Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2019

Mais South African Airways (ou Suid-Afrikaanse Lugdiens)

Daimler Fleetline n.º de frota 809, Martim Moniz (J.-H- Manara, 1972)
Daimler Fleetline na carreira 8, Martim Moniz, 1972.
Jean-Henri Manara, in Portugal (Flickr).

Escrito com Bic Laranja às 15:08
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3 comentários:
De [s.n.] a 23 de Fevereiro de 2019
Tal como frisa e bem a brilhante Cristina Miranda do Blasfémias, este regime desde a sua implementação só se têm preocupado em promover o ensino universitário dos jovens e estes a obtenção dos 'canudos' e têm sido às dezenas de milhares porém terminam os cursos semi-ignorantes.

Isto foi feito ùnicamente para o regime mostrar 'serviço' e 'competência' junto da U.E., quando se sabe que designadamente na Alemanha mas não só, os regimes promovem cursos práticos atribuíveis a alunos que não ambicionem possuir 'canudos' mas apenas conhecimentos suficientes que lhes possibilitem exercer profissões para as quais sintam aptidão, tais como electricistas, canalizadores, mecânicos nas diferentes áreas, etc., profissões estas que após o 25/A desapareceram (com a conivência do regime) sendo impossível encontrar substitutos com capacidade para executar as mesmas tarefas condignamente. Isto aconteceu durante anos e de certo modo ainda perdura. Os poucos que foram aparecendo substituíndo os anteriores, vinham doutro tipo de trabalho designadamente na restauração e obras (exercidos sobretudo no estrangeiro) nada percebendo dos novos ofícios pelo que os executavam mal e porcamente.

Eram homens que tinham sido marinheiros, estivadores e muitos deles ex-emigrantes e dentre estes ex-pedreiros e/ou ex-cozinheiros nos países para onde haviam emigrado e no regresso ao seu País optado por tarefas que lhes sendo totalmente estranhas eram as que tinham mais à mão, tentando 'dar o jeito' não só pela necessidade de arranjar trabalho mas também para acorrer aos pedidos incessantes de muitos particulares. E isto passou-se durante anos e ainda há maus trabalhadores destes por aí.

Esta pseudo-democracia acabou com os Institutos Politécnicos para se distanciar nesta área (como em muitas mais) do Regime Anterior, Regime este que aliás preparou excelentes profissionais tanto nestes cursos práticos como em todos os outros existentes em Portugal. Tudo o que cheirasse a Estado Novo tinha que desaparecer definitivamente ou ser fortemente alterado (imagine-se que até os magníficos ensinos básico, médio e superior - todos eles grandemente elogiados no estrangeiro - foram completamente adulterados pelos criminosos que fingem que nos governam) por este regime e assim aconteceu com os cursos politécnicos.

O mesmo aconteceu com o propositado abastardamento da língua portuguesa, isto para os ignorantes do regime passarem despercebidos. O português que no regime anterior havia sido primorosamente ensinado em todas as escolas e em todos os seus níveis sem excepção, inclusivamente pelos portugueses que tinham ficado pela quarta-classe e não obstante sabiam ler e escrever sem dar erros. Os 'democratas' também acabaram com as tradições seculares e ridicularizaram muitas festas religiosas para estas irem desaparecendo, fizendo o mesmo a outras manifestações populares que odiavam simplesmente por terem sido apoiadas e incentivadas pelo Regime do Estado Novo - cínicos, hipócritas e oportunistas, passadas décadas os mesmos 'democratas' não tiveram o mínimo rebuço em recuperar muitas dessas mesmas tradições e manifestações populares que tanto haviam vilipendiado, pelo que chegamos à conclusão que afinal tudo não passou/passa de uma inveja exacerbada que aqueles sempre tiveram e continuam a ter do Regime do Estado Novo e principalmente do seu extraordinário Governante.

Os mesmos 'democratas' apátridas modificaram a toponímica do País quase por inteiro, substituíndo os nomes de Heróis e de Grandes portugueses em Largos, Ruas e Avenidas (só deixando ficar alguns nomes, poucos, que não podiam ser alterados por decreto, a que aliás ligam peva, assim como não puderam nem podem - até ver... - alterar nomes de Monumentos, Museus e Hospitais (das Igrejas não conseguem mudar os nomes ou deitá-las abaixo, se bem que algumas até já o foram) a maioria eles odeiam de morte.

Não descansaram até conseguir fazê-lo à Ponte Dr. Oliveira Salazar - como se tivessem sido os traidores à Pátria os autores da mesma!!! - mas que a despeito deles lhe terem substituído o nome pelo dia/data lúgubre em que Portugal perdeu a Independência e Soberania, mais tarde ou mais cedo ela irá recuperar o nome pelo qual foi justamente baptizada, o do Enorme Português que a mandou construir.
Maria
De [s.n.] a 25 de Fevereiro de 2019
Leia-se mais acima: "... e assim aconteceu com as importantíssimas Escolas Comerciais e Industriais e respectivos cursos" (que por distracção não mencionei) em vez de "com os cursos politécnicos".
Maria
De Bic Laranja a 1 de Março de 2019
Li o que a Cristina Miranda escreveu. Costumo ler, aliás; é sempre acertada e contundente.

O ponto é que a educação no Estado Novo era selectiva: procurava-se adequá-la às aptidões de cada um; daqui o liceu e a universidade não seram para todos — porque nem todos são para o liceu ou a universidade. Isto é óbvio, mas o óbvio disto é que os comunistas nivelam tudo por baixo mas com alta propaganda. E com ela grafitaram os filhos do seu bendito proletariado com diplomas de liceu e da universidade, para serem como os burgueses. Uma aldrabice pegada que carreia implícita a desconsideração do ensino técnico (e em última instância, do seu público-alvo) e explicitamente a desqualificação dos liceus e das universidades.
O politécnico foi criado pelo ministro Hermano Saraiva como extensão de especialização do ensino técnico e aconteceu-lhe o mesmo: veio o Veiga Simão e aburguesou-o ainda no tempo de Marcello Caetano fazendo-lhe desde logo o que mais tarde o Rui Vilar fez às escolas comerciais e industriais.
E vamos felizes e contentes, a correr e a saltar, de canudo na mão.
Enfim!

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