De [s.n.] a 16 de Outubro de 2014
É. Cada vez mais inúmeros termos anglo-saxónicos vão sendo introduzidos subreptìciamente (e entranhando-se cada vez mais no discurso falado e escrito dos portugueses menos informados, a maioria dos quais não desconfia nem da razão nem do porquê de semelhante desconchavo) no nosso vocabulário. Até as horas do dia já vêm sendo designadas e também desde há muito, não pelo modo como sempre o foram no nosso léxico, isto é, 23.00h, 12.00h, 05.00h, etc., mas à lá americana que é muito mais fino: 5h (da tarde, só por adivinhação, claro), oito (da noite, idem, aspas), etc. Enfim...
Este despautério deve-se exclusivamente à introdução no nosso País pela maçonaria portuguesa (que segue à risca o modo de vida e os hábitos sociais e políticos rigorosamente comandados pela maçonaria mundial, sendo esta afinal quem governa efectiva e despòticamente todos os países democráticos do mundo por interpostos governantes-fantoche, mas não só esses.
Olho Vivo! Lembro-me perfeitamente desta série engraçadíssima. Fartava-me de rir com a maioria das peripécias meio aloucadas do agente(?), não me recordo do nome. Do nome da colega-agente, quase, quase... ( seria "number one"?).
Maria
Os portugueses menos informados são o povo inteiro. Cuido que em duas gerações se partiu a espinha espiritual da nossa Nação, aquela que històricamente sempre nos deu força e ânimo para abraçar o mundo com missão civilizadora.
O que sobra por aí está tão despidinho de identidade, tão pronto e disposto à americanização como qualquer tábua rasa. Portugal perdeu o génio, tornou-se numa terra de selvagens à espera da nova romanizarão civilizadora. Por isso se lhe vêm os indígenas solícitos aos modos e linguagem dos novos senhores que os hão-de tirar da barbárie.
Anteontem ouvi alguém na mercearia estrebuchar que o que é nosso é o pão por Deus. Mas o que se avizinha é o Haluine, ou lá como se isso escreve.
Cumpts.
De ASeverino a 17 de Outubro de 2014
Ó meu amigo a partir do momento em que em vez de cuecas passei a ouvir slips, coffee breaks, mídia (imagine-se mídia, quanto muito media) éfe bê ai (FBI) e por aí fora...o caldo ficou entornado...
Ainda no princípio desta semana ouvi na Antena 1 uma rubrica sobre a língua portuguesa (por volta das 15h00) em que é feita uma pergunta (com duas respostas) a um ouvinte e nessa pergunta estava uma palavra estrangeira (não sei agora precisar se era play lista ou coisa parecida) creio que está tudo dito, acho que isto é o cúmulo dos cúmulos.
É como disse: as gentes do portugalinho foram recicladas; estão no ponto dos autóctones que assimilaram à romanização há dois milénios; desses poucos vestígios linguísticos sobraram, além duns obscuros topónimos de que se nem percebe significado ou origem. O Latim, a língua dos conquistadores, só se imporia tão completamente com caolaboracao dos autóctones. Note bem que até o seu mais famosos caudilho ficou na História com nome latino: Viriatus, que significa «o das pulseiras». E não se vêm agora para aí os íncolas de última geração (mas não só) cravejados de argolas a fazer de adorno? Quere mais prova de que tornámos ao selvagem estádio pré-romano?
Prontinhos para a aculturação mais voluntariosa, é o que lhe digo. É o que se vê.
Cumpts.
... assimilaram a romanização...
... com colaboração dos autóctones...
... mais famoso caudilho...
De Joe Bernard a 18 de Outubro de 2014
Há pouco tempo esta série "Get smart" passou de novo na televisão.
Gostei imenso de a rever e tornei-me a rir como há muuuuitos anos atrás.
Tinha graça. «Get Smart» tem o sentido de «arma-te em esperto», a par do trocadilho espirituoso com o nome do agente chico-esperto Smart. Só disto aqui se tira o espírito subjacente à comédia e o seu mérito. Desgraçadamente é esta sorte de esperteza insciente (e inconsciente) que vemos nos dicionaristas da Priberam com verbetes como «smartphone», ou não?...
Cumpts.
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