Lisboa – Funchal – Lisboa. Ida e volta: 2 340$00 (dois contos, trezentos e quarenta).
Cf. «Do Cabo Ruivo ao comunismo, da Cruz Vermelha ao antifascismo», 23/XI/17.
Por volta de 58 começaram as obras da auto-estrada do Norte à saída de Lisboa. O automobilista vindo de Norte, então, ou vindo só da Vila Franca, ou de Sacavém apenas que fôsse, o último marco quilométrico da Estrada Nacional que encontrava era o 144.

E.N. 10 ao km 144, Rot. da Encarnação (prox.), c. 1958.
A. n/ id., in archivo do A.C.P.
De notar que o muro à direita acompanha o trôço da antiga «estrada» tortuosa e estreita à saída da Encarnação para Sacavém, como Eduardo Portugal inscreveu num original batido por ali mesmo, um pouco acima e de ângulo contrário, em 1940. Velha estrada de antes do alinhamento ali da E.N. 1 por êsse tempo.
Olhando a de ante, no caso, percebia-se por onde seguia a estrada. Podia vir lá um automóvel. — Ou uma carrinha, parece, à mesma, no caso.

E.N. 10 ao km 144, Rot. da Encarnação (prox.), c. 1958.
A. n/ id., in archivo do A.C.P.
A placa de direcções que se avistava uns 100 m mais além do marco 144 dizia Lisboa na segunda saída da Rotunda da Encarnação. — Não se a vê, a rotunda, mas está na placa bem desenhada.
Os restantes destinos não dizia lá, mas tiro-os duns que se viam nêste mesmo lugar — a Encarnação pròpriamente dita, a do Convento que deu nome ao lugar antes de o dar à dita rotunda e ao bairro ali menos perto que lhe sucedeu.
A saber, as outras direcções, pois: Ameixoeira, à direita; Moscavide, à esquerda. Nem mais!
O Decreto-Lei n.º 41 887, de 30 de Setembro de 1958 refere justamente uma variante à E.N. 6, a construir de futuro entre Moscavide e o nó de ligação à auto-estrada aqui em construção. — Talvez venha a ser o que é hoje a Av. Dr. Alfredo Bensaúde, não sei!… — E integra explìcitamente o nôvo trôço de auto-estrada entre Lisboa e a Vila Franca de Xira na estrada nacional n.º 1 (Lisboa-Porto).
Sucede que anos antes, em 1953, com o comêço das obras da auto-estrada entre S. João da Talha e o Sobralinho, pelo Decreto-Lei n.º 39 317, de 14 de Agosto, a Junta Autónoma das Estradas renumerara já o primeiro trôço da E.N. 1 de Lisboa à Vila Franca de Xira, acrescentando-o à E.N. 10 dês da dita Vila Franca, onde até aí terminava a nacional 10, até Lisboa. Somaram-se assim 24 km à E.N. 10 — 24,2 km, a cuidar do marco hectométrico na base da placa de direcções à saída de Lisboa.

Comêço das obras da auto-estrada do Norte à saída de Lisboa, Rot. da Encarnação, c. 1958.
A. n/ id., in archivo do A.C.P.
Por fim, com a auto-estrada levada a cabo à saída da Encarnação, acabou truncado também o último quilómetro da E.N. 10, que antes foram os primeiros metros do primeiro quilómetro da E.N. 1. Ao que cuido, jazem ambos e o mesmo pelo perímetro e adjacência do antigo Regimento de Artilharia Ligeira n.º 1, vulgo Ralis, mas que, confesso, nem bem sei que unidade militar seja hoje. (E mesmo que soubesse, já amanhã não será…)
(Revisto e augmentado em 27/VII à uma e meia da tarde. Revisto outra vez ao quarto para as onze da noite de 27.)
As primeiras páginas de quatro principais diários portugueses, hoje:
No mundo inteiro não há só criancinhas a morrer de fome em Gaza, mas notícia para hoje são só elas. As imagens em primeira página berram horror e inculcam recados: — Israel rejeita responsabilidade e culpa Hamas… (o D.N. distribui as culpas); Mundo em sobressalto com «fome massiva» em Gaza. Só nos últimos três dias morreram 25 crianças por inanição (o J.N., põe umas aspas na «fome massiva» [i.é, maciça], talvez porque achou pouco 25 crianças, será?…); Tragédia em Gaza: crianças morrem de fome (o C.M. narra o facto, simplesmente); o Público remete a encomenda para a esquerda baixa, e desvenda quem encomendou: — A Unicef denuncia… — Uma verdadeira notícia dentro da notícia…
De noticiário bem vejo o concerto. Do jornalismo não acho conserto.
Leio que um bando de ladrões violentos de 17 anos é um… grupo de jovens. Um simples, irresponsável, desculpável até… — tudo inculcas dum jornalismo vicioso e manipulador das mentes — grupo de jovens.
Diz que esse grupo de jovens assaltou e agrediu com violência um turista britânico. Um dado importante porque os jovens são de nacionalidade… jovem, claramente (ou nem tanto) como se percebe. E assim torna-se compreensível (até no sentido de desculpável) o assalto, a agressão daquele grupo de jovens.
A vítima, por conseguinte não importa muito: um racializado turista britânico ou, pior, um vulgar homem de 18 anos, segundo a Guarda Republicana. Não há, pois, juventude que o desculpe.

Instituto Superior Técnico e Alameda em construção (scenas d' «A Revolução de Maio», de Ant.º Lopes.Ribeiro), Lisboa, [1936].
Estúdio de Horácio de Novais, in bibliotheca d' Arte da F.C.G.
Nota: para uma resenha histórica sôbre a pelicula d' A Revolução de Maio, cf. José Leite, in Restos de Colecção, 2/V/2023; sôbre o lugar da Alameda e do Instituto Superior Técnico em Lisboa cf.Panorama da Alameda em diversas alturas.
Confirmada a rua que o Citroën Rosalie subia na Lisboa com sol. E também o contexto.

Tr. da Palmeira (scena d' «A Revolução de Maio», de Ant.º Lopes.Ribeiro), Lisboa, [1936].
A. n/ id. [Estúdio de Horácio de Novais], in bibliotheca d' Arte da F.C.G.

Saída de Lisboa pela Encarnação [E.N. 1, km 0], Sacavém [prox.], 1940.
Eduardo Portugal, in archivo photographico da C.M.L.
(Inscrição no original: Encarnação ; Estrada à saída da Encarnação para Sacavém; vê-se à esquerda [ao longo do muro] a antiga «estrada» tortuosa e estreita — A.F.C.M.L., POR056723).
![E.N. 1, km 0, Sacavém [prox.], [c. 195…]. A. n/ id., in archivo do A.C.P.](https://live.staticflickr.com/65535/54616131223_6c708d5c8f_b.jpg)
E.N. 1, km 0, Sacavém [prox.], [c. 195…].
A. n/ id., in archivo do A.C.P.
![E.N. 1, km 0, Sacavém [prox.], [c. 195…]. A. n/ id., in «Revista A.C.P.», 9/XI/2016](https://live.staticflickr.com/65535/54616054754_682ec66035_b.jpg)
E.N. 1, km 0, Sacavém [prox.], [c. 195…].
A. n/ id., in «Revista A.C.P.», 9/XI/2016.
![Rua Paschoal de Mello — Lisboa. Ed. Costa, [s.d.] Postal circulado em 3/X/1904](https://live.staticflickr.com/65535/54590009593_ff388e19dd_b.jpg)
Rua Paschoal de Mello — Lisboa. Ed. Costa, [s.d.].
Postal circulado em 4/X/1904, in Colecção da Fundação Portimagem.
Lisbonne
3 octobre 904Sommes arrivés à Lisbonne ce matin. Descendo[n]s à terre por ce [se] dégourdir les jambes. Je profite pour t'écrire quatre mots. Sommes en parfaite santé. Je t'écrirai de [?] pour te raconter le voyage. Je vous embrasse à tous, [Ass. il.]

Era uma vez…, Portugal, post 1954.
A. n/ id., in Colecção da Fundação Portimagem.
Armando Machado, Teresa Gomes, «Dois copinhos de vinho branco».
António Lopes Ribeiro, O Pai Tirano, 1941.
Amália Rodrigues, Não sei porque te foste embora (Frederico Valério / José Galhardo).
Armando Miranda, Capas Negras, 1947.

«Actualidade — Notícias de actualidade nacional e internacional actualizadas ao minuto», SAPO, 11/VII/25.
Turcos à porta (portas franqueadas, já), Verão ameno, cavalgaduras de nomeada entretidas com o sexo dos anjos.
Maltratado não estarei a ser eu?
Ah!
Pois é!… Bem reza a notícia…

Vamos à praia, Ericeira, 1952.
A. n/ id., in Colecção da Fundação Portimagem.
Se fugiram, não estão (muito menos são) reclusos. São fugitivos. Se estavam presos, fugidos ou não, são condenados. Mas jornalismo é isto: uma complicação com as palavras, uma aldrabice pegada.
Observidor (isto mesmo), 7/VII/25.
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