Heart, Stairway to Heaven
(Centro Kennedy, 2012)
Estação de Caminho de Ferro, Lourenço Marques, 1973.
Jorge Woods, in Flickr.
Caminhos de Ferro de Moçambique, 331, Lourenço Marques, 1973.
Jorge Woods, in Flickr.
Ferradosa, Douro, 1974.
Jorge Woods, in Flickr.
Panorama, n.º 35, 1948, in Hemerotheca Digital..
Quando as latas de conserva se abriam com chave e os anúncios publicitários eram de bom gosto.
Gravura de Marques, Panorama, n.º 28, 1946 (contracapa).
In Hemerotheca Digital..
(M. Novaes, Lisboa, 1947. In Panorama)
Vinte e oito Comunicações dirigiu ao pessoal a Comissão Administrativa, que desde 8 de Maio tomou conta dos destinos da TAP. A datada de 16 deste mês [de Julho de 1974], dá conta do seu pedido de demissão à Junta de Salvação Nacional.
InterTAP; jornal do e para o pessoal, n.º 3, 1/VIII/1974.
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Com o 25 de Abril grande acidente nacional, o título Inter TAP foi recuperado pela TAP. Enfàticamente lhe foi então aposto o subtítulo jornal de e para o pessoal. Parece que a primeira série o não era, segundo o entendimento que brotou do estouro da cloaca márxima em Abril de 74; mesmo lendo-se logo no editorial do n.º 1, de 1962:
O Inter-TAP está aberto a todos. Mais: precisa de todos. De todos os que quiserem escrever, falar das inovações dos seus serviços, apresentar ideias novas. Escrevam-nos, pois, da sede, da Portela, de Londres ou de Luanda, da Beira ou do Porto, para INTER-TAP, Lisboa.
Da melhoria do aspecto gráfico do periódico pode o leitor aferir confrontando o número que aqui publico com alguns números da 1.ª série que me parece se interrompeu em 1971. Do conteúdo também. A T.A.P. foi e é um pouco o espelho do país; daí não poder estranhar o benévolo leitor o pugresso nacional em artigos de teor altamente nutritivo e título social-gongórico como as «Relações Humanas na Empresa (Introdução à Psicossociologia do Trabalho)» que se estende a quatro colunas pelas páginas 3, 4, 10, e 11. — O jornal tinha 12 páginas! — O apôsto do e para o pessoal era mais ou menos ⅓ do espaço do jornal; ao modo já daquela dinamização cultural que quis colectivizar a farramenta do trabalhador. Isto quando pelo resto deste Inter TAP; jornal do e para o pessoal se entreviam apelos como «Vamos trabalhar?» ou um outro de pendor mais classicista (e daí talvez tido por fascista), «Primo vivere», cujo autor vinha dos primórdios da Companhia (1946) e que terminava sintomàticamente assim: recordemos que hoje, como há 2 mil anos, a sabedoria romana tem a mesma actualidade: «Primo vivere! deinde philosophare!…
Falai-me de gastar latim…
Pois bem, o que mais se aprende na filosofia deste Inter TAP renovado do e para pessoal é a dança do… pessoal: a começar pela demissão da Comissão Administrativa nomeada pela Junta de Salvação Nacional em 7 de Maio de 1974 para substituir o exonerado Conselho de Administração que vinha do fascismo (fascista, portanto); a nomeação de novos directores regionais para a Europa, América do Norte e América do Sul, inclusivè a substituição do Representante nos Estados Unidos, Mário Félix, que tão louvado fôra no primeiro número deste novo Inter TAP, de e para o pessoal, publicado em 31 de Maio, por divulgar na América os novos e felizes amanhãs que haviam começado a cantar em Portugal, e cujo labor dera esta montra na Representação da T.A.P. em Nova Iorque.
De nada lhe serviu tão prestimoso trautear do canto…
Estas circunstâncias da vida da T.A.P. então, em que nunca houvera tempo melhor em Portugal, eram ainda manifestas como se nada fosse na legenda daquela fotografia na 1.ª página referindo que o novo sistema de reservas e controlo de partidas TAPMATIC devia ter entrado em funcionamento no próprio dia 25 de Abril do grande acidente nacional, mas que, não entrou; nem havia mais notícia neste número de 31 de Agosto de que o tal sistema de reservas TAPMATIC tivesse entretanto entrado a funcionar desde aquela manhã em que os cravos raiaram em cantoria…
Era a T.A.P., como o país, enfim, a funcionar com gralhas. Assim o vemos neste Inter TAP; jornal de e para o pessoal e que neste número eram com o maior descaso assinaladas (as gralhas) como notícia de 1.ª… à última página!…
Jornal da colecção do Sr. Ant.º Fernandes. Prima a 1.ª página acima para ler o jornal completo em .pdf .
(*) Aguardo com expectaviva a reacção das bruxas que enfeitiçaram a 1.ª edição deste verbete.
Adenda em 3/IX: o TAPMATIC iniciou a sua função em Abril passado, lê-se no InterTAP — Edição Diária Extra, n.º 1, 17/VIII/1974 (sucedâneo diário da prosa que gralhava mensalmente no novo InterTAP do e para o pessoal ). Um jornalinho por mês do e para o pessoal era curto…
Fica a correcção à notícia, que é um facto histórico.
José Hermano Saraiva, A cova da Beira
(Horizontes da Memória, R.T.P., 24/VIII/1997)
Por Despacho do Governo, todo o melão que se sinta meloa pode livremente usar o balneário ou a latrina escolar com que se identifique.
Soro rectinol adaptado do «meloal» da rede em conformidade com o Diário da República.
Parar a aplicação em caso de rubor ou irritação.
Evitar o contacto com os olhos.
Não deixar ao alcance das crianças.
Algarve — © 2018
A gente não acredita, mas que há bruxas, há.
(Imagem da darque-nete)
Vinte e oito Comunicações dirigiu ao pessoal a Comissão Administrativa, que desde 8 [i.é, 7] de Maio tomou conta dos destinos da TAP. A datada de 16 deste mês [de Julho de 1974], dá conta do seu pedido de demissão à Junta de Salvação Nacional.
InterTAP; jornal do e para o pessoal, n.º 3, 1/VIII/1974.*
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Com o 25 de Abril grande acidente nacional, o título Inter TAP foi recuperado pela TAP. Enfàticamente lhe foi então aposto o subtítulo jornal de e para o pessoal. Parece que a primeira série não o era, segundo o entendimento que brotou do estouro da cloaca márxima em Abril de 74; mesmo lendo-se logo no editorial do n.º 1, de 1962: O Inter-TAP está aberto a todos. Mais: precisa de todos. De todos os que quiserem escrever, falar das inovações dos seus serviços, apresentar ideias novas. Escrevam-nos, pois, da sede, da Portela, de Londres ou de Luanda, da Beira ou do Porto, para INTER-TAP, Lisboa.
<a class="blog-img-link" title="Jornal InterTAP, n.º 3, 1/VIII/1974 (Col. do Sr. Ant.ÂÃâ€ÅÃââ&
Vice-Rainha do Ar 1971, M.ª Teresa Monteiro de Oliveira, de noiva minhota, (ler na página 20).
Inter TAP, n.º 32, 1.º Trim. 1971, in Hemerotheca Digital.
(Prima a imagem para ver a revista em .pdf)
Inglês de Praia, Algarve — © 2019
Praia vai com toda a naturalidade em inglês (atenção à subtileza da pronúncia…) A sintaxe também já só vai em inglês. Naturalmente, café, como vai escrito — com acento — não há-de ser senão inglês…
O inglês redigido em Portugal leva acentos porque considerando o natural descaso do indígena do Barril pelo seu idioma e a sua ainda mais natural afeição ao estrangeiro, aquele café é inglês, mas não com acento português. O acento é mas é à francesa.
Chic a valer!
Um título como este aqui, da «Mulher Ideal Portuguesa de 1969» é dos que fazem espumar hoje em dia, cinquenta anos volvidos, qualquer esquerdóide e qualquera esquerdoida.
Compreende-se. É o pugresso.
O pugresso que não entrava cá nos anos de sombra, do fassismo (dos vestidos cintados e abaixo do joelho), da ditadura Salazar/Caetano, do obscurantismo, do machismo retrógrado que fazia do homem chefe-de-família e da mulher fada-do-lar, mas que irrompeu da cloaca márxima logo que ela rebentou em libardade na Primavera de 74.
Do pugresso dessa irrigação de esgoto veio finalmente a frutificar a coltura de E.T.A.R. que cai de madura hoje das rádios e das TV e se faz lei mental (leia-se, doutrinária) nos aviários escolares, da creche à universidade. Com isto vem, pois, a mulher ideal portuguesa em 2019 a ser a mulher por quotas, a mulher cuja igualdade de género faz engrossar o P.I.B. (salvo no dia de S. João de Deus 8 de Março), a mulher vítima doméstica exclusiva (apesar da igualdade de género), a mulher pública e mediàticamente incensada (salvos os piropos), a mulher grávida de esperança como anunciava já a Amélia dos Olhos Doces, mas agora prenhe com barriga de aluguer…
Tudo isto é pugresso.
Sobra o caso da notícia da Mulher Ideal Portuguesa de 1969, a Assistente de Bordo da TAP Georgina: ela ficou em 2.º lugar no concurso da Mulher Ideal da Europa de 1969, realizado em Itália. Nenhum destes lugares, a Europa e a Itália, era obscurantista como Portugal em 1969.
Ou era?
Notícia: Inter TAP, n.º 26, Jul.-Set. 1969, p. 18.
Revisto às 5 para as 10 da noite.
José Hermano Saraiva, Passeios ao pé da porta
(Horizontes da Memória, R.T.P., 17/VIII/1997)
Telejornal do meio-dia, Radiotelevisão Portuguesa, 15/VIII/2019
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