Com um ar mais "especialista comunitário" possível, disparo na direcção do vendedor:
— Ó chefe, esta alface é coisa para ter que preço?
— É coisa para estar aí sossegadinha sem preço nenhum. Então não estás a ver que isso é um repolho, porra?!
(No Pipàterra (que recebe parabéns por estes dias.)

Inauguração do Mercado da Picheleira, Lisboa, 1972.
Armando Serôdio, in Arquivo Fotográfico da C.M.L.
(*) Ignoro o que seja um especialista comunitário. Cuido que possa ser chico-esperto…
De
Pitx a 15 de Abril de 2008
repara, sócio, o meu ar não era bem de chico-esperto, era uma coisa ainda mais armado aos cucos. era de francisco esperto, se bem me entendes.
os parabéns? é só amanhã!
De Bic Laranja a 15 de Abril de 2008
Só vale então quando for. Desculpa a falha de pontaria. Cumpts.
O óculos do tipo ao centro, com uma fila de mulheres à frente, são de Adelino Amaro da Costa.
De Bic Laranja a 15 de Abril de 2008
Morno. São do presidente da C.M.L., pai do Ribeiro e Castro.
Cumpts.
De
jrd a 15 de Abril de 2008
Bem apanhada!
Se o especialista comunitário( (são mais que as couves)é um Chico esperto, o “Chefe” eurocé(p)tico (?) deve ser mais do tipo Tuga; se não “é”, não pode “estar”, nem sossegadinha nem a mexer. Talvez noutra banca. ;)
Cmpts
De Bic Laranja a 15 de Abril de 2008
Obrigado! Eh! Eh! Cumpts.
Parece anedota.
E que tem piada, tem.
De Bic Laranja a 15 de Abril de 2008
Tem piada, pois! Cumpts .
O verdadeiro especalista comunitário não se atrapalharia - explicaria logo que se referia à origem lsboeta do vegetal, o que não deixaria indiferente qualquer Alfacinha.
Abraço
De Bic Laranja a 15 de Abril de 2008
Pois. Mas come este era francisco-esperto... Cumpts.
Imaginava o mercado mais novo alguns anos. Tenho ideia que esta é a terceira versão: duas edificadas e a primitiva, abarracada. Tenho algumas fotos tiradas nos terrenos, onde mais tarde nasceu o mercado, onde apareço eu de tenra idade. Aproveito para agradecer a pista para o Retiro do Perna de Pau,tanto mais que ainda tive o brinde de ver resolvido um mistério que desde o século passado me atezanava as meninges e cujo era era o seguinte: há bastantes anos ví uma foto, talvez da década de 30, que mostrava os primórdios do troço da Alm. Reis entre a Pr. João do Rio e o Areeiro. Ao longo de todo ele corría, do lado direito, a linha dos eléctricos em sentido descendente. No sentido ascendente, a linha virava à direita na rua Lucinda do Carmo e desaparecia. Mistério. Que diabo de volta daría essa linha até chegar ao Areeiro?
Em 1998, conhecí a D. Rosa (ou melhor, reconhecí, porque certamente cruzamo-nos muitos anos antes, mas disso não guardei memória) moradora na r. Alves Torgo, que me informou que o eléctrico "dava a volta" nesta rua. Achei curioso porque, conhecendo a rua desde a infância,nunca encontrei vestígios de tal passagem. Tantos anos depois aparece, via Bic Laranja, uma foto da r. Alves Torgo em 1938, da autoria de Eduardo Portugal que mostra, do lado das varandas, a célebre linha do eléctrico com os belos postes de sustentação da linha aérea em ferro fundido. Daí, concluo eu, o percurso sería Lucinda do Carmo, Abade Faria, Alves Torgo e Areeiro. Com o seu patrocínio, fiquei esclarecido.
Grato.
1) Edificação do mercado só sei da que lá há hoje. O que houve antes alguém me falou dumas vendedeiras com as suas padiolas e caixas de peixe que se ajuntavam nas terras que havia lá antes da cosntrução.
2) A fotografia que menciona vem publicada em Marina Tavares Dias, Lisboa, Antes e Agora (Quimera, 2006, p. 51). Nela há duas linhas na direcção da Praça do Areeiro; da linha ascendente dá-de o tal desvio para o bairro dos actores sem o correspondente retorno (pelo menso naquele local). Admito porém que esta via seguia para a Alves Torgo, ao Areeiro, pela Carlos Mardel, que na época acabaria por entroncar na Alves Torgo acima da R. Actriz Virgínia. - Aliás a Alves Torgo (antes Estr. de Sacavém) coincide grosso modo com a Carlos Mardel acima da R. Augusto Machado.
Mas estas minhas ideias valem como mera conjectura. Não tenho fundamento para elas.
Cumpts.
Pesquise "picheleira" no Arqivo Fotográfico e na pág. 5, fotos 6 (Vendedores ambulantes...) e 8 (Bairro da Picheleira), poderá vêr como Armando Serôdio fotografou, em 1965, o velho Mercado da Picheleira.
Tinha instalações fixas, abarracadas, semelhantes às do seu homónimo do Lgº do Marquês de Niza e também muita lama sempre que chovia, como é perceptível na foto.
A.v.o.
Cuidei que fosse meramente ambulante. Bem vejo agora que não. Obrigado e cumpts.
Muito provavelmente foi nessa obra de Marina T. Dias que vi a dita foto. Infelizmente não o posso confirmar pois esse livro jaz, longe dos olhos (não do coração) juntamente com outros, em tumba herméticamente fechada, vitimados pelos esguichos bibliocídas de um gato iconoclasta.
O percurso que refere é perfeitamente plausível. Também ocorreu essa hipótese, entre outras. De concreto, sabe-se onde o eléctrico virava à direita, porque o prédio de gavêto que se vê na foto ainda existe e é fácilmente identificável.
Com tempo e disposição, tentarei encontrar mais informações no Museu da Carris
Os roteiros da P.S.P. de Lisboa também poderão ser uma boa fonte de informação. Mas não sei quando é que começaram a ser editados nem onde se podem obter. Talvez nos alfarrabistas. Por exemplo: tenho um de 1969 que fala numa Az. do Areeiro, mas esta ficava no Lumiar, perto do antigo sanatório.
A.v.o.
Agradeço a pista. Na verdade já lhe tinha seguido o périplo "Em Busca da Azinhaga Perdida". Trabalho digno de uma tese, como é seu apanágio. Ainda na mesma área geográfica: em 2006, creio, postou aquí uma vista aérea da Alameda D. Afonso Henriques nos anos 50. Essa foto foi a única interessante que encontrei quando visitei o Arquivo Fotográfico na altura em que ele abriu ao público. Reparei que, nessa foto, o edifício dos Correios tinha sido ocultado. Porque terá sido? Poderá elucidar-me sobre isso, p.f.? Á falta de outra ideia melhor, pus a hipótese de uma norma legal que não permitisse a reprodução fotográfica das instalações de certos serviços públicos, tendo em vista o risco do país se vêr envolvido na II Guerra Mundial. Algumas dessas normas prolongaram a sua vigência para além do fim guerra, como por exemplo aquela que, salvo autorização expressa em contrário, impunha as cores verde ou preta nos pesados de mercadorias e que só foi revogada nos anos 60. Se calhar é por outro motivo qualquer, não sei.
A.v.o.
De Bic Laranja a 20 de Abril de 2008
Foi ocultado ou estava por construir? A única imagem que conheço é a do arquivo da rede, não vi o original. Cumpts.
Em alameda D. Afonso Henriques, segunda foto da primeira pág. e tem por título "Fotografia aérea da alameda de Dom Afonso Henriques e Areeiro" da autoria de Nunes,Abreu (195-). Parece-me que o prédio foi ocultado na revelação da fotografia. Nítidamente não é um terreno. Chamou-me a atenção por ser o edífio onde está instalada a estação dos Correios e que já lá deve estar desde os anos 50. É apenas mera curiosidade e é provavel o facto tenha uma explicação prosaica. Agradecido.
A.v.o.
Obrigado eu, que não cuidava serem assim estas coisas. Cumpts.
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