas da América do Sul. Aquela figura simbólica sintetiza feitos como o de Gama, aliados aos de Albuquerque, os quais não interessaram só à Espanha mas assombraram o Mundo, com uma travessia oceânica, «cúmulo de energia e arrojo». Para lhe abrir com a sua esquadra o caminho do seu «Mar del Sul», e lá descobrir «tierras e islas», foi preciso lutar, com braço e alma de aço, contra uma rebelião dos companheiros espanhóis, realizando depois a parte mais longa e mais árdua da viagem à volta do Mundo.
[…]
Pois nada disto impediu historiadores de tentarem diminuir o feito pessoal do português Magalhães — «façanha que supera todas as proezas de sua época» — escreveu Stefan Zweig — a fim de disfarçar a oposição levantada pelos oficiais da frota na busca de uma passagem para oeste do Atlântico, a ponto de a maior das naus ter desertado para Espanha! E tanto que, quando depois, pela chegada lá da «Victoria», se soube a verdade, os autênticos traidores nem foram punidos pelas suas calúnias contra o heróico capitão-mor.
[…]
Certo, o papel de quem levou a «Victoria» a Espanha, por caminho já muito trilhado por outros mareantes, foi na verdade secundário, se o compararmos com aquele desempenhado por Magalhães. Porque este, chefe e navegador, tendo vencido elementos e homens, acabou perdendo a vida em luta pela Espanha. O que por ela não foi exaltado, só para evitar que o sucesso da mais difícil parte da viagem, chefiada por Magalhães, pudesse recair sobre um não espanhol.
[...]
Assim, na sua famosa navegação, escasso de recursos, explorando um nova [sic] canal, e cortando um desconhecido oceano, longe de nos «atraiçoar», abrindo aos rivais espanhóis os portos orientais, aquele audacioso chefe de bronze, que foi Magalhães, queimando a sua vida, até nos ampliou o Brasil. E devemos orgulhar-nos de que também tivesse sido português o primeiro capitão-do-mar a passar com uma esquadra do Atlântico para o Pacífico, como já foram portugueses aqueles que o fizeram para o oceano Índico.Tal é o elevado conceito que, quando for gravado na base do Monumento, concretizará a incontestável glória da figura mundial, que foi o navegador português Fernão de Magalhães!»
Gago Coutinho (Almirante), A Náutica dos Descobrimentos, vol. II, Agência-Geral do Ultramar, Lisboa, 1969, pp. 119-135 passim.
Inauguração da estátua de Fernão de Magalhães, Praça do Chile, 1950.
Judah Benoliel, in archivo photographico da C.M.L.
Ou abertura da Av. do Infante Santo, para os mais modernos.
Cova da Moura, Pampulha, 1949.
Roiz, in archivo photographico da C.M.L.
Um baixo, uma pianola e uma caixa de ritmos nutridos a electricidade.
Como andar de bicicleta, nunca se esquece.
Orchestral Manœuvres in the Dark – Electricity
Loja de bicicletas de Mellow Johnny, Austin, Texas, 2011.
Da demolição resultou a ligação da Av. Cinco de Outubro com o Saldanha. O Teatro Monumental erguer-se-ia no [segundo] lote seguinte ao segundo prédio à direita.
Colégio Normal de Lisboa (antigo Palácio Camarido) e Av. da Praia da Vitória em construção, Lisboa, 1945.
Roiz, in Arquivo Fotográfico da C.M.L.
Aqui brotará o Teatro Monumental. O autêntico.
Este troço da antiga Estrada das Picoas, entre a actual Rua Eng.º Vieira da Silva e a actual Rua das Picoas, desapareceu debaixo do Teatro Monumental.
O Colégio Normal de Lisboa situava-se no que estava dos jardins do Palácio Camarido, cujos domínios se estendiam ao Campo Pequeno no séc. XIX, antes de se rasgarem neles a Av. Ressano Garcia (ou da República) e boa parte das as avenidas novas.
Demolição do troço da Rua das Picoas ante o Colégio Normal de Lisboa (antigo Palácio Camarido), Picoas, 1945.
Roiz, in Arquivo Fotográfico da C.M.L.
Aqui brotará o Teatro Monumental. O autêntico. O Colégio Normal de Lisboa situava-se no que estava dos jardins do Palácio Camarido, cujos domínios se estendiam ao Campo Pequeno no séc. XIX, antes de se rasgarem neles a Av. Ressano Garcia (ou da República) e boa parte das as avenidas novas.
Demolição do Colégio Normal de Lisboa (Palácio Camarido), Picoas (=Saldanha), 1945.
Roiz, in Arquivo Fotográfico da C.M.L.
Nos anos 80 já não havia variedades.
Estávamos ali a acabar de jantar…
A dada altura ouvi dizer que as espanholas depois de certa idade começaram a ficar louras. Estávamos ali a acabar de jantar e… O cabelo da senhora está louro. Louro escuro. Golden Brown, ocorreu-me.
E lembrou-me a cantiga, que não tem nada que ver.
Stranglers, Golden Brown.
Top of the Pops, 1982.
Enquanto os juízes assam nas fogueiras da inquisição da violência doméstica e só os padres chispam nos fogaréus mediáticos por causa da pederastia, essoutros recreiam-se nas escolas como raposas no galinheiro.
Bem disse alguém quando esta porcaria começou a cheirar em demasia:
— O que eles querem é chegar aos meninos…
(I, 14/III/19.)
Quanto custaria uma passagem aérea da Beira para Lisboa em Abril de 1974? E a que horas foi a partida do voo LUM/BEW/LAD/LIS em 27 de Abril de 1974?
Voe na TAP — Transportes Aéreos Portugueses. Visite Moçambique, T.A.P., c. 1970.
Cartaz da TAP apanhado no Pinterest.
(*) Pregunta e não pergunta, justamente!...
Uma imagem que pode resumir Lisboa no séc. XX: eléctrico, táxi Ponton, roupa estendida e campanário (Santa Cruz do Castelo).
O Renault 5 era a prosperidade contida dos 4,9 aos 100 [ou talvez ainda não; a matrícula parece-me francesa].
Lisboa, Escolas Gerais, 1972.
Jean-Henri Manara, in Portugal (Flickr).
(Revisto às 25 para as 2h00.)
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Apartado 53
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