
Assistentes de Bordo da T.W.A., Paris, 1963.
Loomis Dean, na rede da Internete.
De [s.n.] a 18 de Janeiro de 2019
Sabe que mais? Estas fardas são muito parecidas com as das nossas hospedeiras do fim dos anos cinquenta:) As nossas eram talvez menos elegantes pelo corte, mas o tom das fardas e o feitio das golas das blusas eram iguais, só que eram blusas amerelas e não brancas. Até os chapéus eram quase iguais..., aliás muito feiínhos diga-se de passagem... e desconfio que a nossa Companhia mandou copiar os da TWA, que por acaso até eram melhorzinhos.
Tenho ideia (vi algumas fotos dessa altura e a irmã mais velha de uma amiga minha era hospedeira, morreu num acidente aéreo - o Hidroavião desapareceu no Mar - a caminho dos Açores ou Madeira, já não me recordo) que as fardas das nossas meninas, as imediatamente anteriores a essas a que me refiro, dos inícios de cinquenta, eram muito mais elegantes no corte e na cor. Os tailleurs eram perfeitos e em azul escuro. E até o chapéu e as malas eram mais bonitas e funcionais.
Fui ver o linque que deixou. Só aparecem fotos das meninas da TWA e dos respectivos aviões e daquelas são às centenas! Todas interessantes. Também há uma ou duas da PAN, vá lá. Fotos das outras companhias incluíndo a nossa... tricles, nicles. Que pena.
Maria
Em 62, quando vieram os Caravelas (os primeiros jactos da TAP), eram assim: blusas amarelas...
O hidroavião não era da TAP, mas duma companhia chamada ARTOP. Eis o que sei....
Da nossa, tricles nicles: conto ir pondo algo da TAP, mais documentado, pelo futuro adiante.
Cumpts. e ano bom!
De [s.n.] a 20 de Janeiro de 2019
Pois, o ano é de 62 e a farda bonita a que me referi anteriormente era justamente esta, azul escura. Pena a menina não ter o casaco vestido. A blusa era de facto amarela, como a que se lhe seguiu com a nova farda (fins dos 60), mas de corte fraquinho e a cor do tailleur era péssima: entre o azul-claro desbotado(?) e o meio-acinzentado. Segundo me disseram a escolha das fardas tinha a ver com o/a estilista eleita, normalmente portuguesa..., talvez neste caso por cunha - seria uma excepção à regra pois sou do tempo em que poucas ou nenhumas cunhas eram necessárias fosse para o que fosse em Portugal.
A farda seguinte, anos oitenta(?) é que me disseram já ter sido criada por um estilista francês. De certeza que era mais elegante, mas não me recordo de ter visto fotos das assistentes dessa altura com essa nova farda. (Peço desculpa pelo lapso momentâneo - de facto tenho ideia de ter visto algumas fotos (tiradas em Aeroportos, a caminho dos aviões) de assistentes com essa farda, que voltou ao bonito azul escuro com uma risquinha vermelha algures no casaco, creio que na gola - teria sido obra de outro estilista francês?).
Sobre as fardas actuais não faço a mais pequena ideia como serão. Embora tenha lá um piloto nosso conhecido e uma assistente também..., mas ainda não os vi fardados!
E Votos de um Bom Ano também para si e para todos os que aqui vêm por bem.
Maria
A farda do anos 70 (1970-79) de Louis Féraud nas versões encarnada e amarela. As modelos são as Assistentes de Bordo M.ª Teresa Monteiro de Oliveira e M.ª Susana Couto, respectivamente. A apresentação foi no hotel Avenida Palace e as modelos eram realmente Assistentes de Bordo.
As actuais fardas da TAP (2007) foram apresentadas com modelos profissionais, não por pessoal da Companhia como em 1970, o que demonstra já outra «maneira de voar»...
Cumpts.
De [s.n.] a 21 de Janeiro de 2019
(Perdi mesmo agora um comentário)
Exactamente. As fotos são muito bonitas. As fardas a partir de 70 foram da autoria de Féraud, bem me quis parecer que tinha sido um francês. Tenho ideia de por essa alttura ter ouvido falar no seu nome para as novas fardas, mas já me tinha esquecido.
A última farda dele (anos 70), azul escura, é sem dúvida a mais bonita. A mala, não consegui detectar. As malas também eram quase todas um bocado parvas..., talvez tenham sido menos as concebidas por Féraud, mas não tenho ideia de nehuma delas.
Os sapatos, com Féraud ou sem Féraud (e a culpa não era dele...) - claro que havia um novo modelo para cada nova farda - eram todos horríveis, tanto o modelo como o fabrico, rijos que nem uma pedra... Tivessem eles sido de fabrico francês ou italiano e outro galo cantaria...
A Teresa Monteiro, conheço-a bem. Estive com ela há cerca de um ano. Esta miúda era bonitinha e elegante. Ganhou o concurso de "Mulher Ideal" (acho que era assim que se chamava) lá pelos anos 70, realizado em Punta Del Este. Esteve casada pouco tempo com o Zé Pracana (grande fadista e igual guitarrista e acompanhante dos nossos/as maiores fadistas incluíndo o João Ferreira Rosa, o Marceneiro e a Amália), infelizmente já terá falecido. Ela disse-me na altura que ele estava a tratar-se em Nova Yorque de um cancro nas cordas vocais (ele tinha deixado de cantar e só tocava guitarra por já ter problemas sérios na voz), mas já em estado muito grave. Também o conheci vagamente e fiquei tristíssima com a notícia.
Maria
De gato a 19 de Janeiro de 2019
Ano? Não tenho a certeza. 1960?
Foi a um Sábado ou a um Domingo. Estávamos, a família, na praia da Costa da Caparica quando passou por cima o hidravião — só faziam carreira para a Madeira.
Pelas 12:30 toda a gente o viu e fez o diagnóstico: o avião voava baixo (para as normas de agora) o que dava para nos apercebermos que era um hidravião. A base era em Cabo Ruivo; onde amaravam e levantavam. A Companhia era Inglesa. Uns anos antes viajara num, da Madeira para Lisboa.
Pela rádio, horas depois soubemos que 'tinha desaparecido': nem contacto via rádio, nem SOS. As buscas, disseram, foram infrutíferas.
É o que sei.
cump
A memória prega-nos partidas. O hidroavião era da ARTOP, companhia portuguesa que tomou a rota da Madeira de que desistira uma companhia inglesa, e desapareceu sem rasto em 9/11/1958. Leia.
Cumpts.
De gato a 20 de Janeiro de 2019
Vexa desejaria que um miúdo de 9 anos viajando, doente, em 1952, da Madeira para Lisboa soubesse que anos depois a companhia passara a ser portuguesa.
Aliás, o povo dizia: olha o hidravião (ou o avião) da Madeira.
Cump
à memória...
De Bic 🍊 a 20 de Janeiro de 2019
Sossegue. O comentário em que o remeti ao meu texto sobre o hidroavião que caiu no mar pode parecer seco, mas não havia nele desdém ou impaciência.
Somente buscava corrigir enganos.
A companhia inglesa que explorou a rota de Cabo Ruivo ao Funchal desistiu do negócio. Foi então que a portuguesa ARTOP, que ainda existe, a tomou para si.
O acidente ditou-lhe o destino.
Claro que disto sabemos agora.
Cumpts.
De Joe Bernard a 1 de Fevereiro de 2019
Como tripulante masculino da TAP, agora reformado, foi com desgosto que vi acabarem com o boné na farda dos comissários de bordo, bem como com o emblema que está hoje no casaco deles, que nem TAP tem mencionado.
Uma tristeza...
Mais, parece que continuam a não ter uma placa com o nome!!!
Pois há bastantes anos isso foi implementado, com grandes protestos dos tripulantes de cabine.
Claro que ninguém usava, excepto, creio, eu, que só a deixei de usar quando a isso fui obrigado:
A minha justificação era que eu não era um anónimo e sim alguém responsável que dava o meu nome a quem o quisesse ver!!!
Outros tempos...
Hoje o aprumo é mai' ligeirinho. É uma sorte ainda não termos chegado à admissão de tripulantes tatuados (pelo menos em partes dos lombos mais à vista).
Haveremos de lá chegar…
Com tempo hei-de publicar umas novidades antigas da e dos T.A.P.
Abraço!
De [s.n.] a 9 de Fevereiro de 2019
Pelo menos eu cá ficarei à espera:)
Maria
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