19 comentários:
De Bic Laranja a 22 de Novembro de 2010
Agradeço-lhe penhoradamente tudo o que me diz. É precioso.
Registo que a designação de capoeiro-mor possa ter origem popular. Tem a sua lógica mas não me havia ocorrido.
Cuido que conheça o Arquivo Fotográfico da C.M.L., onde uma pesquisa por 'comendadeiras', 'santos-o-novo', etc. possa devolver-lhe muitas memórias.
Cumpts.
De José Gracioso a 22 de Novembro de 2010
Efectivamente já tinha há alguns meses dado uma olhadela no site do Arquivo Municipal.
Lembro-me até já ter visto lá uma foto, voltada para sul e tirada da Quinta dos Peixinhos onde está hoje uma estação-serviço amarelada. Vê-se o barracão do papel que evoquei já.
Esta área foi, depois que um certo França Borges, tivesse enviado os habitantes das barracas para as Quintas da Argolinha, Curraleira e outras, palco de confrontos à pedrada entre miudagem de bairros diferentes, género West Side Story. Com a dita evacuação, apareceu um terreno de futebol improvisado que é hoje o "Operário".

Na sua foto e continuando a rua, o Clube Ferroviário foi a "grande" área comercial sobretudo no ramo de mercearias. "Grande" pelo menos em relação ao que se praticava nos anos 50. Seria mesmo uma das primeiras em Lisboa de tipo auto-serviço.

O que me admira é que a foto seja de 1989.
O muro na parte onde estão duas pessoas depois do carro azul, comportava uma abertura que consistia em duas séries de quatro barras horizontais em betão e um pilar da altura do muro. Esta abertura servia à passagem de águas pluviais e já estava construida creio, pelo menos nos anos 60. Ela não aparece na foto.

Evocando esta abertura no muro, na parte inferior e que se não vê na foto, entre o muro e os telhados, foram construidos dois tanques.
Se me recordo bem, foi construido também um colector sob a via férrea.

Fico reconhecido pelos agradecimentos mas foi um prazer.
A minha infância e um pouco da juventude foram entre a Calçada dos Barbadinhos frente à Junta (domicílio) e as escolas (Botto Machado, na rua do Paraíso, a de Santos-o-Novo, a da rua das Lajes, a Nuno Gonçalves e a Patrício Prazeres).
Eis as razões dos meus conhecimentos desta zona de Lisboa.

Com os meus cordiais cumprimentos.
José Gracioso

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