
O sr. António de Vasconcelos deve ter manuseado o calhamaço de Filipe de Meneses sobre Salazar, mas lê-lo... Só assim se explica que o resumo que faz dele (de Salazar, não do livro) seja o habitual chorrilho de lugares-comuns que nestas ocasiões tão bem compõem uma colunazinha de cultura no jornal. Metodicamente, porém, no último parágrafo faz-lhe um conciso reparo (neste caso é ao livro): o não ter enfatizado a devastação cultural de que o país ainda não se recompôs (e dá o apagamento da memória histórica como exemplo; aonde terá ido ele buscar esta?)
O sr. António de Vasconcelos - perdão, o sr. António-Pedro de Vasconcelos - é boa prova da tal devastação cultural que diz, e também ele se não recompõe. Se é por causa de Salazar ou por causa do hífen, das duas uma.
De Luísa a 18 de Setembro de 2010
Quanto aos dizeres do senhor sobre o livro e o Salazar... O livro, não li; o Salazar, não me diz nada directamente, a não ser o facto de eu ser de um concelho vizinho a Santa Comba Dão. Isto é, eu disse tanto como muita gente diz sobre Salazar e livros: NADA! A diferença é que eu só venho "chateá-lo" a si, caro Bic, outros são pagos para serem "chatear" quem compra/lê jornais e afins...
Já isso do hífen é comum por aqui. Tenho um colega alemão com dois nomes próprios que são ligados pelo "tracinho". No entanto não vejo nenhuma similitude entre o nome (qulaquer deles) do senhor em questão com nome germânicos... Se eu gostasse muito do meu primeiro nome também o ligava ao meu bonito Luísa, que por acaso até é germânico... :D
Saudações
Do que vejo, hoje, até uma gaita de foles sopra opiniões sobre Salazar. Aqui há tempo, um cronista escamado com os 'privilegiados' da A.D.S.E. culpou quem? Salazar.
Sobre o hífen vai na resposta a seguir.
Cumpts. :)
De Luísa a 19 de Setembro de 2010
A sério?? Anda para aí cada um com um desfazamento da realidade... Isso lembra-me o meu melhor amigo, no tempo em que andávamos na faculdade. POr qualquer coisinha, virava-se para quem queria ouvir: a culpa é da Luísa. Se era assunto sério, a culpa era minha, se era assunto de brincadeira, a culpa era minha, eu até cheguei a ter culpa da chuva!!! A diferença é que a coisa era brincar e eu agora até tenho saudades do tempo em que eu era considerada culpada pelo terramoto de 1755...
De Luísa a 19 de Setembro de 2010
E é desfasamento... :s
O seu amigo (perdoe-me o indiscrição) tinha fixação em si.
Cumpts. :)
De Luísa a 19 de Setembro de 2010
Ah! Ah! Essa esteve mesmo muito bem. Ele era (e é) uma pessoa especial. Mas graças aos santinhos todos... cresceu e agora cada um arca com as suas respectivas culpas!!
De [s.n.] a 19 de Setembro de 2010
Por acaso conheci vagamente este senhor (e a então sua primeira mulher) há muitos anos, era ele empregado num agência de publicidade. Era bastante mais velho do que eu, mas era uma pessoa mìnimamente simpática. Sempre o conheci como António Pedro Vasconcelos tal e qual, sem hífens nem " la petite particule" (como diria uma amiga minha francesa a propósito do "d" que Giscard d'Estaint acrescentou ao seu nome dando-lhe um toque aristocrático que não possuia e que em França tem uma importância enorme, o que cá também acontece mas não com tanta força) ou preposição "de"... O mesmo se deve passar com este senhor Vasconcelos (nem sei como não coloca dois L neste apelido, respeitando assim os seus supostos 'nobres' ancestrais...) que de repente resolveu alterar o nome, acrescentando a preposição e o traço de união ao nome, para lhe atribuir o mesmo significado pomposo do outro. Preposição que, ligando apelidos simplesmente, em Portugal não tem exactamente o mesmo significado, mas há casos em que anda lá perto por fazer parte duma determinada linhagem familiar.
Eu por acaso até tenho um "da" e um "de" entre apelidos, pelo que sou insuspeita.
Maria
Por acaso a preposição ele não a usa. Foi confusão minha. Agora que está é deixá-la. Todavia a preposição usou-se sempre em Portugal quando o apelido era de origem toponímica. O uso moderno foi-a deixando cair e foi-a recuperando ou mantendo por invocação de pergaminhos (legítimos e não só).
Os apelidos de origem toponímica estão em muitos casos ligados a ancestrais senhorios de terras, daí o sainete do seu uso presente.
O hífen em nomes próprios cuido que seja a variante da 'aristocracia' de esquerda; uma coisa de se dar ares mas sem querer ter nada que ver com pergaminhos, porque esses á esquerda são desprezíveis.
As peneiras é que não têm partido, só os antónios-pedros.
De [s.n.] a 19 de Setembro de 2010
O verbo possuir, no tempo e pessoa em que está conjugado, leva acento agudo no "i", mas o computador não o quis colocar por mais que eu tenha insistido. Peço desculpa pela falta d'acentuação.
O mesmo estava a acontecer com as primeiras aspas na expressão francesa, mas à custa de tanto insistir o pc lá se resolveu fazer-me a vontade...
Maria
De [s.n.] a 19 de Setembro de 2010
É exactamente como diz, sem tirar nem pôr. As peneiras (que bela designação, que se usava nestes e em casos semelhantes mas que se foi perdendo com os tempos) é que são mais do que muitas..., mas isso acontecer à esquerda é que é para admirar. Ou talvez não. Eles têm uma inveja de morte da direita e dos chamados bem nascidos (normalmente de direita, claro) e de tudo o que com eles se relaciona e quando podem - este é um desejo que os consome - unem-se pelo casamento a essas famílias, as mesmas que fingem desdenhar. Há dezenas, senão centenas de casos cá e lá fora. Tomando como exemplo e só um, o Miguel Boyer, socialista espanhol, não descansou enquanto não se casou com a ex-mulher do Marquês de Grignon, porque porventura foi o mais próximo que ele conseguiu para finalmente se juntar à aristocracia espanhola. Muito embora já a ela não pertença, a mulher tem uma filha do Marquês, pelo que o ambiente se mantém mais ou menos... E o que denota a hipocrisia e o cinismo que os habita, na esquerda em geral, é que passam a vida a humilhar a direita e a desacreditar a aristocracia e a nobreza, que são de direita por tradição. Mas trata-se tão sómente de pura inveja, porque fazem tudo o que podem para se juntar a eles... Daí talvez os apelidos sonantes, falsos ou verdadeiros, d'alguns dos famosos democratas, laicos e socialistas.
Obrigada pela resposta.
Maria
É tudo gente fina. São é de tribos diferentes.
Cumpts. :)
Grato pelos seus comentários!
De manel a 23 de Setembro de 2010
as andorinhas estão agora a chegar, as caravanas acabam de regressar aos seus países, e os camelos ficam em portugal ,pobre pais este ...
Deixá-lo! A futebolite serve de paliativo.
Cumpts.
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