No liceu havia três antónios. Um António que havia era o Galo. Não sei porque era o Galo. Ele tinha menos carisma que uma galinha. Usava risco ao lado e óculos de fundo de garrafa. Tinha muito mais ar de António que de galo.
Outro António que havia era um António da Rua António Pedro. Perturbava muito as aulas. Com uma professora de Biologia que nunca mandava calar ninguém (calava-se ela em vez disso), que nunca expulsava ninguém – era a professora mais complacente e passiva que jamais se viu... – Pois o António da Rua António Pedro fez tantas, mas tantas, que finalmente conseguiu a ordem: – "António, agora sai!" – O tom nem foi nada imperativo, diga-se, mas o António saiu sem mais.
Este era o segundo António.
O terceiro não me lembro.
Sala de Ciências Naturais, Liceu Central de Pedro Nunes, [1930-1980].
Fotografia: Estúdio de Horácio de Novais, in Biblioteca de Arte da F.C.G.
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