5 comentários:
De Inspector Jaap a 12 de Junho de 2012
Não vejo nada de errado em alardear algo que fazia com que qualquer carta custasse 1$00, desde que o seu destino fosse Portugal (do Minho a Timor), um postal pela metade e sempre entregue no dia seguinte; e não ficava azul, o correio.:)
É só comparar com os dias de hoje.
Cumpts
De Bic Laranja a 12 de Junho de 2012
Publicitar o correio mostrando os carteiros não tem que dizer. Os carteiros eram assim, o correio era como diz.
Hoje não mostram carteiros. Se os mostram, lavam-lhes os coletes que lhes dão como fardela...
Cumpts.
De [s.n.] a 12 de Junho de 2012
A correcta postura dos carteiros e o seu impecável fardamento, deixam qualquer um admirado. Ou não. É preciso lembrar os portugueses do presente, que 'dantes' havia brio no trajar, orgulho na profissão (qualquer que ela fosse) e no seu desempenho, sempre efectuado com a maior das entregas. Isto acabou há quase quarenta anos. Acabou? Não exactamente. Quer dizer, houve simplesmente um interregno. As águas hão-de voltar ao seu curso normal mais cedo ou mais tarde.

O que me deixa sempre maravilhada sempre que vejo estas e outras fotos de Lisboa, é a sua claridade e a brancura imaculada dos edifícios, estátuas, passeios, etc.
Talvez a mais bonita e elogiosa frase sobre a nossa bela capital, veio há pouco tempo num jornal norte-americano (New York Times?) que dizia: "Lisboa é uma cidade branca"! Sê-lo-á, mas já foi muitíssimo mais.
Já noutros tempos estrangeiros haviam afirmado que Lisboa era "a cidade mais limpa da Europa" e "a mais tranquila e segura", etc. Porém nunca tinha ouvido ou lido classificação que melhor se coaduna com a nossa magnífica capital cuja imensa luz que a banha, reflectida nas claras fachadas dos edifícios e na branca pedra-mármore dos monumentos e ainda no calcário dos passeios, confere-lhe (conferia-lhe) uma tripla luminosidade.

Isto da "cidade branca" foi dito por quem observa Lisboa através de documentários e pequenas filmagens de rua ou em postais e fotografias, como as duas que encimam os escritos cuja alvura das fachadas dos edifícios do Terreiro do Paço bem como a base da estátua a D. José, quase ofuscam tudo em redor. Hoje dir-se-ia que a cor de Lisboa é mais de um branco-muito-sujo.

Quanto aos outros elogios... Bem, se agora cá viessem os mesmos que há quarenta anos garantiam ser Lisboa a cidade mais limpa e segura da Europa..., não sei, não. Ou melhor, sei. Para máxima vergonha (se porventura a tivessem) dos presidentes que, um após outro, têm ocupado a cadeira do poder na principal autarquia do País e infinita mágoa dos seus habitantes, perante a total decadência que se abateu sobre esta cidade empregariam adjectivos bem mais consentâneos com a crua realidade.
Maria
De Bic Laranja a 13 de Junho de 2012
Que brio podem ter tarefeiros contratados para distribuir correio à jorna? Que motivação lhes dá um colete surrado e um carrinho de ir às compras? -- Há dias recebi correspondência ensopada; duas vezes na mesma semana... -- Muitos parece que andam arrebanhados para uns biscates de publicidade não endereçada à mistura com a distribuição postal. Se é algum esquema por fora dos capatazes que lhes coordenam as tarefas não sei. Como isto vai, cuido já ser tudo parte dum esquema maior, global, de alto a baixo da hierarquia dos serviços postais.
Lisboa também reflecte a gente que nela há.
Cumpts.
De [s.n.] a 14 de Junho de 2012
É exactamente como diz.
De facto, lembrar o que esta cidade foi, observar como se fardava (e comportava junto do utente)o funcionalismo camarário e público, incluíndo justamente os carteiros, no anterior regime e verificar o estado deprimente (porque agressivo, desmazelado e desprendido) a que tudo isto chegou, provoca-nos, a somar a uma revolta constante, uma profunda tristeza e uma ansiedade permanente, na esperança, mil vezes suplicada aos Céus, de que o país um dia destes acorde com um novo regime finalmente consentâneo com a alma limpa e o sentir patriótico dum Povo orgulhoso do que já foi e voltará a ser Portugal.
Maria

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