
Rua Veríssimo Sarmento e Quinta das Olaias, Picheleira, 195...
Judah Benoliel, Arquivo Fotográfico da C.M.L., JBN005164.
(Idem, 2011 - Google Maps 3D.)
De Attenti al Gatti a 26 de Agosto de 2011
Fantástico! O local a tomar a aparência que mais tarde lhe conhecí. E se as casas em primeiro plano já estavam demolidas à data das minhas recordações, a silhueta daquelas outras lá no horizonte, veio-me agora à memória, tantos anos depois. Ainda andei pelas que se vêm mais à direita, mas os pormenores esvaíram-se com o tempo.
A.v.o.
Era o Casal Novo (os telhados). Dava frente para a Quinta das Olaias e estendia-se para o lado da Rua do Sol a Chelas até à Quinta Nova. Foi este Casal aterrado e coberto com a Escola António Arroio.
Cumpts.
De Attenti al Gatti a 27 de Agosto de 2011
Estava-me a referir às casa em plano mais alto, no horizonte, o Monte Coxo. As que se encontram em primeiro plano, à esquerda eram, afinal, o meu bem conhecido Casal Novo (1885) mas a perpectiva da foto e o carreiro que lá se vê, induziram-me em êrro, fazendo-me parecer que elas estavam situadas no lado contrário da azinhaga, onde nunca conhecí nenhuma edificação. Parabéns pela sua perspicácia, sem a qual eu continuaría enganado.
O modo como a foto foi tirada, de um ponto alto, leva a crêr que já estaria feito o aterro, iniciado no final dos anos 50 e onde, posteriormente, veio a assentar a Escola António Arroio.
A.v.o.
O lugar já estava aterrado, sim.
E notou como a Rua Larga forma como que um dique nas terras que ainda eram da quinta das Olaias? E um dique sem os muros...
Cumpts.
De [s.n.] a 26 de Agosto de 2011
... esta azinhaga se bem me lembro veio a fazer a ligação para a Escola Cesário Verde, e ao fundo à esquerda seria aquela que se conhecia pela quinta do Lourenço?
De Bic Laranja a 26 de Agosto de 2011
Sim. A embocadura deste caminho de terra veio a ser o princípio da rua dessa escola preparatória em Lusalite que diz.
Mas não coincidia essa rua com a velha Azinhaga da Picheleira que, vinda da Barão de Sabrosa passando diante do Casal Novo (as casas na base da fotografia), se prolongava na Calçada da Picheleira até Chelas.
A quinta na colina mais elevada, à esquerda, era a do Monte do Coxo.
Cumpts.
De Mário Cruz a 26 de Agosto de 2011
Caro Bic,
Desculpe pela impertinência, mas a foto do comício despertou-me enorme curiosidade. Já viu FAN003628 (cota antiga) do arquivo da CML?
Cumprimentos
De Bic Laranja a 26 de Agosto de 2011
Conheço essa. É doutro comício um mês antes que se fez nos terrenos onde hoje vegeta a sapataria Guimarães. Por acaso esqueceu-me de a pedir num lote que mandei há dias ampliar no Arquivo.
Conto de as ir publicando a retalho, como esta aqui.
Cumpts.
De Adriano Ribeiro a 28 de Agosto de 2011
Caros amigos
Eu não queria ser desmancha-prazeres, mas tenho a impressão que os edificios à direita nada têm a ver com a Rua Verissimo Sarmento. Eles são as traseiras da Rua João Nascimento Costa no chamado antigamente Bairro de Santa Engrácia.(construido em 1955)
Realmente a azinhaga (junto aos prédios) que se vê vai dar hoje à Escola Cesário Verde, mas na altura desembocava no chamado Jardim da Nespera e mais acima ao Páteo das àguias em frente ao Bairro da GNR.
Na elevação era a quinta do Manuel Coxo ou Manuel Réo,hoje, salvo erro, a urbanização do Bairro Portugal Novo
Terei razão?
Cumprimentos
Adriano Rui Ribeiro
De [s.n.] a 28 de Agosto de 2011
Os edifícios do lado direito são como diz, as traseiras da Rua João Nascimento Costa. A Rua Veríssimo Sarmento atravessa a imagem e é por onde circula o automovel, julgo ser assim Sr. Bic?
Cumpts.
Assim é. As traseiras do B.º de S. Engrácia à dir. e a Rua Veríssimo Sarmento à esq.
Certo também acerca do Monte do Coxo.
Cumpts.
De [s.n.] a 3 de Abril de 2021
esses predios eram os primeiros inicio picheleira
De Adriano Ribeiro a 29 de Agosto de 2011
Caros amigos
Para nós que lá residimos na altura a Calçada da Picheleira começava mesmo junto ao Bairro da GNR. Lá para os anos cinquenta (1952) é que construiram os primeiros prédios e prolongaram a Rua Verissimo Sarmento.
Há um leitor que refere que do Casal Novo atingia-se a Rua do Sol a Chelas. Não deve ser verdade, porque do Casal Novo para se ir para a Rua do Sol a Chelas, ou se ia pela Calçada do Carrascal (passava-se pelo campo do Vitoria CL e pelas casas da Maria dos porcos e do Cunha Velho) ou então pelas Ruas Luis Monteiro e Antonio Luis Inácio. Nem do Casal Novo se conseguia ir para a Quinta da Curraleira. Havia uma entrada para a Curraleira de baixo pela Rua do Sol a Chelas, mas que nunca dava acesso à azinhaga que ligava a Rua Barão de Sabrosa à Calçada da Picheleira.
Cumprimentos
De Adriano Ribeiro a 29 de Agosto de 2011
Caros amigos
Reli o comentário do leitor e rectifico porque ele
nunca disse que se ia para a Rua do Sol a Chelas pelo Casal Novo. Mas fica a informação. Lembro-me que uma vez tentei atravessar a Quinta Nova para a Rua do Sol a Chelas e voltei para trás porque ouvi tiros de caçadeira de local inferior onde eu estava.
Cumprimentos
Adriano Rui Ribeiro
Nota: o Bic Laranja publicou em tempos uma reportagem sobre a "Queijoca". Já para o fim da vida dela a "Queijoca" morou em minha casa.
Nem há uma semana alguém me contou história igual sobre a Quinta Nova (quinta do Gago?). Apenas essa pessoa me contou que procurava fazer o caminho inverso; desde a Rua do Sol a caminho do Casal Novo.
Deve ter razão sobre chamar-se Calçada da Picheleira ao troço da Rua Veríssimo Sarmento entre o B.º da Guarda e a Picheleira. Esse era o nome dado nos projectos da C.M.L. ao necessário arruamento (a fazer) ligando do B.º da Calçada da Picheleira (Casal da Porciúncula ou Casal dos Ladrões) à Rua Barão de Sabrosa; isto pelos anos de 1927-36.
Sobre a Queijoca, v. «Gasosa com vinho», 26/9/2009.
Cumpts.
De Adriano Ribeiro a 29 de Agosto de 2011
Caro amigo
É tal e qual como diz. Nesse arruamento só havia um prédio muito antigo. Morava lá um senhor de nome João Cordeiro que era o chefe das oficinas do Antonio da Escola. Em frente fizeram depois outro prédio onde havia uma taberna famosa pelos seus petiscos e que estava sempre cheia de clientes.
As "púrrias" (pedradas) entre a malta da Picheleira e do Alto do Pina era no terreno superior agrícola da Quinta do Gago. Famosos os seus milheirais e trigais. Os nossos pombos nunca passavam fome.
A malta do Alto do Pina concentrava-se no Jardim da Nespera e os da Picheleira perto das traseiras da taberna do Zé da Cachopa na Calçada do Carrascal.
Gladiadores de meia tijela era o que éramos
Cumprimentos
Adriano Rui Ribeiro
De [s.n.] a 3 de Abril de 2021
verdadinha
De Attenti al Gatti a 1 de Setembro de 2011
Caros Bic Laranja e Adriano Ribeiro:
- Será possível acrescentar mais alguns esclarecimentos sobre o Pátio das Águias? A minha falecida mãe falou-me várias vezes sobre ele. Inclusive terá lá tido uma mestra que lhe ensinou as primeiras letras. Uma espécie de pré-escolar de antanho. Mas não sei exactamente onde ficava. Suponho que se situaria no extremo de umas varandas, que tinhm entrada na esquina da Rua Barãode Sabrosa com a Calçada da Ladeira.
Tenho idêntico problema com a Taberna do Zé da Cachopa. Ouví falar dela muitas vezes mas não sei onde era. Também ouví chamar Quinta do Vitorino às casas que se vêm à esquerda dos prédios da Rua Joâo Nascimento Costa. Bate certo? E na Quinta do Valério, alguém ouviu falar?
E o Adriano Ribeiro terá conhecído o Jaime "Cabelinho de Sêda" e o Manel "Foge-ao-Vento")? Foram conteporâneos do "Príncepe".
A revista do "Expresso" desta semana traz um trabalho intitulado "Eduardo Serra - O Único Portugês Nomeado para dois Óscares" cujo, é um filho da Picheleira, tal como ele próprio declara.
A.v.o.
De Bic Laranja a 1 de Setembro de 2011
Desafortunadamente nada lhe sei dizer.
Cumpts.
De Adriano Rui Ribeiro a 2 de Setembro de 2011
O Pateo das Águias ficava mesmo em frente ao cimo da Alameda D. Afonso Henriques. Havia um chafariz ao lado da entrada. A familia mais conhecida do Pateo das Águias eram os jornaleiros. Não me lembro dos nomes dos pais (talvez o "foge ao vento") mas conheci os irmãos todos: o Manecas, O Adelino (o Lina do juniores do Benfica)o Cabena, O Principe ( que teve um café na Rua Capitão Roby) e o Totina (meu afilhado de casamento). Outra familia conhecida eram os Chitas. Gente famosa como o Calé e o Mario Reis, excelentes jogadores de futebol. O Pesca (o Cruz do Benfica, campeão europeu) também parava no Pateo das Aguias, mas salvo erro morava na Rua do Garrido. A sede do Aguias do Alto do Pina era na taberna no prédio da Rua Barão de Sabrosa gaveto com a Alameda. O Ricardo Ferraz, treinador de boxe do Sporting também era do Pateo das Aguias, assimo como os irmãos Paz que jogaram no Belenenses.
A taberna do Zé da Cachopa ficava na Calçada do Carrascal aí para o numero 153. Dava para as traseiras da Quint Nova ou do Gago. Íamos lá aos Sabados tomar duche por cinco tostões.
Cumpromentos
Adriano Rui Ribeiro
Agora sim, já posso dizer uma coisinha. O Manecas tinha banca na Pr. do Chile, ao pé da Parreirinha. O Totina na Estephania ao pé da Tarantela - o filho estabeleceu-se por ali perto. O Príncipe era o careca da leitaria dessa rua que diz. E o mais que digo é que o Pátio das Águias era um castiço pátio alfacinha.
Grato pela informação.
De [s.n.] a 3 de Abril de 2021
amigo Adriano como se chamava aquele cafe quase em frente ao chafariz ,onde parava o pessoal da pesada , nao me lembro do nome,abraço
De Attenti al Gatti a 5 de Setembro de 2011
Muito grato ao Adeiano Rui Ribeiro pela informação detalhada do Pátio das Águias. Já tinha perdido a esperança de acrescentar algo mais ao pouco que sabia sobre esse local. O nome deve-se, pelo que ouví dizer, ao par de águias que lhe decoravam a entrada. Tenho imensa mágoa que toda esta informação, bem como as novas tecnologias que a colocam ao alcance de um dedo, já venham demasiado tarde para certa pessoa.
A.v.o.
Comentar