Aborrecido e perigoso lá será este Musk (*). Apresentou ele um humano a macaquear-se de robot para anunciar o fabrico dum robot por fabricar que fará, à sua vez, de humano. Uma intrujice aborrecida. Perigosa pelo crédito de génio que lhe os publicistas passam.
(*) Musk = almíscar, s.m., do ár. al misk, do persa mushk (testículo).
[Zool.] Substância de cheiro forte segregada pelo macho do almiscareiro e de outros animais.
Essência preparada com essa substância ou semelhante a ela.
Cheiro dessa substância.
[Bot.] Almiscareira.
(«Almíscar», in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2021 [na rede em 21-08-2021].
* * *
Foi Marco Polo que, nas suas viagens a Caxemira, descobriu o aroma natural do almíscar. Trata-se de um produto extraído da glândula dos machos da espécie cervo-almiscarado, principalmente durante a época de acasalamento. Como o almíscar natural é muito caro, até mais caro que o ouro, a sua produção foi totalmente proibida em 1979. O cervo-almiscarado está agora classificado como uma espécie ameaçada e o almíscar natural é substituído por substâncias sintéticas.
«Perfume de Almíscar», in Notino (sublinhado meu).
Sentados na varanda numa daquelas noites algarvias.
— Que é aquilo?!
Olho e vejo um bicho felpudo caminhando lentamente para nós no meio da varanda. Reaparece-me na ideia o cão piruças da Janja do 2.º, a neta da vizinha Vicência. Mas, aos anos que isso foi, é impossível, que raio!
— É a minha gata — ouço do vizinho. — Quando os senhores não estão passa daqui em volta do muro e vai para aí. Peço desculpa! Pus cá isto a barrar a passagem, mas ela passa à mesma. Depois deita-se aí por cima das coisas.
Pego na gata que reclama — miaaau! — sem espernear, e passo-a ao vizinho.
Ficamos contentes da visita e da história para contar. Estes dias têm muito pouco que se lhe diga.
Esta manhã salta-nos o bichano no meio da sala por uma janela aberta. Pego-lhe e reclama sem espernear — miaaau! — Fazemos-lhe uma festa e pomo-lo pela janela de volta para a varanda. Foi a seguir explorar a janela da cozinha.
Feridos são boa desculpa, mas são com a Cruz Vermelha. A O.M.S. é outra coisa.
Porque não decretaram um saco plástico na cabeça para todos logo que surgiu aquele um caso? Só meias medidas e ao depois queixem-se de pandelermias. Um saco plástico (*) na cabeça e era limpinho. Até ajudava a combater as aldrabações climárticas.
(*) Não confundir com o Expresso.
E da pessoa do cantoneiro na auto-estrada de Évora a Lisboa, que foi já que disse este animalejo que nunca faz a barba?…
Ponte Salazar, Av. da Índia, ante 1974.
Portimagem, in Flickr.
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