Metropolitano de Lisboa. A. n/ id., in «The Telegraph», 28/IV/25.
As redes de energia eléctrica pela Europa, concebidas em décadas passadas sobre sobre sólidos princípios da Física, ruinosamente desfeitas nos últimos vinte anos por proxonetas da ficção climática, da falácia e da parvoíce, subsidiados pelo Estado.
Art Simtotic, em comentário a «Net Zero Blamed for Blackouts», in The Telegraph, apud Daily Sceptic, 29/IV/25.
Henry Mancini e Orquestra, Moon River
(Parkinson, B.B.C., 1974)
Henry Mancini e Orquestra, The Lonely Princess
(Best Of Both Worlds, B.B.C., 1964)
O Benfica nunca perde. Às vezes não ganha (Artur Semedo).
Vai por aí um clamor! Mas que enorme algazarra! Só não cai o govêrno porque, enfim, já caiu.
Parece que foi marcado um penalty ao Benfica.
Contra o Benfica!…
Ora, pode lá ser?! Não vamos lá de querer (ainda) tornar inconstitucional que o Benfica às vezes não ganhe, até porque ficou já firmado que nunca perde. Mas coisa diferente são penalties… contra o Benfica!
Que vá, portanto, de penalty! Mude-se já, já a constituição ao menos nisso!
As Cortes Constituintes de 1821 (pormenor *)
Veloso Salgado, 1919 — Óleo s/ tela, 2200 x 500 cm
(Palácio de S. Bento **, Lisboa)
(*) A imagem é da Visão Júnior — História (Luís de Almeida Martins, «A primeira Constituição portuguesa faz 200 anos», 23/IX/22) cuja legenda diz Fernando [sic] Tomás a discursar nas Cortes Constituintes de 1821 (pintura de Veloso Salgado). Passar aos juniores o ilustre figueirense Manoel Fernandes Thomaz como um comum Fernando não deslustra, mas deixá-lo perdurar em linha até esta manhã é bem o que vamos tendo. Não calha mal com os penalties do Benfica, porém…
(**) Antigo guarda-redes do Benfica, acho…
Ilustração Portuguesa, 2.ª série, n.º 840, 25 de Março de 1922.
M.ª Teresa de Noronha — Mataram a Mouraria |
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Já tarde, quando passava A tradição condoída O fado já mal se ouvia Hei-de cantá-la mil vezes |
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O amor que os editores de jornal dedicam à sua arte da maledicência conheceu hoje um trivial episódio com a escolha da troca de um belo par de jarras nos caixilhos da Casa Branca para Escolha do Editor.
«Uma nova obra de arte na Casa Branca. Trump troca retrato de Obama pelo seu». A Escolha do Editor, Sapo, 13/IV/25.
O agressor é de nacionalidade estrangeira [*] e, até ao momento, não são conhecidas as motivações do acto [**], nomeadamente pela dificuldade de comunicação, «uma vez que não fala português e nós não falamos árabe».
«Braga: [A] P.S.P. não conhece as motivações de ataque à esquadra [**]. [O] incidente não está relacionado com rixa que vitimou [um] jovem de 19 anos também esta madrugada», Sapo 24, 12/IV/25, 15h01.
[*] Nunca se viu tal coisa como nacionalidade estrangeira, mas o estrangeiro ser uma nação ou qualquer outra incongruência serve para esconder as malfeitorias destes bedus do deserto e dos outros do género; foi um iraquiano de 28 anos, diz o Correio da Manhã.
[**] Segundo o mesmo Correio da Manhã, hoje, ao meio-dia e 23, o ataque para matar terá como justificação o facto de o mesmo polícia ter sido reconhecido pelo atacante como o graduado que, a 21 de Janeiro, recebeu naquela esquadra o pedido de asilo feito pelo agressor. O Correio da Manhã dá impressão de se já entender com o árabe. Ou então furou a censura.
Despertar é o título das variações originais sobre o tema d' «Os Verdes Anos», filme de 1963. Foi editado num disco de 7", 45 r.p.m., logo em 63, com arranjos de mais três temas também do filme, s. «Raiz», «Acção» e «Frustração». Despertar foi recriado sem as variações e tocado mais sobre o tema principal da música que desta maneira, em gravações posteriores, aparece com o título «Canção dos Verdes Anos» ou simplesmente «Verdes Anos».
Do tal disco de 7", 45 r.p.m., de 1963 — Guitarradas sob o Tema do Filme «Verdes Anos» — reeditado com o Despertar original vão os quatro temas…
Carlos Paredes, Fernando Alvim — Despertar, Raiz, Acção, Frustração.
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Há tempos foi caso o escarro duma menina Escaja na cultura portuguesa. Não era caso de fazer caso. Só de a despertar. Mas, temo, tal acção em gente sem raiz é só frustração.
Em todo o caso, bem vejo, fechou-se um ciclo…
Há dias eram os patrões (*). Precisam de para cima de 110 mil imigrantes (**) — 110 000? Só?!… — para as obras, para as plantações dos mirtilos, para os engenhos de açúcar… — E precisam depressa! De maneira que, só com via verde (concessão de visto em 20 dias, leia-se). De portagens desta via verde não dizem, mas, alguém paga, ao depois…
Pois bem, vamo' lá a isso! Podem começar já pelas dúzias que vejo diàriamente a coçar a micose nas esplanadas desde ali na rua até às que ficam para lá da esquina. A menos que chova, qualquer alta manhã em diante é boa hora para começarem a recrutá-los.
E era bom que, que os não desaproveitassem porque esses todos tão legalmente vistos e tabelados a seguir são só estatística. E estatística é estatística, não tem braços. Sequer para coçar micoses…
Habitantes estrangeiros legais em Portugal [1974-2024].
Cf. Immigration To Portugal, in Wikipædia, apud r/portugueses.
(*) Dizer patrões tem uma certa carga; mais branda, porém, do que contratador, engajador ou negreiro, mas a realidade é que…
(**) Aqui a notícia o anúncio — todos eles — diz imigrantes. Que lhes aconteceu para não dizerem pela cartilha: migrantes?
«44 casas assaltadas por dia», Correio da Manhã, 7/IV/25.
«Crime grave e violento caiu 2,1%…», Diário de Notícias, 7/IV/25.
Ant.º Carlos Jobim, Miúcha, Toquinho, Vinícius de Moraes — Berimbau / Chega de Saudade / Canto Ossanha
(Ao vivo na R.T.S.I., Lugano, 18/X/1978)
Depois de almôço deu-me para isto, não sei porquê.
Sei. Barriguinha cheia…
Vim ouvir.
Musiquetas que embalam; terra brasilis…
Do Vinicius falei em tempos, em como lhe apareceu um cão com a Garota de Ipanema na boca.
Do Vinicius e do Tom — António Carlos. Antônio…
E ao depois, do Luso-tropicalismo: luso-moleza de embaladeira, como as redes dos índios brasileiros que a nossa marinhagem de quinhentos tomou nas suas voltas do mar…
Aqui, agora, vem bem sentado, o Poetinha, com o Toquinho e com a Miúcha. — A Miúcha embaladíssima de entusiasmo e que quási se não trava no canto ao minuto e cinquenta e oito. Mas sempre travou…
O velho Vinicius aqui também embalado, mas suavemente, naturalmente; a garrafa na mesa havia de ser a do poema da Tarde em Itapoã — água de côco, cachaça de rolha… Da Escócia… — Segundo parece o velho Vinicius apreciava. — A garrafa aqui já meia vazia. Bem, bem mais de meia…
Luso-tropicalismo?!…
«Prisão dum faquista», Diario de Lisbôa, 11-10-933.
Miguel Curado, «Hospitalizado com faca nas costas», Correio da Manhã, 4/IV/25.
Facada em 1933. Dois Manuéis, um dá uma facada no outro. O faquista vai preso, acabou-se.
Facada em 2025. Dois mouros de Argel numa desordem de rua. Um dá uma facada no outro e fere-se com a faca. A polícia identifica-os e escolta acompanha-os ao hospital. Faquista e esfaqueado ficam hospitalizados e acabou-se.
«Pinga tentou fugir hoje pra o Brasil. Uma perseguição encarniçada e pitoresca», Diario de Lisbôa, 8-10-933, p. 5.
Vista desde a Calçada da Ladeira para o Instituto Superior Técnico em construção, Lisboa, c. 1934.
Porfírio Pardal Monteiro, in archivo photographico da C.M.L.
E bem, pois, isto aqui é… Já se percebeu. É na mesma altura dali, que foi tomado à vertical daqui, que é aqui mesmo, mas noutra altura.
É esta uma vista rara, provàvelmente tomada do n.º 14-16 da Calçada da Ladeira, cuja casa pendia sobranceira às quintas da Ladeira e do Alperche, onde veio a ser construída a fonte monumental da Alameda de Dom Afonso Henriques.
Pertenceu a dita casa por último ao Sr. Silvestre Valladas e a Sr.ª D.ª Fernanda Valladas Peterson [i.é, Petersen], a julgar dos nomes figuram numa das plantas do Projecto de prolongamento da Alameda D. Afonso Henriques entre as ruas Carvalho Araújo e Barão de Sabrosa.
Projecto de prolongamento da alameda Dom Afonso Henriques entre as ruas Carvalho Araújo e Barão de Sabrosa, 1928-1937.
João Paulo Oliveira et al., C.M.L., A.H., CMLSB/UROB-PU/10/012, p. 14.
A casa do n.º 14-16 da Calçada da Ladeira, gostava de crer que é a que restava em ruínas a par da chaminé da padaria, detrás da fonte a ser edificada mais ou menos uma década depois. Mas a planta não deixa dúvida que era mais cá. Aqui, em 42, já estava só sobrava o terreno profundamente revolvido e, de pé, só a casa anexa cujo telhado de duas águas sobressai detrás da fonte em andaimes.
Construção da fonte Monumental e demolições na Calçada da Ladeira, Lisboa, 1942.
Eduardo Portugal, in archivo photographico da C.M.L.
Há para aí na miùdagem (e na miùdagem já madura que nunca cresceu) uma mania de intercalar macarrònicamente substantivos em amaricano no meio da converseta em português. Um caso: ouço amiúde dizer smell por mau cheiro. Este smell não é coisa que se cheire mas, é como é (outra dessas ingresias, idiomática, no caso).
«Mini sanita portátil» (i.é, penicos repenicados), Alfragide — © MMXXV
Mau cheiro em português que se cheire, é fedor. Parece paradoxal.
Menos paradoxalmentre, fedor pode parecer formar-se do verbo feder, mesmo quando o uso geral é formarmos um substrantivo do próprio infinitivo do verbo, que seria feder, como disse. Mas no caso dum cheiro que feda dizemos antes um fedor, não um feder. E embora o fedor e o feder sejam ambos possam remeter para o mesmo cheiro, há matizes no fedor e no feder (ou nuances, se quisermos borrifar esta conversa com eau de cologne). Fedor é o mau cheiro só por si, sem atender à fonte, enquanto que feder é deitar ou exalar mau cheiro subentendendo a fonte donde emana. Em todo o caso e etimològicamente, fedor e feder são cognatos (*). O cheiro pode ser o mesmo.
Não bem assim, ou pelo contrário, andar e andor não são cognatos como também poderia parecer. Nem do infinitivo do verbo andar, por exemplo, formámos alguma vez o andor. Não. Andar no sentido deste ou daquele andar, isto é, maneira, jeito de caminhar, como quando alguém bamboleia, manca ou ginga é uma coisa. Andor é coisa diferente: é padiola de santo nas procissões. Se tanto, interjeição para pôr alguém a andar: — Andor daqui para fora!… — será o caso. De ir o andor nas procissões ou de pôr alguém a andar, só por acaso se liga a andar. A origem de andor parece que é o sânscrito: andor era a retouça da ou do Crisna lá nas procissões hindus, segundo li.
De outro modo, do infinitivo de comer, fazemos muito regularmente o comer, substantivo respeitante à comida (outro substantivo…) antes de ser comida (… que nesse caso, sendo comida, é já particípio passado, de comer).
Nada tem aqui o comer que ver com o anterior já que não há par nenhum comer/comor como andar/andor ou feder/fedor. Podemos é juntar o andar com o comer, como quando para jantar alguém avisa: — Anda comer que a comida está na menza! — Mas divago…
Digerindo a ladaínha, concluo.
Fedor é uma excrescência directa do latim (*) que não passou e tem até mantido o cheiro em português (salvo seja) por séculos de gerações, mas que nestas últimas (gerações) vem fedendo cada vez mais numa espécie de (bad/foul) smell que em singelo e lá com os bifes e os camones nem seria necessàriamente malcheiroso, porquanto essoutros têm melhor para si o stench e o stink (salvo seja, pois nem todos decerto deitam cheiro…) Mas isto são já ingrazéus a mais para a tal miùdagem que, melhor havia de ser desandá-la só pelo smell:
— Andor!
(*) Cognatos do latim: fœtor, fœtōris, s.m. 1) mau cheiro, fedor. 2) infecção e fœtěo, fœtēs, fœtēre, v. int. 1) ter cheiro fétido (< fœtĭdus), cheirar mal. 2) (Fig.) Repugnar, ser insuportável. Se foi o substantivo que no latim deu o verbo ou o contrário não sei.
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