« Começou finalmente a realizar-se a tão ardente aspiração da ligação da Baixa de Lisboa com a parte ocidental da cidade, por uma via pública com dimensões suficientes para a actual circulação citadina entre aqueles locais.
Primitivamente a comunicação dos arredores ocidentais de Lisboa com a Baixa, isto é, com o bairro situado entre os montes de S. Francisco e do Castelo de S. Jorge, fazia-se ùnicamente pelas ruas que são actuais representantes a Rua Garrett e a Calçada do Combro.
Mais tarde começou a formar-se um caminho pela praia que, com o andar dos tempos se transformou nas actuais ruas do Corpo Santo, de S. Paulo e da Boavista.
Depois do terramoto de 1755 abriu-se a Rua do Arsenal, que os arquitectos do Marquês de Pombal julgaram bastante para a circulação durante alguns séculos.
Mas ainda não era decorrrido pouco mais de um quando se reconheceu que tal via pública, bem que larga, era insuficiente para as necessidades da viação, e começaram a estudar-se alvitres para as remediar.
[...]
Todos estes e outros projectos foram por nós descritos na Revista Municipal, nºs 8 9, de 1941, e desconhecendo pormenorizadamente o projecto adoptado, deixamos todavia consignado que a nossa opinião é a que todos os projectos estudados sobreleva o patrocinado pela Sociedade Propaganda de Portugal, não só pela elegância do traçado da nova avenida, seguindo uma curva sensìvelmente no prolongamento do eixo da Avenida 24 de Julho, o que reduz ao mínimo a extensão da nova via pública, como conserva íntegra a monumental ala da Sala do Risco do Arsenal, a que estão ligadas memórias gloriosas da nossa história.
O estudo do arranjo definitivo das novas vias públicas e construções nos terrenos do Arsenal da marinha não está ainda concluído, mas [...] o início da abertura da nova avenida e a esperança da sua conclusão breve são porém motivo de grande regozijo para todos aqueles que são toda a população actual de Lisboa, que têm tido ùltimamente a necessidade e a desventura de transitar pela Rua do Arsenal. Seja pois bem-vindo este melhoramento citadino.»Augusto Vieira da Silva, A Voz, 25 de Agosto de 1947, apud Dispersos, vol. III, Lisboa, C.M.L., 1960, p. 277 e ss.
Melhoramentos citadinos na Ribeira das Naus, hoje, garantidamente são menos em função da faina dos lisboetas e mais em função do turismo. A pé, de bicicleta ou de observação europeia da toxicodependência...
Avenida da Ribeira das Naus, Lisboa, 195...
Fotografias: Judah Benoliel, in Arquivo Fotográfico da C.M.L..
(Revisto em 30/VII/13. Tornado a rever em 19/VIII/17.)
Adamastor (O)
Apartado 53
Bic Cristal
Blog[o] de Cheiros
Carmo e a Trindade (O)
Chove
Cidade Surpreendente (A)
Corta-Fitas(pub)
Dragoscópio
Eléctricos
Espectador Portuguez (O)
Estado Sentido
Eternas Saudades do Futuro
Fadocravo
Firefox contra o Acordo Ortográfico
Fugas do meu tinteiro
H Gasolim Ultramarino
Ilustração Portuguesa
Kruzes Kanhoto
Lisboa
Lisboa Actual
Lisboa de Antigamente (pub)
Lisboa Desaparecida
Menina Marota
Meu Bazar de Ideias
Paixão por Lisboa
Pena e Espada(pub)
Perspectivas(pub)
Planeta dos Macacos (O)
Pombalinho
Porta da Loja
Porto e não só (Do)
Portugal em Postais Antigos(pub)
Retalhos de Bem-Fica
Restos de Colecção
Rio das Maçãs(pub)
Ruas de Lisboa com Alguma História
Ruinarte(pub)
Santa Nostalgia
Terra das Vacas (Na)
Tradicionalista (O)
Ultramar
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.