Segunda-feira, 27 de Abril de 2020

O distanciamento, esse acto de se pôr à distância, à margem, refinou-se. Entrou no chic socializante das televisões. E ai de que apareça sem o social ! Ficava-lhe muito mal. Como às oportunidades, que há muito nada brilham sem a indispensável janela.
Distanciamento, só social, portanto.
Isto mesmo com as redes, sempre e só ditas sociais pelo chic bem-falante que nos teleatrofia o pensamento, os modos e a linguagem, mas que diz que aproximam, quebrando a distância.
O social e os sociais, finamente aplicados ao distanciamento e às redes, dão, portanto, para tudo mais o seu contrário. Deve ser isto o socialismo.

Celebração fúnebre do grande acidente nacional, S. Bento, 2020.
Fotografia da Lusa, i.é, brasílica.
De Leunam a 27 de Abril de 2020
R.I.P.
De Figueiredo a 28 de Abril de 2020
Ao ponto a que chegamos.
Não podia ser doutra forma.
Cumpts.
De Joe Bernard a 28 de Abril de 2020
Com a devida vénia a um Amigo....!
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> Fazem troça do Donald Trump quando temos cá este palhaço hipócrita. Grande cretino.
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> Não sei quem seja o autor.
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> Quando teve alta hospitalar o Primeiro Ministro Inglês agradeceu a todos os profissionais de Saúde do NHS.
> Fez questão de salientar, depois, dois enfermeiros em particular. Uma enfermeira da Nova Zelândia e um enfermeiro de Portugal.
> O PM britânico cumpriu o seu papel.
> Aproveitou para realçar publicamente a importância do sistema nacional de saúde britânico, principalmente em tempos de pandemia.
> E a historia acabaria, bem, por aqui.
> O problema foi a partir do momento em que Marcelo, uma vez mais, decidiu canibalizar o momento, qual vampiro à procura não de sangue mas dos holofotes.
> De que não precisa.
> Marcelo não precisa de procurar palco. Tem directo acesso a ele.
> Não por ser Marcelo.
> Mas por ser o Presidente da Republica.
> Que se deve fazer ouvir, com sensatez e bom senso, sempre que se tornar necessário.
> Mas Marcelo não se controla.
> Porque Marcelo não se quer controlar.
> Marcelo fez questão de telefonar ao enfermeiro português.
> Depois Marcelo fez questão de referir à Imprensa que tinha feito o telefonema.
> Não satisfeito Marcelo fez com que a Presidência da Republica lançasse um comunicado, mais do que sobre o tema, sobre o facto de Marcelo ter telefonado.
> Como se não bastasse todo este folclore mediático, Marcelo fez ainda questão de publicar o comunicado no site oficial da Presidência da Republica.
> E, de repente, a personagem deixou de ser o enfermeiro português ou sequer os Profissionais de Saúde.
> Passou a ser, uma vez mais, Marcelo.
> Não concordo com os que dizem que Marcelo está tonto (e outros adjectivos menos abonatórios) ou que está senil.
> Não contribuo para o peditório da desculpabilização por putativa doença.
> Marcelo está na posse das suas capacidades.
> E sabe o que faz.
> E fá-lo propositadamente.
> E esse é o cerne da questão.
> Marcelo comporta-se como o "emplastro".
> Cola-se a quem tem visibilidade no momento.
> Suga o momento, qual vampiro.
> E, a dada altura, já Marcelo inverteu as coisas e tornou-se o protagonista.
> Recentemente foi assim com a opereta do seu putativo contagio por covid-19.
> Depois com o teste de diagnóstico.
> Depois com Marcelo a tentar dar o ar melodramático, "declamando" à varanda não a "Traviata" mas a "marcelata"...
> Voltou a ser assim com o segundo teste.
> E depois com o terceiro teste.
> Foi assim, também, quando Marcelo foi "olhar para os tomates" no Alentejo, como que ensandecido.
> Só faltou babar-se todo tal como tinha acontecido aquando da visita do Presidente Chinês a Portugal.
> Tornou a ser assim quando foi "apanhado" a comprar pão e queijo no supermercado (como se Marcelo fosse tão frugal na sua dieta alimentar). E tivesse acontecido a "casualidade" de ter encontrado no local repórteres de imagem e de som...
> Antes, durante e depois Marcelo encheu ainda os espaços dos media, com declarações sobre tudo e nada.
> Multiplicou-se em notícias e não notícias.
> Comentou os momentos.
> E comentou os comentários.
> Em súmula, com toda esta sede de protagonismo Marcelo conseguiu roubar o Sentido de Estado que se quer da Presidência da Republica.
> Esvaziou a dignidade do estatuto e da função presidenciais.
> Depois de vulgarizar o cargo e a função, Marcelo tornou-se cansativo.
> Porque incomodativo.
> Porque ainda pavão mas já sem ter o brilho do comentador televisivo de outrora.
> Pior do que populista, Marcelo tornou-se popularucho. Inebriado consigo próprio.
> Marcelo é, hoje, apenas por culpa própria, a diva que se arrasta, de forma humilhante, pelo palco. Tristemente patético.
> Insisto...
> Por culpa própria!
Assim é. Descarado. Sempre foi. No cargo, por sem emenda, só estraga. O rei vai nu, sabe-o e nem merece a pena dizerem-lho. Porque continua e continuará.
Cumpts.
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