2 comentários:
De cb a 26 de Novembro de 2010
Morei na 5 de Outubro nos inícios dos anos 60.
Um edifício de traços modernos que era considerado de algum luxo.
Entrada enorme, em mámore, de um lado espelhada e do outro um painel de azulejos pintados por um artista plástico chamado Relógio. Dois elevadores um principal e outro que dava para as entradas das cozinhas das casas. Estas eram de 6 assoalhadas, incluindo uma suite para a(s) empregada(s).
Tempos de alguma abastança, a que se seguiram outros bem mais difíceis, pelas contrariedades da vida.
Mais tarde passei por lá e as varandas estavam a cair (defeito de construção ? falcatrua do construtor?), fez-me pena porque passei lá os meus 14/15 anos e foi lá que me apaixonei, julgo que pela primeira vez, por uma vizinha do 1º Dtº do prédio do lado de lá da rua. Sempre que chegava das aulas abria a janela do quarto e lá estava ela. Colocava no gira-discos uma canção chamada "A casa de Irene" (uma italianada então em voga) e ali ficava à janela a retribuir sorrizinhos malandros.




De Bic Laranja a 27 de Novembro de 2010
Cuido, pois, que o prédio apesar das varandas se vá aguentando. De mais a mais se é desses pós-modernos em que ainda assim se punha algum empenho em detalhes decorativos. Hoje, mau desenho (http://lisboasos.blogspot.com/2009/11/premio-valmau.html#links) fingindo arte é o que se vê.
Um rico pormenor sobre a vizinha, lembrando um tanto a Rodrigues Miguéis numa «Escola do Paraíso» em época mais recente.
Cumpts.

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