« Não estava previsto [pelos E.U.A. o pagamento do empréstimo feito a Portugal ao abrigo do Plano Marshall]. Transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a notícia [de não ser preciso pagar] seria bem recebida, sobretudo numa altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir a esta distância a exactidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo!"»
Luís Soares de Oliveira, A bem da Nação, apud Corta-fitas, 27/IV/2010.

Stand da firma "Casa Portuguesa", Feira das Indústrias Portuguesas, 1950.
Mário Novais in Biblioreca de Arte da F.C.G..
(Revisto às 25 para o meio-dia.)
De zeparafuso a 28 de Abril de 2010
Em que século foi isso? No séc. passado, ainda haviam pessoas de palavra........mas poucas, nas ultimas décadas.
De Bic Laranja a 28 de Abril de 2010
Assim é. Mas agora há mais democratas.
Cumpts.
De zeparafuso a 29 de Abril de 2010
Há mais demo......quê?
De Bic Laranja a 29 de Abril de 2010
É isso que diz; dantes havia gente de palavra; agora há democratas. Isso é que é o diabo.
Cumpts.
De zeparafuso a 29 de Abril de 2010
Onde é que eu li....... " Sufixo de origem grega, derivado de um verbo que queria dizer dominar ou exercer o poder pela força"?
Já vê. É o diabo ou não é?
Cumpts.
De Virgínia a 29 de Abril de 2010
Nesses tempos o povo vivia pobrezinho mas trabalhador.
O Estado tinha os cofres cheios de ouro.
Por falar em ouro, desde a "democracia" quanto dele é que já "voou"?
De Bic Laranja a 29 de Abril de 2010
A alguém que me apresente essas contas dir-lhe-ei que esse é o preço dos democratas.
Cumpts.
O ambiente é cinzento demais (embora goste do cinzento associado a outras cores).
A personagem central,(bafienta) teve a virtude de, à época, ter revitalizado as finanças. Devia contudo, ter ficado por ali. De resto, não passa de um pretérito-menos- que- perfeito.
cumprimentos
De Bic Laranja a 29 de Abril de 2010
Pois segundo diz, um pretérito que não chega a ser imperfeito, portanto.
Cumpts.
De Paulo Nunes a 29 de Abril de 2010
A tão virtuosa democracia teve o condão de fazer surgir mais que muitos "pretéritos menos que perfeitos", para utilizar uma expressão de uma leitora acima.
A diferença, comparando com o senhor ao centro da fotografia, é que os de hoje apresentam todos os seus defeitos, mas nenhuma das suas virtudes.
De Bic Laranja a 29 de Abril de 2010
Olhe que não. Cuido que têm defeitos que ele nunca teve...
Cumpts.
De Carlos Caria a 29 de Abril de 2010
Pois é mas o mais importante é que se hoje temos blogue e podemos falar livremente mesmo dizendo asneiras, seguramente não foi pelos bafientos.
De Mário Cruz a 30 de Abril de 2010
De facto, o senhor endireitou as finanças, mas há que analisar outra face do problema económico. Se consultarmos às estatísticas da OCDE, à época, Portugal ficava muito mal na fotografia nos índices de desenvolvimento humano, porque em economia não se faz análises apenas por deficit, PIB e dívida pública. Há outras coisas bem mais importantes para um economista quando analisa o bem-estar e o desenvolvimento de uma sociedade. Por exemplo, a Taxa de mortalidade infantil, a esperança de vida, o acesso da população a cuidados de saúde, a protecção social, o acesso ao saneamento básico, as condições de habitação, taxa de analfabetismo, etc. Nestes indicadores o senhor em causa foi um desastre e fico-me por aqui…
De Bic Laranja a 30 de Abril de 2010
Com certeza.
Cumpts.
De Attenti al Gatti a 1 de Maio de 2010
Eu, modéstia à parte, também ajudei o tal sr. da foto a sustentar a tão propagandeada prosperidade económica do país, nomeadamente, descontando para um "Fundo de Desemprego" que, à data, nem sequer existia.
A.v.o.
Como era possível? Descontar para um fundo que não existia. Pois se descontava, logo existia.
Só com o que me diz custa a entender.
E também custa a perceber como é que descontar para um fundo de desemprego sustenta a prosperidade de quem quer que seja, a não ser dos beneficiários do próprio fundo - isto, claro, dando de barato que receber dum fundo de desemprego pode dar prosperidade.
Cumpts. :)
De Attenti al Gatti a 3 de Maio de 2010
Simples: o tal "Fundo de Desemprego" existia apenas para descontarem uma percentagem do ordenado dos trabalhores. Se alguém ficasse na situação de desemprego - e, naquela altura era fácil isso acontecer - não tinha direito a qualquer subsídio, i.e., ficava com uma mão à frente e outra atrás, como se costuma dizer. Para onde ía o dinheiro, não sei. E queixar-se ao sindicato não adiantava nada, porque eram todos controlados pelo Estado. Ah!E o horário de trabalho era de quarenta e nove horas e meia por semana e férias eram só uma semana, após 8 anos de serviço e muito juizínho. Bons tempos aqueles, sim senhor!
A.v.o.
De Bic Laranja a 4 de Maio de 2010
Do que diz e parece-me esse 'fundo' uma vigarice. grosseira. Mas acredite que os governos neste género de coisas são sempre mais elaborados.
Cumpts.
De me a 2 de Maio de 2010
Várias cousas:
1. Tirar um país da bancarrota implica poupar. Havia uma frase "trabalhar e poupar" que a igreja, chefiada por Cerejeira, completou "trabalhar, poupar e dar". Querem repetir hoje?
2. Ter os cofres cheios de ouro (as 4as. reservas mundiais, depois dos EUA, URSS e África do Sul, à data do 25 do a) é obra de bom negociador; sobretudo porque a grande fatia se fez durante uma guerra (mundial), negociando com alemães, ingleses e americanos.
3. Este ouro foi gamado após o 25 do a, pois não se compreende que o país estivesse à beira da bancarrota no tempo da AD, e não se tivesse gasto nada em apoio às ex-colónias, nem aos retornados, nem no país (a metrópole). A "Baixa" foi isolada pela PM para tirar o tal ouro do banco de Portugal para "não ser roubado pelos fascistas" (que já se tinham pirado há um ano). Mais tarde apareceu a fábula do ouro nazi. Chatisses com os banqueiros suiços...
País de safados, como dizia o Velho.
De Bic Laranja a 2 de Maio de 2010
Pois das reservas de ouro é como disse: é o preço por que nos ficam os democratas.
Cumpts.
De Mário Cruz a 4 de Maio de 2010
Ter os cofres cheios de ouro quando os indicadores de desenvolvimento humano eram dos piores da OCDE pode revelar transtornos psicológicos graves como a avareza. O apego mesquinho e excessivo ao dinheiro, transformando-o num ídolo e não num meio instrumental para cria riqueza, desenvolvimento e bem-estar é um erro de quem não sabe lidar com dinheiro ou, pior, revela deficiências de carácter. Como o senhor em causa de ignorante não tinha nada, talvez o dilema se resolva esmiuçando as profundezas do seu carácter. “Pobrezinhos mas honrados” era o lema, mesmo que a mortalidade infantil fosse a mais elevada da OCDE. Hoje estamos na vertigem do oposto: “ricos” e endividados e com uma das menores taxas de mortalidade infantil da OCDE. É o eterno problema político: a arte da escolha ou arte do possível e a gestão das expectativas…
De Bic Laranja a 4 de Maio de 2010
Não me parece que o sentido do verbete seja a avareza. O apego ao dinheiro sem perspectiva de criação de riqueza vejo-o sobretudo na plutocracia em que vivemos.
Cumpts.
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