Segunda-feira, 17 de Setembro de 2018
Máquinas agrícolas, tractores; tinturaria Cambournac – agência; e a Havaneza da Alameda, na Rua Actor Isidoro, N.º 1. No tempo em que as siglas se escreviam com pontos de abreviatura.
Alameda, Lisboa, c. 1960.
Amadeu Ferrari, in archivo photographico da C.M.L.
Ah! E a rodovia calçada a basalto.
...e tanto lugar para estacionar.
Nesta não se percebe. Mas uma meia dúzia de anos antes, a' ruas eram tão desafogadas que a circulação se fazia nos dois sentidos em toda a volta da Alameda.
Cumpts.
De Joe Bernard a 18 de Setembro de 2018
Esse empedrado era óptimo quando chovia: Escorregava como manteiga!
Ainda lá há-de estar. A suportar as camadas de alcatrão que foram deitando por cima.
Cumpts.
De Vladek a 18 de Setembro de 2018
Também está lá a KODAK à direita, mesmo no fim da fotografia.
É verdade! Faltou dizer.
:)
Cumpts.
De [s.n.] a 19 de Setembro de 2018
Olhe, este prédio é igualzinho ou muito parecido com os que há na Av. Sidónio Pais. Até julguei que este era aquele que fica quase em frente do Pavilhão Carlos Lopes. Que interessantes são as parecenças dos edifícios. Teriam sido todos construídos na mesma altura e será que o arquitecto foi o mesmo deles todos? Se não foi parece.
O aspecto geral, do prédio, da rua e passeio, é impecável.
Maria
Português Suave. O estilo monumental da arquitectura do Estado Novo dos anos 40-50, da >Sidónio Paes e Ant.º Augusto de Aguiar (poente) à Artilharia 1; da Alameda ao Arco do Cego e a Alvalade.
Havia projectos dele com demolições do Rossio ao Martim Moniz — daí as demolições na Mouraria. Felizmente do lado do Rossio só demoliram dois prédios lá na 1.º de Dezembro, com melhor resultado, todavia que no Martim Moniz que, a começar no Hotel Mundial e acabando que brotou dos anos 80 para cá, é inqualificável.
Cumpts.
De [s.n.] a 20 de Setembro de 2018
Que engraçado. Fui ver o linque que deixou e ler os comentários. De facto há inúmeros prédios desses tempos e todos eles muito parecidos no desenho (ou design, como eles agora dizem), como por ex. alguns de esquina para a Alameda D. Afonso Henriques. Excelentes interiores em alguns deles e com muitas assoalhadas. Tive/tenho uns primos meus que viviam num destes e penso que os filhos e porventura netos ainda por lá permaneçam.
Todos estes edifícios tinham linhas simples, rectilíneas (português suave?), mas com uma certa nobreza nas fachadas. Eu sou desses tempos, era novita e portanto não os estranhei, aliás sempre apreciei aquele género de construção, mas com alguma substância como agora se diz. Eu sou uma completa apaixonada pela arquitectura do séc. dezoito e depois dessa só a da Arte Nova. E esta por fortíssima influência d'alguém aqui de casa:)
Quer então dizer que o autor do projecto desse prédio, o que mostrou primeiramente (não o da Sidónio Pais, foto de 2007 a que voltei agora e que sempre achei bonito pela simplicidade e perfeição de linhas, creio que terá sido um dos primeiros edifícios do genero a que muitos outros se lhe seguiram nas Avenidas Novas), teve a honra de lhe ser atribuído um Prémio Municipal de Arquitectura, hein? Grande categoria!
Maria
O Português Suave sucedeu nas avenidas novíssimas ao moderninsmo das primeiras construções de betão. Incorporou na monumentalidade e escala do estilo ornamentos de inspiração joanina (séc. XVIII) ou outros tradicionais portugueses. Ao depois extinguiu-se em influências importadas e incaracterístcas como o Ministério das Corporações na Praça de Londres.
Portugal a extinguir-se pela marcha dos tempos ainda em pleno Estado Novo.
Que aberração!
Cumpts.
De [s.n.] a 23 de Setembro de 2018
Tem razão, o (ex?)Ministério das Corporações era e é horrível. Quem gosta da perfeição de linhas e de materiais nobres na construção dos edifícios, tem que destestar os prédias à la Dallas. Olhe que os da Av. dos Estados Unidos da America também são bem feiínhos ainda que não sejam exactamente à la Dallas..., mas lá está, talvez o nome da Avenida tenha algo a ver com aquela modernice em demasia. Ou vice-versa, perante edifícios tão sem graça resolveram pôr o nome à Av. d'acordo com os mesmos. Seguindo o exemplo da arquitectura n'algumas cidades dos Estados Unidos.
Quanto aos recentes todos envidraçados da Av. da República e da Fontes Pereira de Melo então nem é bom falar. Mais horrendos não há.
Maria
Dos anos 60 em diante abastardou-se tudo. Essa Av. dos E.U.A. é já resultado de modas de importação e de especulação imobiliária galopante.
Que me agora lembre, não acho edifício em Lisboa que me agrade construído dessa década para cá.
Cumpts.
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