Segundo Ralph Delgado, antiga do Braço de Prata (A Antiga Freguesia dos Olivais, [s.n]. Lisboa, 1969, p. 29). Na Lisboa de Lés a Lés (vol. II, 2.ª ed., p. 222 e ss.) lê-se que foi propriedade de António de Sousa de Meneses, de alcunha o Braço de Prata, por ter perdido o braço direito duma canhonada dos holandeses em Pernambuco (Itamaracá, 1638). Passou então a usar um braço postiço de prata e acabou por legar a alcunha à quinta do lugar de Nossa Senhora dos Olivais (quinta do Botol ou Rotol Older, um súbdito inglês que a perdeu por dívida...) que fora doada a seu pai, Francisco de Sousa de Meneses, copeiro-mor do Cardeal D. Henrique e de D. Filipe I.
Instituiu em 1683 morgado destas quintas dos Olivais (Matinha ou do Braço de Prata) e do seu palácio de Santa Apolónia (pertença hoje da companhia dos Caminhos de Ferro). O morgado veio a passar sucessivamente aos descendentes de suas irmãs, D. Mariana, D. Margarida e D. Maria Henriques. A história da sucessão no morgado vem no 1.º vol. do Caminho do Oriente: Guia Histórico, quando se refere o palácio de Santa Apolónia
Da quinta da Matinha mantêm-se umas casas na Rua do Vale Formoso de Baixo, nos 124-132 que foram do pessoal da antiga fábrica do gás. A quinta teve instalada no séc. XIX uma fábrica de cortiça; depois fez-se a fábrica do gás (que sucedeu à de Belém) que começou a laborar em Novembro de 1943, embora inaugurada em 1944 (M.ª de Fátima Jorge, «Fábrica de Gás da Matinha», in A.P.A.I., Arqueologia & Indústria, n.º 2/3, 1999).
O complexo da Matinha, juntamente com as refinarias da Sacor no Cabo Ruivo, foi desactivado aquando da Expo 98. Subsistem algumas estruturas industriais tidas de interesse arqueológico. A urbanização destes terrenos da Matinha está na calha.
Uma perspectiva contemporânea de contraponto possível ao pitoresco da imagem pode ser colher-se nas vistas de rua do Google.
Litogravura: Archivo Pittoresco, t. VII, 1864.
(Revisto em 23/IX/20.)
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