Quarta-feira, 20 de Novembro de 2019

Da luta

 A censura era tramada. O falecido baladeiro José Branco cantou a liberdade e teve certa «canção proibida» porque mencionava qualquer coisa a propósito de um soldadinho que não regressara.
 Os não soldadinhos desertores regressaram todos. Coisas de exércitos de fujões sempre a bufar que a luta continua.

Locomotiva E214, Régua (G. Woods, 17/IV/74)
Comboio de transporte de tropa, Régua, 14/4/1974 17/IV/1974.
Jorge Woods, in Flickr.

Escrito com Bic Laranja às 13:30
Verbete | comentar
18 comentários:
De Pedro Nogueira a 20 de Novembro de 2019
Ontem, mais palavra, menos palavra, disse precisamente o mesmo.
Cumprimentos.
De Bic Laranja a 21 de Novembro de 2019
Pois é! Heróis de gargarejo é que estão a dar…
Cumpts.
De João Cabral a 21 de Novembro de 2019
Vá lá, não seja assim também. Reconheça ao homem, pelo menos, qualidade e originalidade musicais. Prova disso são as inúmeras colaborações com reconhecidos fadistas da nossa praça. A ajudinha foi dele.
De Bic Laranja a 21 de Novembro de 2019
Não sou. Mas sempre me enjoaram as suas cantigas (dele). Especialmente aquela da Martha e o dr. D. Gaspar (a ladaínha do não manganão! era mesmo irritante).
Mas isto é mero gosto particular. Dos fados não conheço muito, há-de perdoar.
De toda a maneira, do que falo aqui é da luta: a dos nossos rapazes no Ultramar e a dos antifascistas no bem-bom lá onde andavam.
É outra música.
Cumpts.
De [s.n.] a 22 de Novembro de 2019
O problema era, ou foi, não querer ir para a guerra. Se a guerra civil fosse por cá, que remédio.
Por isso fugiu. Todos têm o direito de não gostar de
ir para a guerra.
De Bic Laranja a 22 de Novembro de 2019
O problema era, foi, de intromissão.
E por tal, o caso intrometeu Direito, Internacional. Mas em concreto era verdadeiramente de dever, nacional. É que o Ultramar também era . Foi por se esquecer isso que no fim deu tudo para o torto.
Por isso, falar em direitos…
Cumpts.
De [s.n.] a 22 de Novembro de 2019
A guerra civil é um conflito no interior de um Estado entre facções do mesmo País, com intromissão ou não de forças exteriores, com objectivos de mudança de regime ou secessão de território.
De Bic Laranja a 22 de Novembro de 2019
Tem razão. V. falou em guerra civil e eu tresli.
De toda a maneira, se se tem dado na metrópole, a deserção do camarada havia de ser a mesma.
Cumpts.
De [s.n.] a 23 de Novembro de 2019
Nos anos da guerra 1961-1974 a percentagem dos faltosos, em relação aos recenseados, começou em 1961 nos 11,7%, passando em 1963 aos 15,6%, tendo subido em todos os anos e a partir de 1970 chegou aos 20,9%.
Pode-se entender que havia muitos a não gostar de ir para a guerra. Se a guerra fosse por cá não sabemos.
De Bic Laranja a 23 de Novembro de 2019
Pode entender-se, por mero senso, muito além da estatística dos refrectários: eram quase 100% a não gostar de ir para a guerra.
Eram e são.
Com isto houve os que foram e os que não deixaram de ir; e ao invés houve alguns que não foram e outros que, bem, «deixaram de ir».
Havia, há, e não há-de deixar de haver.
Na estatística contingente aos contingentes militares, cada um forma seus heróis…
De [s.n.] a 23 de Novembro de 2019
Estou completamente d'acordo com o que escreveu sobre este tema. Todos os desertores foram traidores à Pátria. E nós sabemos perfeitamente quem eles foram/são, muitos deles ainda andam por aí. Não é de estranhar que pràticamente todos os baladeiros/opositores ao regime/anti-fascistas e um largo etc., que regressaram ao País após o 25/4, eram/são (os que ainda estão vivos) pràticamente todos comunistas-marxistas-estalinistas, troskistas e maoistas. Todos têm andado felizes e contentes com a democracia(deles) desde há 45 anos.

Pudera!, foi este regime/sistema corrupto e não menos criminoso que lhes deu tudo o que posssuem: trabalho(sem competência para os cargos, naturalmente levando-as à falência) em grandes empresas lucrativas, substituíndo milhares de trabalhadores leais, honestos e cumpridores; belos andares e ricas moradias para viverem à grande (e até edifícios "Prémios Valmor" lhes foram cedidos sem mais aquelas. Onde?, pois na Av. da Liberdade e noutras zonas nobres de Lisboa e arredores) sem pagar renda, além de mensalmente receberem bastante dinheiro atribuído pelos partidos do sistema como agradecimento pelos serviços prestados durante a 'revolução' ou seja, pela ajuda na total destruição do País) para os sustentar e às famílias. Consequentemente todos têm levado uma vida regalada. Na verdade uma vida de sobas. Não hão-de os comunistas apoiar o regime d'alma e coração. É apenas natural. E continuarão a fazê-lo até ao fim dos seus dias.
Maria
De Bic Laranja a 23 de Novembro de 2019
São todos heróis. A pátria teve de lhes recompensar os serviços prestados, como é de justiça.
Cumpts.
De [s.n.] a 23 de Novembro de 2019
A quem se refere? Quais foram os faltosos de ir à guerra que depois regressaram e ficaram ricos com prédios nas Avenidas?
Sabe-se que a grande maioria, dos milhares que fugiram, ficaram nos países que escolheram para trabalhar e constituir família. Calhando, alguns haverá com prédios nas avenidas de lá.
De [s.n.] a 31 de Maio de 2022
Os que cantam a liberdade.
De João Távora a 21 de Novembro de 2019
Deve haver um engano na datação da fotografia, pois o logitipo que se vê no vagão de carga do lado esquerdo só foi implementado em 1981.
Cordiais cumprimentos,
De Bic Laranja a 21 de Novembro de 2019
Ora aí está uma boa observação. O autor dá a fotografia a 17/4/74. Por erro de transcrição eu pu-la aqui com data de 14/4/74 — são dois erros, pelo visto.
Deixei nota do que diz ao autor.
Obrigado.
De Bic Laranja a 22 de Novembro de 2019
Estimado João Távora.
Pus a dúvida, que me pareceu certa, ao autor da fotografia e a sua resposta parece-me sem dúvida também.
Um caso a ver.
Cumpts.
De Bic Laranja a 23 de Novembro de 2019
Ora bem! Visto.
Cumpts.

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