Há coisas que se não explicam. Ou explicam?
Com esta interdição de se os comuns deslocarem dum concelho a outro, a par da fronteira internacional aberta, temos que eu posso ir de Elvas a Badajoz, mas de Elvas ao Alandroal já não.
Isto tem graça.
E da Graça, bem, pode sempre ir-se aos Prazeres; ninguém está livre dele… Calha até ao depois que são no mesmo concelho.
Dos Prazeres à Graça é que, cheira-me, só com algum cheiro de santidade. Quiçá o governo e, especialmente, as senhoras da saúde que velam por nós diariamente desde Março mais ou menos à hora do Terço tenham já o salvo-conduto.
Nós é que, Deus nos valha!
Eléctricos da Graça e dos Prazeres, Rua da Conceição, 1972.
Jean-Henri Manara, in Portugal (Flickr).
Meter água, Lousado, 1974.
Gricer, in Flickr.
Nos anos 80 havia um prédio «vandalizado» na Alameda, em Lisboa, com uma mensagem que dizia
Esteve por lá uns bons dez anos. Exactamente com o mesmo ar de poesia de latrina desta agora, menos o ponto de exclamação… O repúdio então — com aspas ou sem aspas — foi nulo. A única coisa que lhe fizeram foi apagá-la uns dez anos depois quando o prédio veio a ser pintado. Agora anda tudo numa doideira e o Observidor (isso mesmo), sozinho, tem 2 jornaleiros dados ao caso, além do geral da companhia. Parece que há merdas que valem o que valem, e outras que não valem metade. |
Porto (arredores), [s.d.]
Gricer, in Flickr.
A Assistente da T.A.P. M.ª Helena Afonso acolhendo uma criança na escada do Boeing 727 CS-TBM «Algarve», [Portela], 1967-69.
Almeida d' Eça, in Museu da T.A.P.
Terá bufado as 5 velinhas de focinheira?
De acordo com os dados de vigilância de mortalidade do Ministério da Saúde, no mês de Outubro, até dia 21, morreram 258 pessoas com Covid-19; e morreram 6 397 pessoas por outras causas. Desde o início do ano, morreram 95 020 pessoas no total, 2 229 com Covid-19 (2,3%). Desde que a pandemia chegou a Portugal, que a mortalidade tem estado, mensalmente, acima da média dos últimos dez anos e essa diferença não se justifica com os dados de mortalidade da Covid-19 […]
É a Covid-19 ou [são] as próprias medidas tomadas para responder à pandemia?Nuno Poças, «(Con)finados», in Observador, 26/X/20.
Guarda de 1.ª — Dir. dos Serv. de Salubridade do Município de Lisboa, Cemitério do Alto de São João, 1944.
António Passaporte, in archivo photographico da C.M.L.
Trindade, Porto, 1974.
Gricer, in Flickr.
Partida molhada para Barca de Alva, Régua, [s.d.]
Gricer, in Flickr.
Linha de Guimarães, Senhora da Hora, 1974.
Filho da C.P., in Flickr.
Linha de Guimarães, Senhora da Hora, 1974.
Filho da C.P., in Flickr.
Quintal da antiga casa do Dr. Anastácio Gonçalves, Picoas, post 1971.
Estúdio de Mário Novais, in bibliotheca d'Arte da F.C.G.
Hoje nem isso.
Semelhantemente, testes de laboratório em humanos pela vida fora revelaram que havendo a tal escassez de água (ou cerveja), se mija menos.
O afastar possível é certo aproximar. Dizer não para já denuncia logo uma questão de tempo.
Maralha enfocinhada. O governo faz o que quere, os jornais mentem como querem. Cagam-se com medo. Há quem prefira não só fechar os olhos, mas também vergar-se a ambas… É vê-los a passear na rua com o cãozinho e gente a mais de 300 m. Todos de máscara, armados de álcool-gel e mal o telelé toca vão ver se não é uma mensagem do Costa que lhes mandou um código na stawaycovidiana «obrigatória». Que desilusão quando percebem que é apenas o facibúqui, o livro das fuças mascaralhadas. Não tem nada que ver com altruísmo. Tivesse, esta gente estaria a pensar nos que morrem por falta de tratamento em tempo útil. Não está. Simplesmente o vírus deu-lhes o que necessitavam para se sentirem superiores. [*]
Presidente da República, Portugal, 2020.
Ant.º Santos, Lusa brasílica.
[*] Adaptação antológica de comentários blasfemos, in Vítor Cunha «Hipocondria altruísta», Blasfémias, 19/X/2020.
Se a CoViD (*) papou a gripe…
Actividade gripal Gripe 2019/2020, in Observidor [isso mesmo], 19/X/20.
(*) Doença do vírus de coroa (ou do coronavirus), acrónimo do ingrazéu barbaresco Corona Virus Disease. Longe vão os tempos do Síndroma da Imunodeficiência Adquirida — S.I.D.A., não, nunca, A.I.D.S. …
Dionne Warwick, I Say a Little Prayer, [1967]
______
Adenda em 18 de Outubro de 2020 (o ano mais absurdo da História):
O que os humanos dizem, escrevem e fazem e mostram nunca foi tanto. E seu esfumar nunca foi tão veloz. Nada vale grande coisa.
Publicado (com esta ou outra exibição ao vivo, já nem sei qual) em 14 de Dezembro de 2014 às 9h25 da noute.
Saldanha, Lisboa, ante 1969.
Mário Novais, in bibliotheca d' Arte da F.C.G.
Para desenjoar da m… dos tempos de hoje
Adamastor (O)
Apartado 53
Bic Cristal
Blog[o] de Cheiros
Carmo e a Trindade (O)
Chove
Cidade Surpreendente (A)
Corta-Fitas(pub)
Delito de Opinião
Dragoscópio
Eléctricos
Espectador Portuguez (O)
Estado Sentido
Eternas Saudades do Futuro
Fadocravo
Firefox contra o Acordo Ortográfico
Fugas do meu tinteiro
H Gasolim Ultramarino
Ilustração Portuguesa
Lisboa
Lisboa Actual
Lisboa de Antigamente (pub)
Lisboa Desaparecida
Menina Marota
Meu Bazar de Ideias
Paixão por Lisboa
Pena e Espada(pub)
Perspectivas(pub)
Planeta dos Macacos (O)
Pombalinho
Porta da Loja
Porto e não só (Do)
Portugal em Postais Antigos(pub)
Retalhos de Bem-Fica
Restos de Colecção
Rio das Maçãs(pub)
Ruas de Lisboa com Alguma História
Ruinarte(pub)
Santa Nostalgia
Terra das Vacas (Na)
Tradicionalista (O)
Ultramar
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.