Ao vivo e com violinos a sério, em 1994.
Lisa Stansfield — All Around the World
(Ao vivo, The Royal Albert Hall, 1994)
Como disse, no fim dos anos 50 o 5 foi desdobrado no 5A e o itinerário do Campo Pequeno ao Areeiro alternava; o 5 seguia como sempre até ao Areeiro, pela Óscar Monteiro Torres, Augusto Gil, João XXI, tornando pela Av. de S. João de Deus e pela de Sacadura Cabral enquanto o 5A fazia o percurso inverso.
Isto foi em seguida ao 5 do Campo Pequeno.
O autocarro na imagem pode ser o 5 ou, pode não ser.
Av. de S. João de Deus, Lisboa, 1969.
João Goulart, in archivo photographico da C.M.L.
Os serviços dos C.T.T. …
O tratamento por vós e…
Imagens: Fundação Portuguesa Portuguesa das Comunicações, [s.d.] e João Barroso, 2020, ambas in Flickr.
Acabei de estar ao telefone 14 minutos e tal com os Correios. Quási um quarto de hora. Os primeiros 2 minutos e meio foram uma gravação sobre I.V.A., desalfandegamento e atrasos; ao depois atendeu-me outra gravação com opções para eu escolher o atendimento — a primeira delas era se queria atendimento em inglês; ao depois, como não escolhi o inglês, atendeu-me uma gravação a dizer que o atendimento estava demorado e, passados minutos com uma musiquinha, atendeu-me uma senhora brasileira.
Ao todo, até aqui, não sei se mais de 5 minutos de gravações.
Expus o caso: uma encomenda enviada do Norte anteontem à tarde via correio expresso chegou a Lisboa ontem às cinco e tal da manhã e até agora, nada; quando a receberia? Pediu o código e eu dei-lhe.
A senhora brasileira disse-me que passaria em seguida a chamada à linha C.T.T. Expresso porque era com eles. Atendeu-me aquela gravação anterior a dizer que o atendimento estava demorado e, passado tempo com uma musiquinha, atendeu-me outra senhora brasileira (como eu não escolhi o inglês…)
Expus outra vez o caso: uma encomenda enviada do Norte anteontem à tarde via correio expresso chegou a Lisboa ontem às cinco e tal da manhã e até agora, nada; quando a receberia? Pediu-me o código e eu dei-lhe. Pediu que o repetisse e eu repeti-lho. Pediu que aguardasse e aguardei. Entre tanto ouvi a musiquinha da gravação do atendimento demorado.
Tornou a segunda senhora brasileira e explicou que sim senhor, a encomenda fôra entregue ontem àquela hora da madrugada de ontem no centro de distribuição de Loures e que devia ter-me chegado ontem, mas que, por um atraso, não me chegou. Concluiu que deligenciara [diligenciara, digo] havia instantes para que me chegasse hoje.
Agradeci-lhe e procurou-me se havia algum outro assunto em que me pudesse ser útil.
Que não, obrigado!
Despediu-se desejando-me bom dia e bom fim-de-semana, ao que retribuí — igualmente!
Ontem li que o governo vai renovar a concessão do serviço postal nacional aos C.T.T.
Fica a imagem actual dum marco do correio daqueles antigos. O título da fotografia, porém, é outro.
M… [arco do Correio], Portugal, [s.d.].
Lei Ca, in Flickr.
Vislumbre duma cidade normal, perdido entre a ardente libertação nacional e o fervor da salvação global. Dois cultos dessa cristandade pagã às voltas com a moda.
Eléctrico do Carmo, Técnico (prox.), 1978.
Pedro Hautzinger, in Flickr.
Aquela desgraçada senhora da saúde tem rezado tantas… Há dias disse que se em acabando o mascaralh… essa espécie de obrigação da mascarilhice na' ruas, seria de bom (ou muito bom) tom manter o adereço. Do que tenho visto, havia de lhe preguntar, como? À barbela, como brinco, como pulseira ou estilo cotoveleira?…
Entre tanto, aquela lei daquela espécie de obrigação do mascaralh… da mascarilhice fora dos curros extinguiu-se ontem. Fui há pedaço à jinela ver e vi metade ou mais dos cabrestos lindamente ataviados de focinheira. Deve ser o bom tom da variante mu.
C.ª das Lezírias, Ribatejo, [s.d.].
Mário de Novais, in bibliotheca d' Arte da F.C.G.
Foi um sábado. De semana o carro de Belém circulava em composições com atrelado. Ao sábado e ao domingo eram estas almanjarras. Do movimento na Rua Morais Soares, ao fundo, conclui-se que foi um sábado, como hoje. Ao domingo, com as lojas fechadas, havia de haver muito menos movimento. Claro que o movimento (ou a fauna) ao sábado, hoje, não é nada do que foi; na Morais Soares nem nas adjacências do velho Poço dos Mouros: Largo Mendonça e Costa, José Ricardo, Ângela Pinto &c.
Foi, pois, um sábado. Os calendários só confirmam.
Carro eléctrico de Belém, Arroios, 1974.
Guy, in Flickr.
Paul Ricard cheirando a tinta, amplas garagens (boxes), soberba sala de imprensa, restaurante — diz o locutor.
Lembro-me que em 1971 o Mundo me parecia muitíssimo avançado, cheio de maravilhas mecânicas. O meu irmão falava do Concorde que — sei agora — não tardaria naquele ano em voos de demonstração pela América. Aqueles mecânicos no filme, de aro de pua afinando os carros de corridas são a minha inocente imagem da evolução pela mecânica; Tim Shencken desistindo a cinco voltas do fim no G.P. de França por perda de óleo era uma contingência; até demonstrava que estávamos quase lá, na última volta do progresso.
Há-de haver centenas de outras imagens; cada um acrescente as suas… Mas em 71 o meu mundo brilhava como novo tal como a Fórmula 1 resplandecia no novíssimo circuito do sul de França.
(Publicado originalmente em 3/XI/2006 às 6 e 21 da manhã. Revisto agora com reposição do filmezinho e da soedade.)
Logo que topei com esta pensei que quando isto sai publicado como notícia, o mundo é bem uma Disneylândia muito além da creche. Não invalidando, o comentário lá deixado pelo leitor Manuel Tiago de que — «É um vírus. É preciso uma vacina para abrir. Só os vacinados poderão entrar» — é já duma nova ordem mundial.
Parece que sim.
O prof. Hermano Saraiva ensinou.
José Hermano Saraiva, O Romantismo e o Porto.
(Horizontes da Memória, R.T.P., 9/III/1997)
Programa publicado anteriormente neste blogo às 22h30 de 8/III/2020, justamente com aquele título que transcrevi e que foi uma pergunta posta pelo Prof. Hermano Saraiva logo no início do programa. Nele, o Prof. Saraiva ao depois ensinava. Hoje, é a Câmara Municipal do Porto que desaprende.
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