«Mais uma reforma? Deus nos acuda. Cada reforma ortográfica é uma convulsão no idioma. Admite-se de século a século. De oito em oito dias, é demais... Antes brincar com fogo ou com bombas atómicas. Não há reforma ortográfica tão subtil que possa satisfazer qualquer inteligência. Todas têm defeitos. São obras humanas, eivadas de paixão, tocadas de bairrismo, não podem servir todos os intelectos. A de 1911, para mim, é a menos defeituosa. As seguintes, querendo corrigi-la, pioraram-na, principalmente a da mãi. A de 1945... Portugal perde nela, ainda hoje, o seu carácter. Mas, Deus a conserve. Outra que venha será porventura a mortalha da língua portuguesa.»
João de Araújo Correia, A Língua Portuguesa, Lisboa, Editorial Verbo [1959], p. 40, apud Assim mesmo.
(In www.RTP.pt/cinema www.RTP.br...)
Adenda às 5 para a meia-noite:
O texto apresentado segue rigorosamente o português brasileiro; a consoante etimológica em percepção é pronunciada pelos brasileiros e só por isso lá está. Somam-se fato e seção, sem consoante etimológica, também à brasileira. Dois erros grosseiros de indigência porque em português se diz facto e secção. O actualizado está embutido no algoritmo do programa informático e só por distracção escapa ao Lince (maio já vem com minúscula, como no Brasil, também). Torna-se óbvio que o milagroso corrector ortográfico Lince, do I.L.T.E.C., para o aborto gráfico, é municiado pelo Vocabulário Ortográfico brasileiro, tal como afirmei aqui há tempo (v. Adoptar, verbo transitivo, 10/IV/2011).
Demonstra-se: 1) que a indigência acordita não dá para um Vocabulário Ortográfico português, sequer; 2) que o Acordo Ortográfico de 1990 é uma capitulação por inteiro ante o Brasil. É também este o estado a que Portugal chegou. Isto envergonha.
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