Dantes havia galinheiras na praça. Vendiam pintainhos. Não sei se ainda há… — Galinheiras. — Praças também não há lá grande coisa….
Muita vez pedia à minha mãe um pintainho. Ela comprava-me sem obstar. Às vezes dois. Eu gostava. Quando davam em frangainhas era altura de as pôr na bagagem de férias para levar à avó Rosa. Quando íamos à terra por Agosto subtraíamos sempre uma galinha ou duas lá da capoeira (não sei se ainda há capoeiras…) para repasto da família; as frangainhas que levávamos eram para repor a criação. Eu dos pintos já crescidos não me ralava; não eram a mesma ternura dos pintainhos da praça…
Duma vez vi patinhos. Pedi um à minha mãe, para variar, mas ela disse que não, decidida.
— Porquê? — choraminguei. — São como os pintainhos e pintainhos a mãe compra-me!...
— Não são — explicou. — Duma vez comprámos um patinho ao teu mano. Púnhamos-lhe água para beber numa tigela e o pato não fazia caso de mais nada: saltava-lhe dentro e entornava tudo; só queria nadar.
Entendi perfeitamente.
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