Segunda-feira, 31 de Agosto de 2020

Camillo, Maria da Fonte

Camillo Castello Branco, «Maria da Fonte», Porto, Civilisação, 1885

« É impossível ler o livro sem espirrar aqui e ali frouxos de riso (expressão bem camiliana) à custa das bordoadas com que Camilo deslomba (outra expressão bem camiliana) o padre Casimiro. A técnica usada é bem ao jeito do nosso polemista e deu bons resultados em ocasiões anteriores: reduzir os dislates do adversário a estilhaços e brincar depois com eles, por vezes quase até à crueldade.»
(Pires Cabral, in Casa de Camillo)

 Mas Camillo não deslomba bordoadas só no padre Casimiro. Chamorros, setembristas, caciques, povo e políticos em geral vão todos a eito pela pena mordaz de Camillo. A prosa é da melhor, a ironia e o sarcasmo sem igual. A leitura é entusiasmante. Camillo é insuperável de ironia, de estilo, de informes. Cru na descrição da mulher e homem minhotos, dos caracteres psicológicos populares e das suas maneiras de vida, e contudo elegante e vivaz. — Confronta-se com Oliveira Martins, que faz uma descrição mitificada e poética das minhotas, e supera-o pela maior crueza no retrato.

 Oliveira Martins para insinuar-nos ethnicamente a comprehensão da indole varonil, intrepida, das mulheres do Minho, symbolisadas na valentia de uma, escreve paginas elegantissimas: «No Minho, como em todas as regioens de stirpe celtica a mulher governa a caza e o marido; excede o homem em audacia, em manha, em força; lavra o campo, e jornadéa com a carrada do milho á frente dos boisinhos louros. Requestada em môça nos arraiaes e romarias pelos rapazes que a namoram, conversando-a com as suas caras rapadas, basta vêr um d'esses grupos para descobrir onde está a acção e a vida: se no olhar alegre, quase ironico da môça garrida, luzente de ouro, se na molle physionomia do rapaz, abordoado ao cajado, contemplativo, submisso, como deante de um idolo... Quando se cazam, as môças conhecem o valor do dote que levam, e os casamentos são negocios que ellas em pessoa debatem e combinam. Não é uma esposa, quase uma serva que entra no poder do marido, á moda semita que se infiltrou nos costumes do sul do reino: é uma companheira e associada em que o espirito pratico domina sobre a mollesa constitucional do homem desprovido de uma intelligencia viva. A mulher parece homem; e nos attritos da dura vida de pequenos proprietarios, quase mendigos, se as colheitas escasseiam, cercados de numerosos filhos, apagam-se as lembranças nubelosamente doiradas da luz dos amores da mocidade, e fica do antigo idolo um rudo trabalhador musculoso, com a pelle tostada dos soes e geadas, os pés e as mãos coreaceos das ceifas e do andar descalça ou em soccos nos caminhos pedregosos ou sobre a bouça de urzes espinhosas. Não se lhe falle então em coizas mais ou menos poeticas: já nem percebe as cantigas da mocidade no desfolhar dos milhos! A vida cruel ensinou-a: é pratica, positiva, dura. Odeia tudo, que não sôa e tine, e tem um culto unico — o seu chão. Vae á egreja e venera o «Senhor abbade» mas com os idyllios da mocidade a sua religião perdeu a poesia: ficou apenas um secco rosario de superstiçoens, funda, tenazmente arraigadas. Ai de quem lhe bolir ou nos interesses ou no culto! ou na egreja ou no chãosinho!... O sentimento innato da rebeldia (que não deve confundir-se com a independencia) . . . existe no minhoto — com o lastro de presumpção e manhas d'onde sahem os nossos palradores do norte e os astutos emigrantes do Brazil; com a segurança que a vida responsavel e livre de proprietarios, não salariados, lhes dá.»
 Inquestionavelmente, pittorescamente bello; mas, em parte, na ethnographia que affirma a dignidade da mulher minhota, ha ahi pontos de vista involtos nas neblinas prismaticas de uma rica imaginação. A mulher do Minho não rege o marido, nem é arbitra no governo da caza, nem na gerencia dos negocios externos. É uma besta de carga que encontrareis no transito das feiras, vergada sob o pezo dos sacos e dos baileus, em quanto os maridos endomingados se encovam nas tavernas do mercado, ganhando brios para á noite lhes quebrarem os ossos em caza — exercicio auxiliar á digestão do seu verde. Quanto a venerarem o vigario as mulheres, dá-se o caso de o venerarem a elle e mais aos coadjutores, algumas, com excesso, se o abbade e a cleresia circumjacente não tem na bexiga ou nas articulações a pedra e a rheuma que os tornem mais castos que a fantasia de Jocelyn. A devassidão das minhotas, alternada com intermittencias de beaterio quando os missionários urram, tem sido para mim um objectivo de contemplaçoens de que não pude ainda attingir o gráo de alienação mental a que pode levar a estupidez. Os solteiros acceitam, sem biocos de honra, as mulheres infamadas que lhes estimulam o cio ou o interesse. O brazileiro, o argentario que fechou a loja nas extinctas Congostas, deshonra e dota raparigas com uma quantia sabida; de modo que os candidatos á dotada disputam a páo de choupa o gôso legitimo da moça habilitada para noiva. O snr. Oliveira Martins, depois das duas paginas transcriptas, está comigo com uma condescendencia que me regala. Diz o eminente critico: «Mas o minhoto, naturalista, não é susceptível nos peccados da carne: fraquezas humanas! Muitas, muitas raparigas casam sem ser virgens, e isso, apezar de sabido não escandalisa.» Com certeza, não; e eu mesmo me appresso a declarar que não pretendo que a rubidez do meu pudor vá purpurejar as faces candidas de quem mele, nem levante ahi a celeuma dos peitos indignados pela libertinagem do Minho. O que eu pretendo é demonstrar que a sublevação da gentalha da Povoa e de Vieira não promanou de nenhum sentimento nobre de rebeldia ou reacção ás exacções cabralistas: foi suggestão de um ou dois conegos setembristas, influentes em alguns padres que veremos figurar nas paginas d'este livro.

Camillo Castello Branco, Maria da Fonte, 2.ª ed., Porto, Chardron, 1901, pp. 48 e ss.

 Na última parte Camillo toma partido dos maçons; enumera todos os que ressoam nomes nessas avenidas novas em Lisboa e… compara-os aos miguelistas. Mais pessimista que ímpio, critica o padre deslombando-o e ao seu opúsculo. Assim, por 120 páginas do padre escreve Camillo 300. Desfastio seu. E nosso, pela vivacidade mordaz da prosa que podemos ler.

 

(Volume encadernado dum leilão da Ecléctica.)

Escrito com Bic Laranja às 15:30
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Sexta-feira, 28 de Agosto de 2020

A farmácia ainda por lá está, pouco mais ou menos…

Na fachada mutilada do andar da c/v.

Avenida de Roma, 53, Lisboa (M. Novais, c. 1950)
Avenida de Roma, 53, Lisboa, c. 1950
M. Novais, in bibliotheca d'Arte da F.C.G.

Escrito com Bic Laranja às 11:38
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Quinta-feira, 27 de Agosto de 2020

Estrada do Penedo depois de…

Estr. do Penedo, Montes Claros (H. Novais, 194…)
Montes Claros, Monsanto 194…
Horácio de Novais, in bibliotheca d' Arte da F.C.G.

Depois de 180 000 covas e 130 000 árvores.

Escrito com Bic Laranja às 15:15
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Montes Claros antes dos ciprestes

Montes Claros, Monsanto (H. Novais, 194…)
Montes Claros, Monsanto 194…
Horácio de Novais, in bibliotheca d' Arte da F.C.G.

Escrito com Bic Laranja às 15:11
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Segunda-feira, 24 de Agosto de 2020

T.A.P. neo-retro



A T.A.P. vai voltar ao passado com um avião de médio curso. Um A321. Futuro CS-TJR?

Escrito com Bic Laranja às 15:30
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Domingo, 23 de Agosto de 2020

Super Maxi…

 Num tempo menos superlativo, hiper era exagero inusitado; mega, grandeza pouco ligada a vulgaridadesSuper era o máximo que havia…
 Havia e há. Comprei de manhã uma caixa de 9 [6, digo] num super ali em baixo e, a senhora já comeu um. Eu outro.



 Super Maxi; um cão com 44, 45 anos, censurado nos monstruários da Olá.
 Adeus!

Escrito com Bic Laranja às 15:36
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Os médicos ou os enfermeiros não vão?!

Escrito com Bic Laranja às 09:00
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A Ilha do «geocache»

Robert L. Stevenson, «A Ilha do Tesouro», [s.n.], Queluz, D.L. 1972

(Livrinho infanto-juvenil da colecção da Biblioteca Fruto Real noacervo da Santa Nostalgia.)

Escrito com Bic Laranja às 08:00
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Sábado, 22 de Agosto de 2020

Uma espécie de Pampilhosa dos tempos modernos

Pampilhosa da Serra conclui segunda fase de implementação da rede geocaching, Observador, 22/08/20

 Diz a seguir a notícia que o «geocaching» é uma espécie de caça ao tesouro dos tempos modernos.
 Não há nada como o progresso sem se sair da infância.

Escrito com Bic Laranja às 11:25
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Sexta-feira, 21 de Agosto de 2020

Batalhas e Combates da Marinha Portuguesa (1139-1521)

Saturnino Monteiro, «Batalhas e Combates da Marinha Portuguesa (1139-1521), vol. I, 1.ª ed., Sá da Costa, Lisboa, 1989»

 Este I vol. começa na armada de D. Fuas no tempo D. Afonso Henriques e termina na batalha de Chaul em 1521-22. Comprei-o na Feira do Livro de 2003 a um décimo do preço, salvo êrro; uma promoção para motivar o leitor e interessá-lo para os restantes vols.? Li-o então até ao comêço dos feitos da Índia e, guardei essa melhor parte para ao depois. Só que, ficou esquecido até há dias. (Entre tanto a editora faliu… — Já Portugal, acabara antes, num grande acidente nacional…) A linguagem é clara e as descrições das batalhas e dos combates são ilustradas por mapas, o que torna a leitura agradável e mais esclarecida. Essencial para lembrar ao futuro da fibra dos portugueses de antigamente.

Escrito com Bic Laranja às 10:47
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Quinta-feira, 20 de Agosto de 2020

Notícia de cara destapada de quando havia terroristas árabes

«O atentado de Munique», Diário de Lisbôa, 13/II/1970, p. 9

«O atentado de Munique», in Diário de Lisboa, 13/II/1970.
(Recorte ajeitado duma fotocópia subsidiada da Fundação do irmão do dr. Tertuliano.)

Escrito com Bic Laranja às 17:21
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Notícia de quando havia notícias de ciganos

«Uma cigana ladina…», Diario de Lisbôa, 3/IX/1948
«Uma cigana ladina e um sonho desfeito», in Diario de Lisbôa, 3/IX/1948.
(Recorte ajeitado duma fotocópia subsidiada da Fundação do irmão do dr. Tertuliano.)

Escrito com Bic Laranja às 17:00
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Domingo, 16 de Agosto de 2020

Se haviam excepções, já não hão…

«Marta Temido garante que não vão haver excepções para a Festa do Avante», Observidor [isso mesmo], 12/VIII/20


 Um solecismo mais e mais vulgar (só no Observador, caramba!…) Tal como com «há» por «havia» vão rareando ouvidos comtemporâneos capazes de se arrepiar com a aberração sintáctica.
 O verbo «haver» com sentido de «existir», usa-se de modo impessoal, logo, na 3.ª pess. do sing. (v.g. há pessoas, há coisas, há festas, há excepções e não hão pessoas, &c.... Já em 1947 nos explicava Vasco Botelho de Amaral:

« Note-se igualmente que vão também para o singular os verbos que antecedem haver, tais como deixar, dever, começar, poder: deixa de haver festas, e não deixam de haver festas; deve haver boas-vontades, e não devem haver; começa a haver descontentes, mas não começam a haver descontentes; pode haver excepções, e não podem haver excepções.»

Vasco Botelho de Amaral, Glossário Crítico de Dificuldades do Idioma Português, Domingos Barreira, Porto, 1947, p. 574.)

Escrito com Bic Laranja às 11:58
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Sexta-feira, 14 de Agosto de 2020

Batalha ao fundo

Estrada nacional ?, Batalha (M. Novais, s.d.)
Estrada Nacional ?, Batalha, s.d.
Mário de Novais, in Bibliotheca d' Arte da F.C.G.

Escrito com Bic Laranja às 20:11
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Domingo, 9 de Agosto de 2020

Publicismo inane

Rita Cipriano, «», in Observador, 8/VIII/20

 

 Todos os dias o Observidor (isso mesmo) vem com histórias e ritas ciprianas lá dentro adonde o presente se cruza com a païsagem e o passado se remistura para se ao depois perder.

 De Campilho conhecia a água gasosa…

Escrito com Bic Laranja às 12:37
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Sexta-feira, 7 de Agosto de 2020

Arquitectura post moderna em sentido lato

 A arquitectura post moderna tem mais que se lhe diga…
 Em 30 Dezembro de 1974 a rua com que confronta o Instituto Superior Técnico pelo Poente deixou de se chamar Rua General Sinel de Cordes para a crismarem Rua Alves Redol, um comunista. Dizem os anais do município que foi da «necessidade de eliminação dos nomes afrontosos para a população, pela sua última ligação ao antigo regime» [i.é Estado Novo e Ditadura Militar numa amálgama; não confundir com a Idade Moderna da historiografia].
 O comunismo não tem mais que se lhe diga.

Rua Sinel de Cordes, de trás do Técnico, Lisboa (M. Novais, 196…)
Rua General Sinel de Cordes, Lisboa, c. 1960.
Mário de Novais, in Bibliotheca d'Arte da F.C.G.

Escrito com Bic Laranja às 23:05
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Quarta-feira, 5 de Agosto de 2020

Vista do progresso tirada do lado do manicómio

Blocos da Av. do Brasil, Lisboa (M. Novaes, 196…)
Blocos de Jorge Segurado na Av. do Brasil, Lisboa, 196…
Mário de Novaes, in Bibliotheca d' Arte da F.C.G.

Escrito com Bic Laranja às 12:35
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Terça-feira, 4 de Agosto de 2020

A Fruta do Pali Babá…

 … e Talho.
 Não confundir com a gruta do Ali Babá nem com a antiga Alfaiataria do Chile.

 

Lugar da antiga Alfaiataria do Chile — Rua Morais Soares, 162, Lisboa — © 2020
Fruta do Pali Babá, S. Jorge de Arroios — © 2020


 Aqui foi Portugal.

Escrito com Bic Laranja às 19:01
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Sábado, 1 de Agosto de 2020

A casa


Rodrigo Leão - A casa

Escrito com Bic Laranja às 14:30
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