Houve um tempo em que as gasosas e as laranjadas eram um regalo (já ninguém diz gasosa ou laranjada). Normalmente era no Verão, o melhor tempo do ano, quando a mãe nos deixava comprar em todas as refeições. Também era quando sabiam melhor. Refrescavam os Verões. Adoçavam as férias em casa e, especialmente, na do avô. Soube mais recentemente que em cada terra havia uma fabriqueta de refrigrantes. Indústrias regionais que não resistiram à C.E.E., à modernidade, ao progresso, à mundialização, ou lá o que foi. Era por isso que quando íamos de férias para casa do avô não achavamos laranjada BB ou gasosa Cristalina nos cafés da terra, e comprávamos outra marca que houvesse. Cada terra tinha a sua marca de refrigerante. Mas era bom à mesma: laranjadas e gasosas no Verão eram um regalo, tanto fazia a marca.
«BB», Escolas Gerais, 1972.
Jean-Henri Manara, in Portugal (Flickr).
«Cristalina», Terreiro do Paço, 1972.
Jean-Henri Manara, in Portugal (Flickr).
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